Após pausa, Israel realiza 2º dia consecutivo de ataques aéreos ao Líbano

Internacional
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Um novo ataque aéreo de Israel atingiu uma região densamente povoada na capital do Líbano, Beirute, matando pelo menos 5 pessoas. Enquanto os Estados Unidos avançam em uma solução para o cessar-fogo, Israel atacou pelo segundo dia consecutivo após uma pausa de mais de um mês. O governo israelense não informou qual o alvo do ataque desta segunda-feira, 18.

Ainda hoje, o Hezbollah também lançou diversos mísseis contra Israel, em resposta ao ataque deste domingo, 17, que matou o chefe de mídia do grupo, Mohammed Afif (mais detalhes abaixo).

Minutos após o ataque desta segunda, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, postou no X (antigo Twitter), um pedido de pausa dos ataques. "Todos os países e tomadores de decisão são requisitados para cessar a agressão sangrenta e devastadora israelense sobre o Líbano e implementar resoluções internacionais, mais notavelmente a resolução 1701".

A resolução 1701 da Organização das Nações Unidas, adotada em 2006, terminou um conflito entre Israel e o Hezbollah de um mês e criou uma zona tampão no sul do Líbano. A medida, se adotada novamente, também faria com que as forças terrestres de Israel recuassem e a zona seria preenchida pelo exército libanês e as forças pacificadoras da ONU. O porta-voz do governo de Israel afirmou que a campanha militar terrestre continuará até a remoção da ameaça do Hezbollah do Líbano.

Os Estados Unidos buscam em uma solução de cessar-fogo com a retirada das tropas terrestres de Israel do Líbano e o afastamento das forças do Hezbollah da fronteira israelense. O porta-voz do parlamento do Líbano, Nabih Berri, um aliado do Hezbollah que está mediando pelo grupo, deve se encontrar com o enviado pelos Estados Unidos Amos Hochstein em Beirute nesta terça, 19. Fonte: Associated Press

Ataque do Hezbollah mata uma mulher e deixa pelo menos 12 feridos

Uma mulher morreu e pelo menos 12 pessoas ficaram feridas em um ataque de foguetes contra Israel, de acordo com múltiplos veículos da imprensa local. A ofensiva teria partido do Líbano e foi atribuída ao grupo extremista Hezbollah. Sirenes de alerta foram acionadas em várias partes do país.

Segundo autoridades israelenses, os foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa do país, mas fragmentos caíram e causaram danos em algumas regiões. Em Shfaram, no Norte, uma mulher não resistiu depois de ter ficado presa nos escombros de um edíficio de três andares, conformou relatou o jornal The Times of Israel. O diário diz que mais de 100 foguetes foram lançados em direção ao território de Israel ao longo do dia.

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália a ação penal em que a parlamentar é ré por perseguição armada nas eleições de 2022.

Condenada a dez anos de prisão por participação no ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022, Zambelli deve ser condenada em mais um processo. O caso estava suspenso desde março por pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas o Supremo já formou maioria pela condenação. Na sexta-feira, 1, Nunes Marques liberou a retomada do julgamento.

A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi desmentido pelos investigadores.

Após a condenação no caso CNJ, Zambelli decidiu fugir do País. Seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol e autoridades brasileiras passaram a trabalhar por sua prisão. Após quase dois meses foragida, ela foi presa na Itália na última terça-feira, 29.

A deputada terá seu caso analisado pela justiça italiana. A parlamentar passou por audiência de custódia na sexta-feira, 1º, e continuará presa enquanto aguarda a decisão sobre o pedido de extradição. Durante a audiência, ela disse ser inocente, alegou ser alvo de perseguição política e afirmou que não pretende retornar ao Brasil.

A defesa de Zambelli manifestou o desejo de ter o caso do CNJ julgado novamente na Itália, país do qual ela tem cidadania, pedindo a rejeição da extradição. A previsão é de que o processo seja finalizado dentro de pelo menos um ano.

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada há pouco. O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.

Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de "ruim/péssimo", enquanto a de "ótimo/bom" oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como "regular" teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.

A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).

De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.

A pesquisa divulgada hoje também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam, em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho, segundo o Datafolha.

O presidente do PT, senador Humberto Costa, disse neste sábado, 2, que há um "caso claro" de lawfare (uso do sistema legal para prejudicar um adversário político) contra a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, recentemente condenada por corrupção.

"Como vocês sabem, da mesma maneira que aconteceu no Brasil com o presidente Lula, temos hoje na Argentina um caso absolutamente claro, que logo é contra a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner", disse o senador, durante o encontro do PT, em Brasília.

Ao lado de um dirigente do Partido Justicialista argentino, Costa lembrou da solidariedade dos argentinos a Lula, quando o ex-presidente brasileiro esteve preso.

"Cristina, como vocês sabem, é uma aliada nossa, é uma companheira que tem uma representatividade política, e o objetivo da justiça argentina é exatamente e impedir que ela possa continuar liderando movimento de oposição ao presidente de extrema direita, Javier Milei", disse.