Trump diz que China pode ajudar EUA no fim da guerra entre Rússia e Ucrânia

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a China pode ajudar o governo norte-americano a interromper a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, referindo-se à influência de Pequim no conflito.

Trump afirmou que o presidente da China, Xi Jinping, ligou para ele e que o conflito foi um dos temas abordados na ligação.

O republicano disse que pretende ter uma boa relação com a China nos próximos quatro anos de sua administração, repetindo que o que buscará é uma relação justa diante do déficit comercial americano com o país.

Em fala exibida virtualmente para líderes reunidos no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, Trump afirmou, nesta quinta-feira, que pretende se encontrar rapidamente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para colocar um fim à guerra.

Durante o momento em que recebeu perguntas dos participantes do painel, o CEO da Blackstone, Stephen A. Schwarzman, ironizou comentários de Trump sobre necessidade de reduzir os preços do petróleo. "O príncipe da Arábia Saudita ficará feliz com seus comentários", afirmou.

Mais cedo na sua aparição, Trump chegou a dizer que pedirá à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir os preços do petróleo, um desdobramento que poderia servir como ferramento de convencimento para acabar com a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

"O petróleo, taxas de juros precisam cair", disse.

Sobre o Oriente Médio, o republicano afirmou que houve muito progresso em relação ao conflito na região.

Trump repetiu ainda que seu governo se movimentará rapidamente em relação à desregulamentação, ao responder a uma pergunta da presidente executiva do Grupo Santander, Ana Botín, única mulher presente entre os convidados que puderam fazer perguntas ao mandatário americano.

Trump voltou a citar que nos EUA só haverá dois gêneros: o masculino e o feminino.

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A líder do PP no Senado, Tereza Cristina (MS), afirmou que está mantida a sessão do Congresso para votar vetos do licenciamento ambiental nesta quinta-feira, 16. A declaração foi dada após ela se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Mais cedo, Tereza e outros senadores de oposição haviam afirmado que a sessão seria adiada por falta de acordo sobre os vetos. A senadora, que é ligada ao agronegócio, evitou dizer se há entendimento sobre o conteúdo dos trechos que serão votados.

Tanto Tereza como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendiam o adiamento. Segundo Randolfe, porém, o governo orientará pela manutenção dos vetos.

A análise de vetos é sempre vista com preocupação pelo Palácio do Planalto pelo potencial de desgaste com o Congresso. A última sessão, em 17 de junho, causou atritos entre os dois Poderes após a responsabilização por eventuais aumentos na conta de luz causados pela derrubada de vetos ao projeto das eólicas em alto-mar.

O cantor Zezé Di Camargo se manifestou politicamente durante sua apresentação no 10º Festival do Camarão, em Porto Belo (SC). Enquanto cantava "Flores em Vida", sucesso da antiga dupla com o irmão Luciano, Zezé ergueu uma camiseta com a frase "Anistia já para os presos do 8 de janeiro".

O gesto gerou comoção e aplausos de fãs do artista. A camiseta faz referência ao Projeto de Lei da Anistia, que visa conceder anistia total e irrestrita ao ex-presidente Jair Bolsonaro ((PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, e aos demais envolvidos na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

O momento repercutiu nas redes sociais e gerou reações entre os internautas. Uma fã escreveu no X (antigo Twitter): "Finalmente um artista com coragem de verdade". Outro comentou: "Zezé teve coragem de ir contra a hipocrisia dos artistas esquerdistas e pediu anistia no show!". Também houve críticas de grupos da sociedade que rejeitam a proposta.

O evento ocorreu em Santa Catarina, Estado governado por Jorginho Mello (PL), aliado político de Bolsonaro.

O debate sobre a anistia total tem perdido força no Congresso Nacional e tem ganhado destaque a discussão do chamado PL da Dosimetria, que propõe a redução das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, conforme destacou o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, determinou nesta quarta-feira, 15, a liberdade provisória de Alexsandra Aparecida da Silva, ré presa por participação nos atos antidemocráticos. A decisão foi motivada por problemas de saúde.

Alexsandra estava detida desde julho deste ano, em Varginha, no sul de Minas Gerais. A defesa solicitou a revogação da prisão preventiva alegando que ela apresenta um quadro de depressão, com episódios de ansiedade e crises de pânico, além de estar com suspeita de nódulos nos seios.

Segundo os advogados, Alexsandra participou das manifestações em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, mas não esteve presente nos atos de invasão de 8 de janeiro.

Moraes atendeu ao pedido de liberdade provisória, considerando que a fase de instrução processual foi encerrada e a ação penal está pronta para julgamento. O ministro entendeu que não há mais razões para manter a prisão, já que não existem indícios de que a ré possa atrapalhar o processo ou represente risco à ordem pública.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou favoravelmente à soltura, embora tenha alertado que os documentos médicos apresentados pela defesa não contêm diagnóstico formal das doenças mencionadas.

"A necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito à liberdade não aponta a permanência das razões para a manutenção da medida cautelar extrema", destacou Moraes na decisão.

Com a decisão, Alexsandra será liberada, mas terá que cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, comparecer todas as segundas-feiras à Vara Única da Comarca de Paraguaçu e não pode sair do Brasil.