A chegada do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca, em 20 de janeiro, estreia um novo capítulo para as guerras que Israel conduz em Gaza e no Líbano. O republicano, cuja relação com o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu é muito mais próxima em comparação com Joe Biden, poderá dar um cheque em branco para Israel cumprir seus objetivos nos conflitos.
Em novembro, Israel e a milícia libanesa Hezbollah firmaram um acordo de 60 dias para uma pausa nas hostilidades. Na prática, o tratado se mostrou frágil, com acusações mútuas de violação. Mas, por outro lado, abriu caminho para novas conversas para uma trégua semelhante em Gaza, onde Israel tem o objetivo de eliminar as capacidades do grupo terrorista Hamas.
Ao longo de sua campanha, Trump afirmou que acabaria com as guerras e já pediu para Netanyahu dar fim à guerra em Gaza. É portanto provável que os Estados Unidos busquem um acordo. Mas diferentemente da administração anterior, sob a mediação do republicano, dizem analistas ouvidos pelo Estadão, o tratado possivelmente privilegiaria os interesses israelenses em detrimento dos palestinos e focaria em uma solução militar, em vez de uma solução política.
Netanyahu, por sua vez, enfrenta um dilema: se escolher ceder ao pedido de Trump para acabar com a guerra, mesmo em um acordo que favoreça os objetivos israelenses, poderá entrar em conflito com os poucos políticos que ainda sustentam sua base política em Israel.
Com Trump no poder, Netanyahu dará fim às guerras de Israel?
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