Bielorrússia: Lukashenko é reeleito com 87,6% dos votos, aponta pesquisa de boca de urna

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Encerraram as votações na Bielorrússia para as eleições presidenciais. De acordo com sondagens de boca de urna do Comitê das Organizações Juvenis da Bielorrússia, o atual presidente Alexander Lukashenko venceu o pleito com 87,6% dos votos, conquistando o seu sétimo mandato. Os resultados oficiais serão anunciados nesta segunda, 27.

A oposição chama a eleição de "farsa", muito parecida com a última em 2020, que desencadeou meses de protestos sem precedentes na história do país de 9 milhões de pessoas. Lukashenko é um aliado próximo do presidente russo Vladimir Putin e depende dos subsídios e do apoio político de Moscou para se manter no poder.

Segundo a agência noticiosa russa Tass, o presidente do Partido Liberal Democrático, Oleg Gaidukevich, obteve 1,8% dos votos, a empresária Anna Kanopatskaya 1,6%; o primeiro secretário do Comité Central do Partido Comunista, Sergei Syrankov, 2,7%; o presidente do Partido Republicano do Trabalho e juiz Alexander Khizhnyak, 1,2%. Cerca de 5% dos eleitores não votaram.

O rosto sorridente do presidente Lukashenko apareceu nos cartazes de campanha em toda a Bielorrússia neste domingo, em uma eleição orquestrada praticamente garantida para dar ao autocrata de 70 anos mais um mandato além de suas três décadas no poder.

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A desaprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu dois pontos porcentuais, de 47% em dezembro de 2024 para 49% em janeiro de 2025, diz pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27. A aprovação oscilou cinco pontos para baixo, de 52% para 47%, no mesmo intervalo. Não sabem ou não responderam 4% dos entrevistados, ante 2% no levantamento anterior.

O trabalho do presidente continua com a maior aprovação no Nordeste, ainda que tenha havido uma queda de 67% para 59%. O índice de nordestinos que desaprovam o trabalho de Lula subiu de 32% para 37%, enquanto os que não sabem ou não responderam subiu de 1% para 4%.

No Sudeste, os que aprovam o trabalho presidencial caíram 2 pontos, de 44% para 42%, enquanto os que desaprovam se mantiveram em 53%. Não sabem ou não responderam subiram de 3% para 5%.

No Sul, os que aprovam o trabalho de Lula caíram sete pontos porcentuais, de 46% para 39%, enquanto os que desaprovam subiram de 52% para 59%. Não sabem ou não responderam se mantiveram em 2%.

Nas Regiões Centro-Oeste e Norte, pesquisadas de forma conjunta, os que aprovam o trabalho do presidente se mantiveram em 48% e os que desaprovam oscilaram 1 ponto, de 50% para 49%. Não sabem ou não responderam 2%, ante 3% da Genial/Quaest de dezembro.

Recortes

Quando o critério é a renda familiar, Lula tem seu trabalho aprovado por 56% dos que ganham até dois salários mínimos, ante 63% em dezembro. Nesta faixa, 39% o desaprovam ante 34% no levantamento anterior. Entre os que recebem de dois a cinco salários mínimos, a aprovação do trabalho do presidente caiu de 48% para 43% e a desaprovação subiu de 50% para 54%. Entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos, os que desaprovam (se manteve em 59%) superam os que aprovam (se manteve em 39%).

As mulheres aprovam mais o trabalho do presidente - 49% ante 54% em dezembro - do que os homens - 45% ante 49%.

No recorte por faixa etária, o trabalho de Lula é mais aprovado por quem tem 60 anos ou mais - caiu de 57% para 52%. Nesta faixa, a desaprovação se manteve em 40%. Entre os entrevistados de 16 a 34 anos, a aprovação caiu de 48% para 45% e a desaprovação subiu 50% para 52%. Na faixa dos 35 a 59 anos, os que aprovam caíram de 52% para 46% e os que desaprovam subiram de 46% para 52%.

Já 58% dos evangélicos desaprovam o trabalho de Lula, ante 56% em dezembro, e 37% aprovam, ante 42%. Entre os católicos, 52% aprovam, ante 56% da última sondagem, e 45% desaprovam, ante 42% do levantamento de dezembro.

A Genial/Quaest entrevistou 4.500 brasileiros de 16 anos ou mais entre 23 e 26 de janeiro. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiabilidade, de 95%.

Em sua primeira delação premiada, em agosto de 2023, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atuaram para instigar o ex-presidente Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado após a derrota na eleição presidencial contra Luiz Inácio Lula da Silva.

O teor desse depoimento foi revelado pelo jornalista Elio Gaspari nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, e confirmado pelo Estadão. Segundo Cid, os dois participavam do grupo mais radical de pessoas próximas ao então presidente, que acreditavam que ele teria "o apoio do povo e dos CACs (Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores) para dar um golpe de Estado". Michelle e Eduardo não foram indiciados pela Polícia Federal (PF) e não há menção a elementos e provas, ao menos neste primeiro depoimento. Cid foi inquirido outras vezes ao longo de 2023 e 2024.

A defesa de Bolsonaro manifestou "indignação" diante de novos "vazamentos seletivos" e reclamou de não ter tido acesso à íntegra da delação. As defesas de Michelle e Eduardo Bolsonaro não responderam às tentativas de contato do Estadão.

Também teriam participado desse grupo ex-ministros, como Onyx Lorenzoni (PL) e Gilson Machado (PL); atuais senadores, como Magno Malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC); o ex-assessor internacional Filipe Martins e o general Mario Fernandes.

Malta se disse disposto a "esclarecer dúvidas" das autoridades e ressaltou que as conversas com o ex-presidente naquele período envolviam "orações e consolo". Seif negou ter incitado Bolsonaro a tentar um golpe de Estado. E afirmou que tomará "medidas jurídicas cabíveis contra denunciação caluniosa" no caso. O Estadão buscou contato com todos os demais mencionados na reportagem.

Fraude

Existiam duas ramificações nesse grupo, de acordo com Cid. Um "menos radical" queria achar uma fraude nas urnas; o segundo era "a favor de um braço armado" e cobrava a assinatura de um decreto que levasse a um golpe de Estado.

Martins e Fernandes já foram indiciados pela PF. O general teria sido responsável por elaborar um planejamento operacional para executar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e os então candidatos eleitos Lula e Geraldo Alckmin. Já Martins "atuou de forma proeminente na interlocução com juristas para elaborar uma minuta de teor golpista", segundo a PF. O documento ficou conhecido como "minuta do golpe".

Nessa primeira delação, Cid identificou outros dois grupos, além da ala radical, no entorno do ex-presidente. Um deles aconselhava Bolsonaro a recomendar aos acampados em quartéis do Exército que fossem para casa. Desse núcleo faziam parte o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o então advogado-geral da União Bruno Bianco, o então ministro da Casa Civil e atual senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior.

Outro grupo sugeria que "nada poderia ser feito diante do resultado das eleições". Era composto por generais da ativa, como o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o comandante do Exército à época, Marco Antônio Freire Gomes. Nesse último segmento havia uma ramificação dos que incentivavam o então presidente a sair do Brasil.

Conforme as investigações foram avançando e após Cid ter sido inquirido por investigadores em mais oportunidades, porém, alguns desses nomes inicialmente apontados como mais moderados acabaram sendo indiciados pela PF por participação na tentativa de golpe, como Nogueira de Oliveira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A avaliação positiva geral do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou de 33% para 31%, enquanto a negativa subiu de 31% para 37% e a regular caiu de 34% para 28%, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27. Não sabem ou não responderam 4%, ante 2% da sondagem de dezembro.

O Nordeste continua com a maior avaliação positiva geral do governo, mas houve uma queda - de 48% para 37%, enquanto a negativa ficou em 22% e a regular, de 29% para 32%.

Direção

A Genial/Quaest também mediu a percepção dos entrevistados sobre os rumos do País. Para 50%, o Brasil está indo na direção errada (ante 46% em dezembro) e 39% consideram que está indo na direção certa (ante 43%). Não sabem ou não responderam se mantiveram em 11%.

Em relação às promessas de campanha de Lula, 65% avaliam que o presidente não tem conseguido fazer aquilo que prometeu (ante 60% em dezembro) e 30% consideram que ele tem conseguido fazer o que prometeu (ante 35%). Não sabem ou não responderam se mantiveram em 5%.

Para 47% dos entrevistados, Lula é bem intencionado (ante 51%), enquanto 46% dizem que o presidente não é bem intencionado (ante 42%). Além disso, 47% dizem que o governo trabalha para atender às necessidades de todos (ante 52%) e 35% afirmam que o governo trabalha para atender às necessidades de quem votou no Lula (ante 34%).

A Genial/Quaest entrevistou 4.500 brasileiros de 16 anos ou mais entre 23 e 26 de janeiro. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiabilidade, de 95%.