Coreia do Sul suspende três militares por participação na aplicação da lei marcial

Internacional
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O Ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira, 6, a suspensão de três oficiais de alto escalão do Exército por participação na aplicação da lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol. Os três militares punidos são o comandante militar de Seul, o comandante das forças especiais e o comandante de contraespionagem, informou o ministério em um comunicado.

Yoon impôs a lei marcial na noite de terça-feira (3) e enviou tropas e helicópteros ao Parlamento. A medida, inédita desde a democratização do país em 1987, desencadeou uma crise política na Coreia do Sul.

Os legisladores sul-coreanos iniciaram os procedimentos de impeachment contra o presidente poucas horas depois que o parlamento votou unanimemente para cancelar a lei marcial, forçando Yoon a suspender sua ordem cerca de seis horas após o início.

A oposição pressiona agora por uma votação no sábado, 7, sobre um pedido de impeachment, que precisa do apoio de dois terços da Assembleia Nacional para avançar para a Corte Constitucional, que decidiria se removeria Yoon do cargo.

Em uma reviravolta no caso, o chefe do partido governista de Yoon expressou apoio à suspensão dos poderes do presidente, tornando o impeachment de Yoon mais provável.

Durante uma reunião, o líder do Partido Poder Popular, Han Dong-hun, disse que recebeu informações de que Yoon deu ordens ao comandante da contrainteligência de defesa do país para prender e deter políticos-chave com base em acusações de "atividades antiestatais" durante a lei marcial. (Com agências internacionais)

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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou considerar "natural" a margem apertada dada pelo Senado à recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e que o resultado não influenciará na indicação da vaga aberta ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco é tido como o nome favorito do Senado para a Corte, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tende a indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias.

"São coisas independentes, são indicações independentes. Uma indicação não depende da outra", declarou Pacheco a jornalistas.

Gonet obteve 45 dos 81 votos na votação feita ontem, 12, para sua recondução. Foram 20 a menos do que conseguiu em 2023, quando obteve 65 votos na aprovação de seu primeiro mandato de PGR. "Nessa questão de margem de votos, é sempre natural que na recondução você tenha menos votos do que na condução original. É algo natural", disse o senador.

Segundo Pacheco, o resultado de Gonet não pode ser visto como um recado ao Palácio do Planalto para a indicação do STF, porque o governo tem tido dificuldades em outros temas, não só indicações. "Essas dificuldades do governo já existem há algum tempo".

Em relação a diversos temas, não só a indicações propriamente. Tivemos sempre margens muito apertadas."

Pacheco ainda aguarda uma conversa com Lula sobre STF. Segundo ele, porém, não há data para a reunião.

Como mostrou a Coluna do Estadão, senadores mandaram um recado a Lula com a votação de Gonet, o de que Messias não seria avalizado. O Planalto, porém, minimizou o placar e insiste no nome do Advogado-Geral da União.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro alfinetou a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) nesta quinta-feira, 13, após a parlamentar comentar sobre os presos do dia 8 de janeiro.

Michelle usou as redes sociais para compartilhar um conteúdo criticando o caso. "Soraya Thronicke, senadora surfista da onda Bolsonaro e atual defensora dos advogados dos investigados na CPMI do INSS, do roubo de aposentados... Agora, na sabatina do Gonet, pede investigação contra os advogados das vítimas do 8 de janeiro. Surreal!!! Sério, não tô acreditando!!!", escreveu Michelle.

Na quarta-feira, 12, durante a sabatina que reconduziu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo, a senadora sugeriu que os advogados que defendem as pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de participar de uma tentativa de golpe também deveriam ser investigados.

"Todo mundo que pegou o primeiro ônibus, estava tendo uma excursão de graça, pegou o primeiro ônibus sozinho, não conhecia ninguém. A narrativa se repete com réus de Norte a Sul do país, assistidos por advogados de todos os lugares do Brasil. Parece-me que há alguém ou um conluio por trás deste tipo de comportamento", disse Soraya durante a sabatina.

A parlamentar ainda lamentou o envolvimento de pessoas próximas no caso: "Mas, do jeito que defendo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na CPMI, aqui preciso destacar os profissionais que, na minha observação técnica, impõem um ponto de interrogação enorme".

Na comissão, Paulo Gonet foi aprovado com 45 votos a favor e 26 contra para permanecer à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais dois anos. Gonet é o responsável por assinar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) aparece à frente em todos os cenários avaliados para o cargo de governador do Paraná nas eleições de 2026. Os dados do Instituto Paraná Pesquisas, divulgados nesta quinta-feira, 13, mostram que Moro mantém ampla vantagem sobre os demais possíveis candidatos em todos os cenários simulados.

No primeiro cenário, o senador tem 47,5% das intenções de voto, seguido por Requião Filho (PDT-PR), com 28,8%, e Guto Silva (PSD-PR), com 1,8%. Entre os entrevistados, 7,2% não souberam ou não opinaram, enquanto 8,8% declararam voto em branco, nulo ou em nenhum candidato.

Em um segundo cenário, Moro segue na liderança, com 44,2% das intenções de voto. Na sequência aparecem Requião Filho, com 27,5%, e Alexandre Curi (PSD-PR), com 13,8%. Nesse caso, 6,1% dos eleitores não souberam ou não quiseram opinar, e 8,4% afirmaram que votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato.

Conforme o levantamento, em eventuais disputas de segundo turno, o senador Sérgio Moro venceria todos os adversários com mais de 50% das intenções de voto.

A pesquisa também avaliou a popularidade do atual governador Ratinho Junior (PSD). Segundo o levantamento, 84,3% dos entrevistados aprovam sua gestão, enquanto 12,5% a desaprovam. Outros 3,2% não souberam ou não opinaram.

Além disso, 38,5% dos eleitores paranaenses afirmaram que o atual governador deveria apoiar Sérgio Moro nas próximas eleições.

O levantamento ouviu 1.508 eleitores em 65 municípios do Paraná, entre os dias 7 e 11 de novembro de 2025. A amostra tem nível de confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 2,6 pontos percentuais, segundo o instituto.