Trump considera Kevin Warsh como secretário do Tesouro e, depois, presidente do Fed

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu selecionar o financista Kevin Warsh como seu secretário do Tesouro com o entendimento de que ele poderia ser indicado para liderar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quando o mandato de Jerome Powell terminar, em maio de 2026, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Trump discutiu o possível acordo com Warsh durante uma reunião na quarta-feira, 20, em Mar-a-Lago, o clube privado do presidente eleito na Flórida, segundo fontes.

Warsh é um dos favoritos para liderar a pasta, mas até a noite de quinta-feira, 21, Trump não havia decidido quem escolheria para a posição crucial do gabinete. O republicano ainda estava avaliando como abordaria a vaga no Fed e provavelmente não tomaria uma decisão final até mais perto do fim do mandato de Powell como presidente.

Trump está pensando em escolher o investidor Scott Bessent para liderar o Conselho Econômico Nacional com o objetivo de nomeá-lo como secretário do Tesouro, mais adiante, se Warsh se tornar presidente do Fed, disseram algumas fontes.

Outro possível nome para o Tesouro seria o CEO da Apollo Global Management, Marc Rowan. Trump tem deliberado a portas fechadas por dias sobre sua escolha para o posto. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Um quarto foragido da Justiça brasileira, condenado por ações ligadas à invasão das sedes dos Três Poderes no 8 de Janeiro, foi detido na Argentina. Joel Borges Correa foi preso na terça-feira, 19, em El Volcán, na província argentina de San Luis, ao passar por uma blitz de trânsito, onde foi identificado pelos policiais. O homem estava de carro, em fuga, e seguia em direção à Cordilheira dos Andes, no Chile.

No Brasil, Correa foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

A determinação judicial, emitida pela 3ª Vara Federal da Justiça Argentina a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) contra os 61 foragidos dos atos de 8 de janeiro de 2023, estabelece que eles sejam detidos e colocados à disposição da Justiça para o processo de extradição para o Brasil.

Antes de Correa, Wellington Luiz Firmino, condenado a 17 anos de prisão, havia sido detido em Jujuy, noroeste do país, na segunda-feira, 18, também em tentativa de fuga para o Chile. Além dele, também foram presos Joelton Gusmão de Oliveira, condenado a 17 anos de prisão, e Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, com pena de 14 anos.

Com a eleição de Javier Milei em 2023 para a Presidência da Argentina, o número de brasileiros que pediram refúgio no país disparou em 2024, chegando a 185 até outubro. Em 2023, foram três. Apesar de Milei ser apoiador de Bolsonaro, as forças policiais do país estão cumprindo as decisões da Justiça brasileira.

O Brasil e a Argentina são signatários do Acordo de Extradição entre os Estados Partes do Mercosul desde 2006. O pacto prevê que os signatários "obrigam-se a entregar, reciprocamente, segundo as regras e as condições estabelecidas no presente cordo, as pessoas que se encontrem em seus respectivos territórios e que sejam procuradas pelas autoridades competentes de outro Estado Parte, para serem processadas pela prática presumida de algum delito, que respondam a processo já em curso ou para a execução de uma pena privativa de liberdade".

O PSOL encaminhou duas representações ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para solicitar a cassação dos deputados federais Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Pazuello (PL-RJ), por meio de um processo disciplinar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, após a deflagração da Operação Contragolpe.

A operação, realizada em 19 de novembro pela Polícia Federal, resultou na apreensão de um plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na representação contra Ramagem, o PSOL destaca que o deputado está entre os 37 nomes indiciados pela Polícia Federal na quinta-feira, 21. Com base nas investigações, o partido atribui a Ramagem as condutas de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e espionagem clandestina.

"A atuação de Ramagem representa grave violação aos valores constitucionais que regem o exercício do mandato parlamentar. Suas ações atentam contra a moralidade pública e a dignidade da função pública, configurando desvio ético incompatível com os deveres de probidade, moralidade e respeito ao Estado Democrático de Direito", diz a representação.

A legenda também sustenta que "a vinculação de Alexandre Ramagem a uma trama golpista compromete a imagem da Câmara dos Deputados" e "fere princípios éticos esperados de um representante eleito pelo povo".

Na peça contra Pazuello, o PSOL menciona o general Mário Fernandes, nomeado como assessor de confiança do deputado em março de 2023 e também indiciado.

"É inconcebível que o Deputado Federal General Eduardo Pazuello, sendo um General da Reserva do Exército e superior direto de Fernandes no contexto político, desconhecesse as atividades ilegais conduzidas por seu assessor mais próximo", diz a representação.

A bancada acrescenta: "Fica evidente que a manutenção de General Mário Fernandes em cargo de destaque no gabinete de Pazuello representava, no mínimo, grave omissão ou conivência com os atos investigados".

O Conselho de Ética da Câmara é composto por 21 membros titulares e igual número de suplentes. Para que um processo seja instaurado, a Mesa Diretora da Câmara deve provocar o colegiado.

Em seguida, deve haver designação de um relator, para produzir um parecer favorável ou contrário à penalidade. Enquanto isso, o deputado alvo do processo apresenta a sua defesa, e os membros fazem averiguações necessárias, até votarem o relatório final.

São 90 dias para julgar o processo. A perda de mandato também deve ser submetida a votação no plenário para se concretizar.

Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), responsável pela relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, disse nesta quinta-feira, 21, que a atuação do grupo foi crucial para embasar os indiciamentos da Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.

Ao todo, 37 pessoas foram citadas pela corporação, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob acusações de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Eliziane disse que 11 dos nomes indiciados constavam no relatório da CPMI, o que, segundo ela, demonstra a precisão e relevância do trabalho realizado ao longo de cinco meses no Congresso. "Ela foi certeira e realmente caminhou naquilo que deveria caminhar, tanto que nós temos hoje esse resultado", disse a relatora sobre os indiciamentos.

O documento da comissão, aprovado em outubro de 2023, solicitava 61 indiciamentos, abrangendo vários integrantes do governo Bolsonaro, incluindo militares e ex-ministros do governo dele, como Walter Braga Neto, da Defesa; Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Anderson Torres, da Justiça.

O relatório da comissão foi entregue ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, depois que ele assumiu o cargo, em dezembro de 2023. "A informação que ele nos passou foi de que todo o conjunto de informações do relatório seria considerado. Então, para nós, isso foi um dado muito importante."

Embora o relatório da CPMI tenha antecipado nomes que constam no inquérito da Polícia Federal, a senadora apontou que em nenhum momento houve suspeita sobre um plano de assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Se você perguntar se houve elementos que apontavam uma tentativa de assassinato, de forma clara e substancial, nós não tivemos", disse, afirmando que a comissão teve pouco tempo para trabalhar. "Nós tivemos evidências claras de uma tentativa de golpe de Estado, de abolir de forma violenta o Estado Democrático de Direito."