Trump diz ter vitória sobre imigração mexicana, mas Sheinbaum nega mudanças

Internacional
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O presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira, 27, ter tido uma vitória em relação à imigração ilegal através do México, após conversa telefônica com a presidente mexicana. No entanto, Claudia Sheinbaum sugeriu que o México já estava fazendo sua parte e não tinha interesse em fechar suas fronteiras.

Trump disse que Sheinbaum "concordou em parar a migração através do México".

A mexicana indicou separadamente nas redes sociais ter dito a Trump que o México já está "cuidando" das caravanas de migrantes, chamando a conversa de "excelente".

"Reiteramos que a posição do México não é fechar fronteiras, mas construir pontes entre governos e entre povos", acrescentou Sheinbaum.

A ligação aconteceu dias depois de Trump ameaçar impor novas tarifas abrangentes ao Canadá e ao México como parte de seu esforço para reprimir a imigração ilegal e as drogas.

Nenhum dos lados esclareceu a situação das tarifas. Fonte: Associated Press.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontrou neste domingo, 3, em Brasília, com Fidel Antonio Castro Smirnov, o "Fidelito" - neto do líder cubano Fidel Castro, que morreu em 2016.

Um registro que mostra Lula e Fidelito foi publicado pelo prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá (PT), que afirmou ser um dos responsáveis pelo "encontro simbólico", durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT. "O Congresso também foi marcado por um encontro simbólico que ajudei a construir: o abraço entre Lula e Fidelito, neto de Fidel. Um gesto de afeto e história, que agora se transforma em futuro. Fidelito vai desenvolver pesquisas em medicina nuclear em Maricá. Seguimos firmes, com ousadia, projeto e pé no povo!", escreveu.

O evento reuniu lideranças petistas, como a ex-presidente do PT e atual ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o novo presidente do partido, Edinho Silva.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi submetido na tarde deste domingo, 3, a um procedimento de radioablação na tireoide por ultrassonografia. A intervenção aconteceu sem intercorrências, afirma nota oficial do governo de São Paulo divulgada neste domingo. Segundo especialistas, este tipo de procedimento é feito para destruir nódulos na tireoide.

Tarcísio cumprirá na segunda-feira, 4, agenda interna no gabinete no Palácio dos Bandeirantes.

Ele não foi à manifestação bolsonarista realizada neste domingo na Avenida Paulista por causa do procedimento.

Cumprindo medidas cautelares e sem poder sair de casa, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) reuniu 37,6 mil apoiadores na Avenida Paulista neste domingo, 3, por meio de aliados que convocaram as manifestações em São Paulo e em várias cidades brasileiras. A estimativa é do Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), que fez o levantamento a partir de fotos aéreas em diversos momentos do ato.

A margem de erro é de 12%, o que faz com que o número possa variar entre 33,1 mil e 42,1 mil participantes.

O grupo que constantemente acompanha e faz a contagem de público de manifestações chegou a ser criticado pelo líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), que disse que a Universidade "não sabe contar os brasileiros", e que este, segundo sua própria percepção, é o maior protesto bolsonarista até agora.

Em São Paulo, as principais lideranças presentes foram o pastor Silas Malafaia, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), e prefeito Ricardo Nunes (MDB), que subiu no trio elétrico das autoridades, mas não discursou.

Deputados federais, estaduais e vereadores paulistanos também compareceram, mas o principal orador foi Malafaia, que teve o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como seus principais alvos.

O comparecimento aos atos em favor do ex-presidente minguou à medida do avanço da investigação e da ação penal por tentativa de golpe de Estado, da qual Bolsonaro é réu. A redução do público foi superior a 90%. Em fevereiro de 2024, mais de 125 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista. Em 29 de junho, um protesto no mesmo local reuniu 12,4 mil pessoas, segundo dados do Monitor.

Veja a evolução do público nos atos bolsonaristas, segundo dados do Monitor da USP:

Fevereiro de 2024, em São Paulo - 185 mil

Setembro de 2024, em São Paulo - 45 mil

Março de 2025 - no Rio de Janeiro - 18,3 mil

Abril de 2025, em São Paulo - 44,9 mil

Junho de 2025, em São Paulo - 12,4 mil

As manifestações deste domingo, que ocorreram em outras capitais brasileiras e em cidades do interior, foram as primeiras realizadas após o anúncio de sanções dos Estados Unidos ao Brasil, estimuladas por um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Segundo relatório do Monitor da USP, o auge da manifestação ocorreu às 15h33. No momento, o deputado Nikolas Ferreira discursava, e foi assistido por cerca de 31 mil telas que acompanhavam a transmissão no canal do YouTube de Malafaia. Durante o discurso do pastor, a transmissão alcançou 31,7 mil espectadores.