Dinamarqueses criam petição para comprar Califórnia após ameaça de Trump de anexar Groenlândia

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Aproximadamente 200 mil pessoas assinaram, até a noite desta terça-feira, 11, uma petição online para que a Dinamarca compre a Califórnia dos Estados Unidos, em uma campanha satírica contra as ameaças de Donald Trump de anexar a Groenlândia, um território autônomo que pertence à Dinamarca.

"Você já olhou para um mapa e pensou: 'Sabe do que a Dinamarca precisa? Mais sol, palmeiras e patins.' Bem, temos uma oportunidade única na vida de tornar esse sonho realidade. Vamos comprar a Califórnia de Donald Trump!", diz o site da petição.

Em tom sarcástico, o site ainda lista os "300 dias de sol por ano", a produção de abacates e os "tech bros", em uma referência ao Vale do Silício, como vantagens sobre a suposta aquisição e afirma que Trump "não é exatamente o maior fã" da Califórnia.

"Quanto à vontade dos cidadãos? Bem, vamos encarar a realidade - quando foi que isso o impediu?", diz o site, que afirma ter como objetivo arrecadar US$ 1 trilhão ("mais ou menos alguns bilhões") e receber 500 mil assinaturas. "Enviaremos nossos melhores negociadores: executivos da Lego e o elenco de Borgen", diz.

Dentro de uma lista aparentemente crescente de ambições territoriais - Canal do Panamá, Canadá, Golfo do México e mais recentemente Gaza - Trump tem ameaçado anexar a Groenlândia, que pertence à Dinamarca e é um território rico em minerais. O presidente americano não descartou usar força militar para tal anexação e seu filho chegou a viajar para o território, onde disse aos locais: "Vamos tratá-los bem."

A Groenlândia, por sua vez, diz que não tem "nenhum interesse" em fazer parte dos Estados Unidos. O ministro dinamarquês de Relações Exteriores, Lars Løkke, declarou no dia 31 de janeiro afirmou que era "absolutamente claro" o desinteresse da Groenlândia, bem como de todo o Reino da Dinamarca, sobre a anexação.

Em janeiro, a grande maioria da população da Groenlândia recusava ser parte dos Estados Unidos, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Verian para o jornal dinamarquês Berlingske e o periódico Sermitsiaq da Groenlândia.

Quase 85% dos groenlandeses entrevistados responderam "não" à pergunta se queriam se separar da Dinamarca e se juntar aos Estados Unidos, segundo a pesquisa. Apenas 6% disseram ser a favor e 9% estavam indecisos.

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Tanto Tereza como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendiam o adiamento. Segundo Randolfe, porém, o governo orientará pela manutenção dos vetos.

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