Na França, partido de esquerda indica intenção de deflagrar voto de confiança sobre premiê

Internacional
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Principal partido da esquerda francesa, o França Insubmissa indicou nesta terça-feira, 14, que pretende deflagrar um voto de confiança sobre o governo do primeiro-ministro do país, François Bayrou, após o premiê prometer reabrir negociações para uma reforma da previdência.

Em publicação no X (antigo Twitter), a vice-presidente da legenda, Clémence Guetté, criticou o discurso de Bayrou na Assembleia Nacional e acusou de violar as negociações sobre o orçamento. "Agora, é censura ou desonra", escreveu, em referência ao mecanismo legislativo que derrubou o antecessor de Bayrou, Michel Barnier, no final do ano passado.

O primeiro-ministro da França confirmou nesta terça a meta de estabelecer déficit fiscal de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. O número representa um aumento em relação ao objetivo de cerca de 5% do PIB fixado pelo antecessor de Bayrou, Michel Barnier, que foi destituído do cargo em meio ao impasse para a aprovação do orçamento deste ano.

O premiê também projetou um crescimento de 0,9% do PIB francês este ano. "A aprovação de um orçamento é essencial", defendeu.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) fará na próxima semana uma audiência pública para discutir os efeitos da nova política implementada pela Meta. O dia e horário ainda serão definidos pelo órgão. A audiência estava agendada para a próxima quinta-feira, 16, mas a AGU disse em nota que "será necessário um tempo maior para organização e confirmação dos participantes". Poderão participar especialistas, acadêmicos, representantes das agências de checagem de fatos e órgãos do governo.

Na última sexta-feira, 10, a AGU enviou notificação extrajudicial à Meta cobrando explicações após anúncio de novas políticas de moderação de conteúdo pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg. Na resposta apresentada ontem, a Meta salientou que o encerramento do Programa de Verificação de Fatos por agências independentes de checagem de informação para dar lugar à política de "notas da comunidade", como é aplicada atualmente no X, valerá apenas para os Estados Unidos neste primeiro momento.

O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, afirmou que o governo federal deve fazer uma reunião com as empresas de checagem após as recentes alterações nas políticas da Meta, dona do Facebook e do Instagram. "Não podemos confundir liberdade de expressão com liberdade de agressão e divulgação do ódio", declarou em entrevista à GloboNews nesta terça-feira, 14.

Mais cedo nesta terça-feira, o ministro tomou posse em cerimônia no Palácio do Planalto. Dentre as principais autoridades, participaram do evento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Educação, Camilo Santana, da Saúde, Nísia Trindade, da Casa Civil, Rui Costa, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Sidônio Palmeira foi o marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula em 2022 e assumiu a pasta no lugar que era de Paulo Pimenta (PT) para reformular a comunicação do governo e tentar deixar a gestão do petista mais popular visando à eleição de 2026.

"Comunicação não é só comunicação da Secom, mas da gestão. Comunicação, gestão e política são transversais e se relacionam", afirmou o ministro. "Objetivo principal da comunicação de governo é mostrar os serviços."

Nesta terça-feira, 14, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) as informações apresentadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o convite para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A PGR analisará o caso e emitirá parecer, e a decisão final caberá ao ministro.

Bolsonaro aguarda decisão sobre a liberação da viagem para ir ao evento, que está marcado para segunda-feira, 20. O ex-presidente está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, por suspeita de envolvimento em um plano de golpe após as eleições de 2022.

A solicitação de Bolsonaro inclui a liberação do passaporte e foi acompanhada de documentos que, segundo seus advogados, comprovam o convite oficial para a posse. Moraes havia solicitado mais detalhes, alegando que o e-mail apresentado inicialmente carecia de informações sobre horário e programação.

A defesa afirma que o convite foi enviado a Eduardo Bolsonaro em 8 de janeiro pelo domínio oficial "t47inaugural.com", registrado exclusivamente para os eventos de posse. "Em eventos inaugurais nos Estados Unidos, é prática comum a adoção de domínios específicos para comunicações formais", argumentaram os advogados.

Os advogados também anexaram imagens do convite e destacaram declarações no site oficial do comitê inaugural. Segundo a defesa, esses documentos reforçam a autenticidade do convite e sua relevância.

Segundo a defesa, o evento organizado pelo comitê de Trump e JD Vance, que assumirão como presidente e vice, terá início no sábado, 18, e se estenderá até o dia 21. A posse está marcada para segunda-feira, 20.