Caixa preta de avião que caiu na Coreia do Sul em dezembro não registrou minutos finais

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As caixas pretas do Boeing 737-800 operado pela Jeju Air, que caiu na cidade sul-coreana de Muan no fim de dezembro, pararam de ser gravadas cerca de 4 minutos antes do acidente, disse o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul neste sábado. O fato deve complicar as investigações sobre a causa do desastre que matou 179 pessoas.

De acordo com a autoridade, não ficou claro o motivo de os dispositivos não terem conseguido registrar dados minutos antes do acidente.

"Os dados do gravador de voz da cabine (CVR) e do gravador de dados de voo (FDR) são cruciais na investigação de acidentes, mas tais investigações são conduzidas por meio do exame e análise de diversas fontes de informação, e planejamos fazer o máximo para determinar a causa do acidente", disse o ministério em comunicado.

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O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) ajuizou uma ação civil pública por nepotismo contra o prefeito de Dom Joaquim, Huenerson Henrique Celestino, conhecido como Nem da Saúde (MDB), e o filho dele, que ocupa três secretarias municipais simultaneamente.

A ação foi proposta pelo promotoria de Justiça de Conceição do Mato Dentro, sob responsabilidade do promotor de Justiça Frederico Tavares de Lanna Machado, que determinou a condenação por improbidade administrativa e o afastamento imediato do filho dos cargos. Segundo o Ministério Público, o filho do prefeito não possui qualificação técnica para exercer as funções às quais foi designado.

Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de Dom Joaquim ainda não se manifestou sobre o caso. O canal segue aberto para posicionamento.

"Dom Joaquim possui onze secretarias municipais, e três delas estão ocupadas por uma mesma pessoa: o filho do prefeito. Tal prática caracteriza nepotismo e visa beneficiar um parente em detrimento do interesse público", afirmou o promotor.

Antes da ação do MP-MG, o caso chegou ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que, no entanto, declinou a competência para o Ministério Público Estadual, que então iniciou a investigação e propôs a ação.

O presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) foi vaiado quando iniciava discurso em evento de Dia dos Professores do governo federal, no Rio de Janeiro. O público, formado por profissionais da educação, também entoou gritos de "sem anistia", em referência a projeto de lei que tramita na Casa.

Poucos segundos após o início das vaias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se levantou de seu lugar e permaneceu ao lado de Motta até o final de sua fala. Os dois chegaram a sorrir durante os gritos contra a anistia.

O presidente da Câmara não tocou no tema da anistia e nem comentou as vaias. Em seu discurso, ele citou a aprovação do Sistema Nacional de Educação e o Plano Nacional de Educação, cujo texto chegou à Casa nesta terça-feira, 14. Também elogiou Lula, referindo-se a ele como "sem dúvida alguma o presidente que mais fez pela educação no Brasil".

Como mostrou o Estadão, Motta tem focado em pautas da educação básica após o desgaste causado por episódios como o da PEC da Blindagem. Na terça-feira, 14, foram aprovadas seis propostas, entre elas o piso salarial nacional para profissionais temporários, o "Mais Professores", que amplia a presença de educadores na rede pública, e o aperfeiçoamento do Marco Legal da Primeira Infância.

No evento na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico, o governo Lula anunciou o início da emissão da Carteira Nacional Docente, para identificar professores de todas as redes de ensino do País.

Mais tarde, ao discursar na solenidade, Lula criticou o Congresso Nacional, direcionando-se a Hugo Motta e afirmando que o Congresso "nunca teve o baixo nível como tem agora". O presidente da Câmara não esboçou reação.

"Hugo é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega que existiu a Covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde", disse o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu investimentos em educação e disse que seu objetivo é fazer com que jovens de famílias de baixa renda tenham as mesmas oportunidades de ensino e de emprego que jovens de famílias ricas. Afirmou que ninguém quer ser pobre e que a culpa é do que chamou de "sistema econômico e político".

"Ninguém quer ser pobre. Não conheço ninguém que quer ser pobre, passar fome, ser analfabeto. Ninguém faz isso. Quem causa essa situação é o sistema econômico e político que não foi criado por nós e que a gente é vítima deles há séculos", declarou o presidente.

Lula participou de cerimônia no Rio de Janeiro em comemoração ao dia do professor. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estiveram presentes no evento. Motta chegou a dizer que Lula é "sem dúvida o presidente que mais fez pela educação".

O presidente repetiu algo que tem dito com frequência em seus discursos, de que as universidades só foram criadas no Brasil no século 20, enquanto em outros países da América Latina essas instituições de educação surgiram séculos antes. Segundo ele, "sempre houve no Brasil uma política determinada de que o povo não precisa estudar, precisava trabalhar".

Lula também voltou a dizer que ainda vai anunciar neste ano uma universidade federal indígena e uma universidade do esporte, para que o País seja soberano na terra, no ar, no mar e na sua educação.

O presidente disse que a criação do Pé-de-Meia, programa de incentivo para que adolescentes permaneçam na escola durante o ensino médio, foi uma "decisão política". Citou o que chamou de "pressão daqueles que acham que o dinheiro (do governo) tem de ficar guardado para pagar juros".

Segundo ele, "ou tomamos decisão política para fazer as coisas acontecerem corretamente ou não vamos melhorar o mundo".

Lula disse, ainda, que tem "brigado" com o ministro da Educação, Camilo Santana, para que seja incluído no currículo escolar o tema das mudanças climáticas.