Na Colômbia, Petro declara 'situação de desastre' em meio a chuvas e inundações

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, declarou "situação de desastre" em nível nacional devido às chuvas torrenciais que geraram inundações em várias regiões do país, além de uma seca que tem levado Bogotá a racionamentos de água.

"Declara-se a situação de desastre em todo o país em virtude da variabilidade climática, geradora de impactos imprevisíveis e incomuns, aumentando a vulnerabilidade nos territórios", afirmou o mandatário de esquerda em coletiva de imprensa neste domingo,10.

Petro falou ao término de uma reunião com autoridades de gestão de riscos para analisar a situação das chuvas que, especialmente no norte do país, afetaram dezenas de milhares de pessoas.

Um comunicado da Unidade Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (UGRD), divulgado no domingo, informa que as chuvas torrenciais registradas durante este fim de semana causaram danos em 27 dos 32 departamentos do país.

O boletim não menciona se há mortos ou feridos, mas a mídia local informou no domingo que uma mulher morreu ao ser arrastada por uma avalanche no departamento de Santander (norte).

Os departamentos que mais registraram emergências devido às chuvas foram La Guajira, Norte de Santander (norte), Chocó (noroeste), Huila e Cauca (sudoeste).

As principais afetações ocorreram no departamento de Chocó, o mais pobre do país. Lá, cerca de 30.000 famílias ficaram desabrigadas. Além disso, mais de 4.000 casas, 18 escolas e quase 1.500 hectares de plantações foram afetados, segundo o relatório.

No sábado, Petro anunciou através de sua conta na rede social X (antigo Twitter) que, devido ao "colapso climático" em Chocó, cancelaria sua viagem ao Azerbaijão, que, desde a madrugada desta segunda-feira, 11 (no fuso de Brasília) e até o dia 22 de novembro, sediará a conferência da Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre mudança climática, a COP29.

No domingo, Petro afirmou que, embora a declaração de desastre seja em nível nacional, os esforços se concentrarão principalmente em La Guajira, Chocó e na capital Bogotá, que desde abril enfrenta racionamentos de água devido à seca nos reservatórios que a abastecem, um fenômeno que Petro atribui a uma "urbanização desenfreada".

"Muitas coisas estão se juntando em nosso território para gerar essas precipitações que temos experimentado", afirmou no domingo à Caracol Radio a diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), Ghislaine Echeverry.

A oscilação intraestacional de Madden-Julian e a depressão monçônica, um cinturão de baixa pressão atmosférica, são dois fatores que estão gerando as intensas chuvas, assegurou.

Em outra categoria

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, avalia como um "equívoco" conceder anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro antes mesmo da condenação. "A anistia antes mesmo da condenação parte do pressuposto de que não aconteceu nada grave nem relevante, acho que é um equívoco", declarou a jornalistas há pouco, na sede da Corte.

"A discussão sobre anistia é uma discussão própria do Congresso, pela Constituição. Agora, geralmente você não anistia antes sequer de ter julgado, e acho que passar a mão na cabeça em episódios como o que ocorreram aqui isso aqui foi tudo destruído, com pessoas que se articularam. O discurso de que algumas pessoas inocentes e ingênuas estiveram aqui não é um discurso verdadeiro", afirmou.

Barroso também disse que os inquéritos que investigam os autores intelectuais e financiadores dos atos de 8 de janeiro estão "perto do fim". Ele disse que teve essa impressão após conversas com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre o 8 de janeiro, e com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos. "Acho que nós já estamos perto do fim para esse material ser entregue ao procurador-geral da República, que aí, sim, vai verificar em relação a quem há provas e em relação a quem não há provas", afirmou.

Entre os investigados como autor intelectual dos atos está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Barroso avaliou ainda que "já está em boa hora de nós conseguirmos concluir essa investigação, uma investigação complexa, com muitas testemunhas, muitas pessoas ouvidas".

'Não houve falha alguma na segurança, pelo contrário'

Barroso negou que uma falha de segurança no Tribunal tenha facilitado o atentado na Praça dos Três Poderes. Um homem morreu após detonar explosivos em frente ao STF na noite de ontem. "Absolutamente não houve falha alguma na segurança, pelo contrário. A Polícia Judicial e os agentes de segurança prontamente interceptaram a pessoa, que ameaçadoramente se aproximou do prédio, e evitaram que ele entrasse", disse a jornalistas, há pouco.

Barroso se reuniu na tarde de hoje com a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). O ministro disse que ela "ofereceu toda a ajuda possível" para as investigações, realizadas pela Polícia Federal (PF) e relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo. De acordo com Barroso, ainda não se sabe se o atentado foi um ato solitário ou se foi planejado em grupo. "A investigação ainda está em curso, portanto, não há um conhecimento completo do que ocorreu, se foi uma pessoa solitária, se foi um grupo."

Na matéria divulgada anteriormente, havia um erro de grafia no título. Segue o texto correto.

Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira, 13, visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã daquela quarta-feira no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu.

Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Câmara durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira, 14, e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento.

Tiü França fez algumas visitas à Câmara no ano passado e foi encontrar-se com o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), amigo na juventude. Ao Estadão, Goetten relatou que França estava visivelmente "alterado" quando conversou com ele em 2023.

Como mostrou o Estadão, Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas.

Em razão dos ataques, a Câmara e o Senado suspenderam a visitação ao Congresso Nacional até este domingo, 17.

F

Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira, 13, visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã daquela quarta-feira no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu.

Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Câmara durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira, 14, e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento.

Tiü França fez algumas visitas à Câmara no ano passado e foi encontrar-se com o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), amigo na juventude. Ao Estadão, Goetten relatou que França estava visivelmente "alterado" quando conversou com ele em 2023.

Como mostrou o Estadão, Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas.

Em razão dos ataques, a Câmara e o Senado suspenderam a visitação ao Congresso Nacional até este domingo, 17.