Trump tomará série de medidas para reformular políticas de imigração do país

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que adotará uma série de ordens executivas para reformular as políticas de imigração do país, incluindo o fim do acesso ao asilo, o envio de tropas para a fronteira sul e o fim da cidadania por direito de nascimento. Essas iniciativas visam combater a imigração ilegal e realizar deportações em massa.

Uma das mudanças mais significativas é a tentativa de acabar com a cidadania automática para os nascidos no país, um direito garantido pela Constituição há mais de um século. A medida deve enfrentar desafios legais.

Além disso, Trump planeja suspender o reassentamento de refugiados por quatro meses, interrompendo um programa que há décadas permite a entrada de pessoas fugindo de guerras e perseguições.

Com essas iniciativas, Trump busca cumprir suas promessas de campanha, reforçando a segurança nas fronteiras e limitando a imigração.

As comunidades imigrantes se preparam para a repressão, que tem sido um tema central das promessas do republicano. Fonte: Associated Press

Em outra categoria

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na segunda-feira, 20, que está sendo representado na posse de Donald Trump, nos EUA, pelo seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal. Já sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL) "não trata desses assuntos", segundo ele, em entrevista ao jornal Auriverde Brasil na manhã desta segunda-feira, 20.

O ex-presidente acompanhou Michelle ao aeroporto de Brasília no sábado, 18, mas não pôde viajar devido à retenção de seu passaporte por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com ele, Eduardo possui "confiança 100%" e uma relação próxima com a família de Trump. "Tá lá o Eduardo, que me representa, na verdade é meu filho. Tá lá com a Michelle nos Estados Unidos, que obviamente não trata desses assuntos. O Eduardo fala inglês, já tá dominando o árabe e tem boa relação com a família do Trump", afirmou.

Sobre Michelle, o ex-presidente classificou sua presença de Michele na posse como discreta: "Minha esposa está lá, fazendo o trabalho dela, muito discreto. Logicamente, eu queria estar ao lado dela", comentou. Ele continua, dizendo que "por isso a gente chora, por que não chora? Ou eu sou uma máquina? Eu tenho as minhas fraquezas".

O ex-mandatário tem acompanhado o evento por meio de videochamadas, como uma oração coletiva e um jantar de gala, que aconteceram na noite de domingo, 19.

No sábado, 18, Bolsonaro disse estar "chateado, abalado" e que enfrenta uma enorme perseguição política. Ele ainda afirmou que não tem a mínima preocupação em relação aos crimes apontados no indiciamento pela Polícia Federal (PF) sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A decisão que impede a saída de Bolsonaro do País foi reforçada na última semana, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou mais um pedido para a devolução de seu passaporte. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra a liberação do documento, argumentando que a viagem não atende a interesses vitais do ex-presidente.

Em sua decisão, Moraes apontou que Bolsonaro deve responder às investigações em curso no Brasil, mencionando que o ex-presidente vem defendendo a fuga do País e o asilo no exterior para os diversos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Além de Eduardo Bolsonaro e a ex-primeira-dama, 21 parlamentares de oposição ao governo viajaram para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, compartilhou nesta segunda-feira, 20, o vídeo da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) em defesa da fiscalização do Pix. Segundo Janja, a publicação da parlamentar, que rebateu as críticas feitas pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a medida da Receita Federal, é importante para combater "aqueles que seguem fomentando o ódio no Brasil".

"Eles mentem para você, desrespeitam as trabalhadoras e trabalhadores desse País que viram seu pequeno negócio ser prejudicado por essa enxurrada de mentiras. Vamos espalhar a informação e a verdade!", disse Janja em publicação no Instagram.

No vídeo publicado no sábado, 19, a deputada do PSOL saiu em defesa da medida do governo Lula, afirmando que a norma tinha o objetivo de garantir maior transparência e coibir irregularidades no Pix. Erika Hilton também acusou a extrema direita de disseminar informações falsas sobre o tema em uma estratégia para desinformar a população.

Na semana passada, Nikolas Ferreira fez especulações sobre uma possível taxação da modalidade. "Não, o Pix não será taxado. Mas é bom lembrar que a comprinha da China não seria taxada, foi. Não teria sigilo, mas teve. Você ia ser isento do Imposto de Renda, não será mais", disse o mineiro num vídeo, que, na tarde desta segunda, tinha mais de 8,6 milhões de curtidas e 322 milhões de visualizações.

Após a repercussão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou e revogou a medida.

Assim como Nikolas, Erika Hilton utilizou no vídeo um fundo de cor neutra, uma música ambiente e a inserção de imagens enquanto falava, incluindo registros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dos filhos dele e do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Até o início da tarde desta segunda-feira, o vídeo dela tinha 2,4 milhões de curtidas e mais de 100 milhões de visualizações.

Neste domingo, 19, Erika Hilton protocolou um pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal (PF) para investigar ameaças recebidas nas redes sociais após a publicação do vídeo. Entre as mensagens denunciadas pela parlamentar, estão perfis afirmando que ela "deveria ser fuzilada" e "pistoleiros deveriam ser contratados para ficar em sua cola", além de referências ao "Projeto Ronnie Lessa 2.0", em alusão ao ex-policial condenado pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, também do PSOL, em 2018.

Assista ao vídeo republicado por Janja clicando aqui.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), criticou as portarias assinadas na semana passada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para tentar reduzir e monitorar a letalidade policial, além de combater a criminalidade. Como mostrou o Estadão, Caiado prepara o anúncio da pré-candidatura à Presidência e busca se mostrar como uma alternativa da direita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível.

Em vídeo publicado no Instagram neste domingo, 19, o governador afirmou que as portarias de Lewandowski mostram a "conivência e leniência" do Planalto com as facções criminosas. Entre as regulamentações do governo Lula, estão diretrizes para abordagens e para o uso de instrumentos com menor potencial ofensivo, deixando as armas de fogo como último recurso.

"Realmente pode deixar claro que, com portarias como essa, a conivência e leniência do governo com a criminalidade está mais do que clara. Essa é a grande verdade. Nós precisamos é de medidas enérgicas capazes de poder fazer valer ali a presença do Estado e não a submissão do Estado aos faccionados e ao crime no Brasil", disse Caiado.

Diferentemente de outros vídeos com críticas ao governo Lula, Caiado passou a citar outras regiões do País, e não só o Estado de Goiás. Na publicação deste domingo, o governador mencionou a criminalidade na Amazônia e, em especial, em Porto Velho (RO).

"Eu pergunto para vocês, em um momento como este, aonde as facções tomam conta do País, na grande maioria das capitais e na Amazônia quase toda, hoje estamos assistindo o Estado de Rondônia, a capital Porto Velho, totalmente tomada pelos faccionados, e o senhor ministro discutindo regras como essa", disse.

Caiado afirmou ainda que Goiás é uma "exceção" aos outros Estados que sofrem com a criminalidade. Em outro atrito com o Planalto sobre o programa de governo de Lula para a segurança pública, o goiano disse que acabou com a criminalidade no território onde governa. A declaração dele foi respondida com ironia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O anúncio da pré-candidatura à Presidência é o principal objetivo de Caiado em 2025. Em meio a uma direita fragmentada devido à inelegibilidade de Bolsonaro, Caiado se antecipou e já organizou o lançamento da sua pré-campanha para março.

O palco do anúncio da pré-candidatura será Salvador. A capital baiana foi onde Lula teve o melhor desempenho em capitais contra Bolsonaro. Por outro lado, a cidade é uma base importante do União Brasil, onde o atual prefeito, Bruno Reis (União), venceu em primeiro turno com quase 80% dos votos válidos a eleição municipal do ano passado.

Nos próximos meses, Caiado pretende selecionar especialistas que vão elaborar a plataforma de governo dele. Desde o ano passado, iniciou conversas com médica Ludhmila Hajjar, o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto e com Erick Figueiredo, que presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no governo Bolsonaro. Segundo aliados, são apenas sondagens iniciais, sem garantia de que esses nomes integrarão a pré-campanha do goiano.

Um dos desafios de Caiado é se tornar um nome atrativo aos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022. De acordo com levantamento da Paraná Pesquisas divulgada na semana passada, que mostra cenários para 2026 onde Bolsonaro não é candidato, o governador de Goiás não alcança dois dígitos de intenções de voto.

Outros desafios são a condenação pela Justiça Eleitoral de Goiás, em dezembro, a oito anos de inelegibilidade por supostamente ter cometido abuso de poder político na utilização do palácio do governo para benefício do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), o que ele nega, e o anúncio do cantor sertanejo Gusttavo Lima, um aliado, de participar da disputa eleitoral em 2026.

Para conferir o vídeo publicado por Caiado, basta clicar aqui.