Voo leva crianças para visitar o Papai Noel em 'Polo Norte' de aeroporto dos EUA

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Dezenas de crianças comemoraram no último final de semana, em Denver, nos Estados Unidos, após embarcarem em um avião decorado, quando o piloto anunciou o destino do dia: o Polo Norte. Mais de 100 crianças, algumas com problemas de saúde graves, participaram de um voo de aproximadamente 45 minutos perto da cidade antes de pousarem novamente no Aeroporto Internacional de Denver. Em seguida, foram levadas a um hangar transformado pelos funcionários e voluntários da United Airlines no Polo Norte. O avião e os assentos estavam decorados com serpentinas, flocos de neve de papel e tufos de algodão que lembravam neve macia.

Os funcionários do voo passaram pelo corredor com uma máquina de bolhas, enquanto as crianças animadas gritavam: "bolhas, bolhas, bolhas". Canções natalinas tocavam ao fundo e havia lanches com maçãs e suco para todos. Antes de pousar, as crianças foram orientadas a fechar as janelas. Quando abriram, foram recebidas pela visão do Papai Noel e da Mamãe Noel esperando, acompanhados de um grupo de duendes. Um caminhão de sorvete estava disponível e as crianças receberam presentes.

Bryce Bosley, de 6 anos, ficou encantado ao ver o Papai Noel e tudo o que o Polo Norte tinha a oferecer. "O Polo Norte é divertido porque tem jogos, comida e todas as atividades são muito legais", disse ele.

O capitão Bob Zimmermann, piloto do voo especial de férias, ficou impressionado com a alegria e o encanto das crianças. "Durante o ano, penso no voo de fantasia", disse ele. "Quando a vida parece difícil ou quero reclamar de algo, lembro dessas crianças, da alegria, do amor e do que isso representa, e isso coloca minha vida em perspectiva."

A United fez parceria com a Make-A-Wish Colorado, Girls Inc., o Hospital Infantil do Colorado e a Rocky Mountain Down Syndrome Association para convidar crianças da área de Denver, entre 3 e 10 anos, para o voo.

'Magia e alguns presentes'

Há mais de 30 anos, a United organiza seus voos anuais de "fantasia" para "Polos Nortes" fictícios em aeroportos ao redor do mundo, levando alegria de fim de ano para crianças e suas famílias. Este ano, os voos aconteceram em 13 cidades, começando em 5 de dezembro em Honolulu, e depois em Washington, Houston, Los Angeles, Londres, Chicago, São Francisco, Tóquio, Cleveland e Fort Lauderdale, Flórida, além da ilha de Guam. Newark, Nova Jersey, também realizou um voo no sábado.

Jonna McGrath, vice-presidente de operações da United no hub de Denver, participou de 29 voos e afirmou que esse é um dos seus dias favoritos do ano. "Isso lhes dá um dia longe de alguns dos desafios que enfrentam no dia a dia", disse McGrath, que estava vestida como uma duende. "Trazer um pouco de magia e alguns presentes para a temporada de festas é algo que eles nunca esquecerão."

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Um dos principais cotados para perder o cargo na provável reforma ministerial do primeiro semestre do ano que vem, o ministro da Secretaria Geral, Márcio Macêdo, disse a jornalistas nesta terça-feira (17) que descobriu ter muitos inimigos. Ele afirmou que incomoda outros políticos por ter origem no "Brasil profundo". Ele nasceu em Esplanada, no norte da Bahia, e fez sua carreira política no Sergipe.

"Eu achava que não tinha inimigos. De repente, descobri que tenho um monte", disse o ministro. Ele se refere a grupos que defendem sua saída do ministério, mas não disse especificamente sobre quem estava falando. Segundo ele, não há nenhuma conversa no governo sobre reforma ministerial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o momento não autorizou nenhum de seus ministros a discutir com os partidos aliados trocas no primeiro escalão do governo. A expectativa sobre reforma ministerial vem da necessidade de um rearranjo na base de apoio do Executivo no Congresso Nacional e de reorganizar o campo lulista já visando às eleições de 2026.

Macêdo citou sua origem fora dos principais centros econômicos do Brasil e disse que deve incomodar algumas pessoas ver alguém com sua trajetória em uma posição de destaque e as contrariando. Mencionou não ter vindo do Sudeste ou do Sul.

O ministro afirmou que seu cargo é do presidente da República, que pode nomear ou exonerar alguém para o cargo quando quiser. "Eu só tenho a agradecer ao presidente Lula. Ele não me deve nada. Eu é que devo a ele lealdade e compromisso", declarou o ministro. Ele foi tesoureiro da campanha de Lula em 2022 e não se candidatou a nada naquela eleição.

As especulações sobre trocas no primeiro escalão do governo ficaram mais intensas em Brasília depois de Lula falar publicamente que seria necessário corrigir problemas na comunicação do Executivo. A fala foi entendida como sinal de que o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, será demitido.

Depois disso, políticos passaram a apostar que Pimenta poderia ser deslocado para a Secretaria Geral. Segundo essa linha de pensamento, Macêdo, que não tem mandato como deputado ou senador, seria remanejado para alguma função partidária do PT.

O ministro da Secretaria Geral também falou sobre a comunicação do governo. Segundo ele, trata-se de uma área que sempre precisa de melhoras, mas que essa não é uma tarefa apenas da pasta de Paulo Pimenta. Seria algo para todos os ministérios trabalharem.

Márcio Macêdo deu as declarações em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Ele estava acompanhado dos secretários de sua pasta.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou no último sábado, 14, que "não há possibilidade" de retirar o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) do comando do diretório estadual da sigla no Maranhão.

A saída do parlamentar é um desejo do ex-presidente Jair Bolsonaro, devido ao fato da legenda ter se coligado com legendas de esquerda nas eleições municipais deste ano e por Josimar estar envolvido em acusações de corrupção.

"Não há possibilidade de o partido sair do comando do grupo do deputado Josimar Maranhãozinho. Avisei para o Bolsonaro que viria para o Maranhão e essa história está liquidada. O PL vai marchar unido, como sempre ele marchou e sob o comando do Josimar. O Bolsonaro vai compreender isso, eu já mandei o recado para ele", afirmou Valdemar.

O desconforto de Bolsonaro com o PL maranhense surgiu nas eleições municipais, quando o partido decidiu coligar com partidos da base governista, como o PSB e o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A sigla de Bolsonaro dividiu palanque com os petistas até mesmo na capital, São Luís, onde ambos apoiaram o candidato Duarte Júnior (PSB), derrotado ainda em primeiro turno.

Como revelou o Estadão, o PL do Maranhão ignorou pedidos de Bolsonaro e anunciou o apoio a Duarte em um movimento que se concentrou nos bastidores, sem manifestações públicas. O ex-presidente chegou a gravar um vídeo, que circulou em grupos do partido, afirmando que as coligações contrariam os princípios do grupo político e precisavam "deixar de existir".

"O meu acordo, tudo o que eu acertei lá atrás com o presidente do partido, o Valdemar (Costa Neto, dirigente nacional do PL), está sendo cumprido. Agora, o que acontece? Nós vamos ter mais de 2 mil candidatos a prefeito pelo Brasil e também centenas de candidatos a vereador. Em alguns municípios estão aparecendo agora, como se estivessem incubadas, o PL se coligando com partidos como o PT, PCdoB e PSOL", disse o ex-presidente.

A situação escalou em setembro, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Josimar e outros dois deputados do PL por suposto desvio de emendas parlamentares. Segundo o MP, o trio realizou repasse ilícito de emendas para a prefeitura de São José de Ribamar, no Maranhão, com desvio de mais de R$ 1,6 milhão.

O Estadão procurou Josimar Maranhãozinho, mas não obteve retorno.

Em entrevista à rádio Auriverde Brasil realizada em 16 de outubro, o ex-presidente defendeu a saída dos parlamentares denunciados pela PGR do partido. Segundo Bolsonaro, se os deputados continuassem na sigla, não haveria como afirmar que o PL é um "partido diferente".

"Não mando em nada aqui, mas não tem clima do nosso pessoal permanecer no partido, se passam a mão na cabeça de marginais. Esses deputados, continuando no partido, a gente não tem como realmente falar que o PL é um partido diferente", disse o ex-presidente.

Josimar integra o antigo grupos de aliados de Valdemar e está no partido desde antes da entrada de Bolsonaro, em 2021. No Maranhão, a polarização entre Lula e Bolsonaro tem menos força do que no cenário nacional, já que o atual governador, Carlos Brandão (PSB), conseguiu unir siglas de diferentes ideologias e formalizou um pragmatismo político no Estado que vai além das disputas ideológicas travadas em Brasília.

O ministro da Secretaria Geral, Márcio Macêdo, disse a jornalistas nesta terça-feira (17) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma "saúde de leão", e que defende a candidatura do chefe do governo à reeleição em 2026. O chefe do governo ficou seis dias hospitalizado na semana passada em São Paulo para tratar sangramentos intracranianos. "Ele tem todos os requisitos para continuar sendo presidente. Se ele vai continuar, a decisão é dele", declarou o ministro sobre Lula. Macêdo também defendeu que o chefe do governo reduza o ritmo de trabalho.