UE: futura chefe da diplomacia defende vitória da Ucrânia e sanções para China

Internacional
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Nomeada como chefe da diplomacia da União Europeia (UE), a ex-primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, afirmou a prioridade da aliança com a vitória da Ucrânia e defendeu sanções econômicas para a China. O discurso ocorreu em uma audiência interna aos legisladores.

De acordo com a estoniana, a China atua como uma aliada oculta da Rússia no conflito bélico. "Sem o apoio da China à Rússia, a Rússia não seria capaz de continuar sua guerra com a mesma força. A China também precisa sentir o custo mais alto".

Para minimizar preocupações em torno de um segundo governo Trump nos EUA, Kallas defendeu o diálogo e disse que já esteve em contato com aliados do presidente americano eleito, incluindo o futuro vice-presidente, JD Vance. "Não somos nós que estamos elegendo o presidente para nossos parceiros. Então, precisamos trabalhar com todas as administrações".

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O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, minimizou a movimentação política da oposição para as eleições de 2026. Nesta sexta-feira, 2, durante visita à Agrishow, também defendeu as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o agronegócio, alvo de críticas de opositores no evento em Ribeirão Preto (SP). "A oposição está dividida, com dificuldade de construir uma candidatura única. Enquanto isso, o governo do presidente Lula vem recuperando sua aprovação e, certamente, terá um desempenho importante na eleição do ano que vem", afirmou.

O ministro também ironizou a presença de pré-candidatos da oposição na Agrishow. A feira recebeu cinco governadores desde a sua abertura, sendo que quatro são considerados potenciais candidatos da oposição à presidência: Ronaldo Caiado (União), Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Junior (PSD).

"A oposição vai ter que se reunir num estádio de futebol. E aí o Corinthians pode emprestar o seu estádio para eles tentarem discutir uma candidatura. Porque, hoje, a quantidade de candidatos da oposição é tão grande que só um estádio pode comportar todos eles", disse.

Teixeira ressaltou que, embora a presença de governadores da oposição reforce o prestígio da feira, o governo federal também esteve representado, ainda que só dois ministros tenham comparecido: ele mesmo, no último dia da Agrishow, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também ocupa a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). "O vice-presidente Alckmin também veio, representando o presidente Lula, que esteve fora, participando do funeral do Papa Francisco, inclusive eu o acompanhei nessa viagem", explicou.

Questionado sobre críticas feitas pelo secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, que acusou o governo federal de não ter feito anúncios relevantes durante o evento, Teixeira rebateu, enumerando esforços recentes da gestão. "Lançamos o maior Plano Safra da história do Brasil em 2023. Em 2024, aumentamos os recursos. Por isso, nós vamos ter a maior safra da história do Brasil - uma safra recorde de 327 milhões de toneladas", disse.

Ele citou ainda a criação de uma linha da Finep voltada à inovação em máquinas agrícolas e a abertura de mercados internacionais como exemplos do apoio ao setor. "A fala dele (Piai) é uma tentativa de politizar o tema, mas sem nenhuma base real", comentou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue se alimentando via oral e teve "progressão" na dieta, informa o boletim médico divulgado nesta sexta-feira, 2. Bolsonaro recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na quarta-feira, 30, e segue internado em acompanhamento pós-operatório no Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta.

No total, o ex-presidente passou 18 dias na UTI, e só voltou a se alimentar pela via oral na terça-feira, 29. No mesmo dia, à tarde, ele retirou a sonda nasogástrica e postou um vídeo do instrumento sendo puxado de seu nariz pelo médico.

Segundo o novo boletim médico, o ex-presidente está estável clinicamente, sem dor ou febre e com pressão arterial controlada. "Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa", informam os médicos que acompanham a recuperação dele.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), Bolsonaro postou uma foto em pé, de braços cruzados e sorridente, ao lado da equipe do hospital. "Tenho respondido bem à dieta líquida e, graças a Deus, os movimentos intestinais estão voltando aos poucos. A alimentação está sendo ainda sendo feita tanto por via oral quanto pela veia, com todo o suporte calórico e nutricional necessário", escreveu, baseando-se nas informações do boletim.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente Fernando Collor passou a cumprir pena nesta quinta-feira, dia 1.º, no seu apartamento na cobertura de um prédio com vista para a praia de Ponta Verde, uma das áreas mais nobres de Maceió (AL). O imóvel é avaliado em R$ 9 milhões.

Preso no último dia 24 de abril, Collor foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a trocar a cela no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira por prisão domiciliar.

Em 30 de outubro de 2023, a Justiça do Trabalho determinou a penhora do apartamento como forma de quitar uma dívida trabalhista de R$ 264 mil relacionada a um ex-funcionário de uma empresa da qual Collor é sócio.

O imóvel tem área privativa de quase 600 metros quadrados e conta com cinco quartos, piscina, bar, além de cinco vagas de estacionamento, segundo a descrição da avaliação judicial. Segundo reportagem do portal UOL, o valor atribuído ao imóvel pela Justiça foi de R$ 9 milhões.

Moraes autorizou Collor a cumprir pena em regime domiciliar depois de a defesa do ex-presidente alegar problemas de saúde e cuidados relativos à sua idade avançada. "A necessidade de tratamento específico admitem a concessão de prisão domiciliar humanitária", escreveu Moraes.

O ministro impôs medidas restritivas como o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. Além disso, as visitas ao ex-presidente serão limitadas a familiares próximos, profissionais de saúde e membros da sua equipe jurídica. Moraes determinou ainda o bloqueio do passaporte de Collor, como forma de impedir qualquer tentativa de saída do País.