Estado de NY abre consulta para empresas interessadas em desenvolver energia nuclear

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A Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, abriu consulta para que empresas de energia atômica demonstrem interesse em desenvolver projetos nucleares na região. Em documento oficial publicado nesta sexta-feira, a autoridade diz que o anúncio demonstra "o compromisso contínuo do Estado em permanecer na vanguarda das tecnologias emergentes".

De acordo com a NYSERDA, a consulta deve apoiar o avanço dos recursos de energia renovável e promover o desenvolvimento econômico contínuo.

A presidente e CEO da autoridade, Doreen M. Harris, disse reconhecer que "agora é o momento" de posicionar Nova York para se envolver totalmente com o setor de energia nuclear que pode impulsionar um "desenvolvimento econômico significativo".

"Entender as oportunidades potenciais nos permitirá começar a desenvolver parcerias e iniciativas estratégicas para recursos complementares que apoiarão a implantação crescente de energias renováveis à medida que trabalhamos em direção a uma rede de emissão zero do futuro", afirmou.

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A sequência de explosões que isolou a Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira, 13, entra para a lista de incidentes que trouxeram pânico à capital federal na história recente do País. Invasões de palácios com veículos, tentativas de atentados a bomba e até mesmo a tentativa de lançar um avião contra a sede do Poder Executivo também compõem essa lista, assim como uma tentativa de golpe de Estado.

Um dos casos mais icônicos na crônica política nacional foi a invasão do Palácio do Planalto por um ônibus durante o governo de José Sarney (1985-1990). Em 30 de maio de 1989, o motorista João Antônio Gomes roubou um ônibus na estação rodoviária e, sem enfrentar obstáculos, dirigiu até o Planalto. Por volta das 18h, ele invadiu o salão principal do Palácio com o veículo, causando destruição ao longo de 20 metros.

O incidente não deixou vítimas, mas arrancou vidraças, parte do teto e estruturas de alumínio até o ônibus se chocar contra uma coluna. O presidente José Sarney, que retornava de uma viagem ao interior de Minas Gerais, foi informado do ocorrido pelo chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), general Ivan de Souza Mendes. A Polícia Federal inspecionou o ônibus em busca de explosivos, mas nada foi encontrado.

Segundo reportagem do Estadão à época, o motorista estava alcoolizado e foi facilmente contido por quatro agentes da portaria, que inicialmente entraram em pânico ao ver o veículo subir a calçada pela contramão. Soldados armados do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) só apareceram cerca de dez minutos depois, e o Palácio foi então cercado.

Em março do mesmo ano, um automóvel invadiu a entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, enquanto Sarney dormia. O portão foi danificado, e o motorista também foi considerado alcoolizado.

Sequestro do voo 375

Em 29 de setembro de 1988, Raimundo Nonato Alves da Conceição, desempregado e endividado, sequestrou um Boeing 737 da extinta Vasp durante um voo entre Porto Velho e o Rio de Janeiro. Armado com um revólver, Nonato exigiu que o avião fosse jogado contra o Palácio do Planalto, em Brasília, em retaliação ao governo do então presidente José Sarney, a quem culpava por sua situação financeira.

O co-piloto Salvador Evangelista foi morto com um tiro na cabeça, mas o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva permaneceu calmo e conduziu o avião sobre Brasília, sem permitir que o sequestrador localizasse o Palácio. Enquanto dois caças da Força Aérea monitoravam a aeronave, o piloto, ciente do pouco combustível, executou uma manobra aérea para imobilizar o sequestrador, que bateu a cabeça e perdeu a consciência.

Após quatro horas de tensão nos céus, o piloto conseguiu pousar o Boeing em Goiânia. Nonato recobrou a consciência e retomou o controle da situação, libertando alguns passageiros feridos, mas ainda mantendo 90 reféns sob seu poder por mais cinco horas.

Atentado a bomba no aeroporto de Brasília

Em 24 de dezembro de 2022, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) encontrou e desativou um explosivo deixado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na Estrada Parque Aeroporto. O artefato estava em um caminhão próximo ao canteiro central da via, e equipes da PMDF, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Federal atuaram em conjunto para neutralizá-lo.

As investigações indicaram que o plano foi traçado em um acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, frequentado por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro com intenções golpistas. Inicialmente, o objetivo era colocar a bomba perto de um poste de energia para afetar o fornecimento elétrico na cidade, mas os criminosos decidiram instalar o artefato em um caminhão carregado de querosene de aviação.

O motorista do caminhão notou um "objeto estranho" e alertou a polícia, que detonou o explosivo sem comprometer as operações do aeroporto.

Tentativa de golpe

Em 8 de janeiro de 2023, cerca de 3.900 apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram a Brasília para protestar contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o início do mês, mensagens em grupos de WhatsApp e Telegram convocavam manifestantes de todo o País a se reunirem na capital. Naquele período, muitos apoiadores acampavam em frente a quartéis do Exército pelo Brasil, incluindo Brasília.

Por volta das 15h, o grupo avançou sobre a Esplanada dos Ministérios e, pouco depois, vandalizou os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. Imagens mostram a Polícia Militar oferecendo pouca resistência, permitindo que os manifestantes ultrapassassem as barreiras de segurança e invadissem os edifícios públicos.

No mesmo dia, 209 pessoas foram presas em flagrante, e o número de detidos aumentou nos dias seguintes.

A Polícia Federal (PF) acessou os dados do aparelho celular de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), para tentar identificar quem eram seus interlocutores e se eles estavam cientes do ataque. A perícia está em andamento.

Um dos objetivos é verificar se ele mantinha relações políticas, tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, seu Estado natal. Francisco era filiado ao Partido Liberal (PL) e chegou a se lançar candidato a vereador nas eleições de 2020, mas não se elegeu. Os peritos analisam os históricos de buscas e mensagens atrás de provas.

A extração das informações foi feita por meio de um software de última geração. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com explosivos, também estão sendo periciados.

O relator da investigação é o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a ex-mulher de Francisco, era seu principal alvo. Em depoimento, ela afirmou que o ex-marido "tinha a ideia de eliminar os ministros do STF". Disse também que acredita "sinceramente" que ele tenha agido sozinho.

Imagens obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal mostram que Francisco comprou fogos artifícios em uma loja regular na semana anterior ao atentado. Informações preliminares apontam que modificou o material, de maneira caseira, para potencializar o efeito explosivo.

Uma armadilha com bomba foi deixada na casa que Francisco alugava. Os explosivos foram acessados por um robô antibombas e ninguém se feriu.

As varreduras necessárias na região da Praça dos Três Poderes já foram concluídas pela Polícia Militar do Distrito Federal.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira que o pacote de corte de gastos do governo será uma "poda responsável em uma árvore que está crescendo". Ele disse que o tempo do anúncio é decisão do presidente Lula, que está "ouvindo várias áreas" antes de tomar uma decisão.

"Toda árvore que está crescendo precisa ser podada de forma responsável, organizada, para que os frutos fiquem maiores e as raízes mais fortes", comparou Padilha.

Ele garantiu que não será um corte radical, "feito com serra elétrica", como já teria acontecido no passado. "A Serra elétrica nos fazia perder todo o trabalho feito anteriormente. E queremos preservar a rota de crescimento", diz.

Padilha lembrou as seguidas altas do PIB, a menor taxa de desemprego desde 2012, uma inflação que, diz, tem cumprido metas, e o aumento recente do investimento público e privado no País. "Há um ano e dez meses, recuperamos uma trajetória de crescimento que será preservada", afirmou.