Presidente quer fechar acordo nuclear com Rússia e China

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Donald Trump disse nesta quinta, 13, que deseja negociar um controle de armas nucleares com Rússia e China, para que eventualmente os três países possam cortar pela metade seus orçamentos de defesa. Ele lamentou as centenas de bilhões de dólares gastos na construção de armas nucleares e disse que espera obter compromissos para cortar gastos. "Não há razão para estarmos construindo armas nucleares novas, já temos tantas", disse. "Você poderia destruir o mundo 50 vezes, 100 vezes."

Enquanto EUA e Rússia possuem grandes estoques de armas desde a Guerra Fria, Trump previu que China alcançaria sua capacidade de causar devastação "dentro de cinco ou seis anos". A ideia de negociar um acordo com Rússia e China para cortar pela metade os gastos com defesa contradiz o que Trump vem exigindo de aliados europeus, que deveriam, segundo ele, aumentar os gastos militares de 2% para 5% do PIB - os EUA gastam 3,4% do PIB em defesa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente do diretório do PSDB no Ceará, Ozires Pontes, anunciou a filiação do ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes no partido. O comunicado ocorreu em por meio de um vídeo publicado em sua rede no Instagram, na noite da sexta-feira, 17.

"Hoje é um motivo de grande alegria para o PSDB. O PSDB está em festa, porque eu estou aqui anunciando oficialmente a filiação do ex-prefeito de Fortaleza, do ex-governador do Estado do Ceará, do ex-ministro Ciro Ferreira Gomes ao PSDB", declarou Pontes.

O tucano, que também é prefeito do município de Massapê, enalteceu a trajetória política de Ciro. "Foi o primeiro governador do PSDB do Brasil. Quero agradecer aqui imensamente ao senador Tasso Jereissati, que foi o principal responsável por toda essa articulação, por convencer o Ciro a fazer essa escolha que o PSDB era o partido certo".

Segundo Pontes, na próxima quarta-feira, 22, às 9h30, haverá um encontro dos tucanos com Ciro. "Vamos receber com uma salva de palmas, um abraço bem caloroso, o nosso ex-governador e futuro governador do Ceará, Ciro Ferreira Gomes", disse. "É um motivo de muita emoção para mim ver Tasso e Ciro juntos", acrescentou.

O presidente do PSDB cearense também cravou a candidatura de Ciro para a eleição do ano que vem no Estado. "Em poucos meses, o próprio Ciro Gomes vai estar anunciando a candidatura dele ao governo do Estado do Ceará", afirmou.

Antes de ingressar no PSDB, Ciro estava no PDT. Na sexta-feira, 17, o ex-governador do Ceará informou a sua saída da legenda, num momento em que a direção estadual da sigla se aproxima do PT, que governa o Estado com Elmano de Freitas. Caso Ciro se candidate para governador em 2026, ele deve enfrentar a campanha de reeleição de Elmano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou neste sábado, 18, reação popular contra um sistema econômico de concentração de riqueza que obstrui a ascensão social durante discurso emotivo a estudantes de cursinhos populares. Em sua fala, o chefe do Executivo criticou a reação do mercado à política fiscal do governo.

"Ninguém é pobre porque quer, ninguém gosta de se vestir mal, de comer mal. Mas tem um sistema econômico que não permite, que é a concentração de riqueza ... E nós temos que nos rebelar para mudar essa situação", afirmou Lula.

Antes do presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já tinha declarado, no mesmo evento, que o País pode avançar no combate às desigualdades e injustiças sociais com o "povo na rua lutando pelos seus direitos".

Na esteira da derrota do governo na tentativa de taxar aplicações financeiras para financiar políticas públicas dentro dos limites do arcabouço fiscal, Haddad reiterou a orientação de colocar o "pobre no orçamento e o rico no imposto de renda". Contudo, emendou o ministro, essa determinação, que foi colocada pelo presidente Lula, incomoda o "andar de cima" - isto é, os mais ricos.

Após o governo anunciar investimentos de R$ 108 milhões na rede de cursinhos que preparam estudantes de baixa renda a vestibulares, para acesso a universidades, Lula disse em seu discurso que o programa contra a evasão escolar Pé-de-Meia precisa ser universalizado. "Dentro da mesma sala de aula tem um aluno que recebe o Pé-de-Meia e outro que não recebe. E a diferença do salário é de 50 centavos. Então, nós vamos aprovar a universalização do Pé-de-Meia para que toda a pessoa possa ter o direito de estudar. É difícil. A Faria Lima vai brigar com a gente", declarou o presidente. Ele reiterou na sequência a visão de que colocar dinheiro na educação não é gasto, mas sim investimento na sobrevivência de populações periféricas.

As declarações ocorreram neste sábado, 18, durante um encontro com os alunos, professores e coordenadores da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), no Ginásio Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo (SP). Na ocasião, Lula estava acompanhado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

Aos estudantes, Lula salientou que o desafio do governo é dar visibilidade a uma grande parte da população que era ignorada pela "elite política". Ao relembrar a sua trajetória de vida, como ter comido um pedaço de pão pela primeira vez apenas aos sete anos, quando já estava em São Paulo, o presidente disse que já teve muitos sonhos que não pôde realizar por falta de oportunidades.

"Minha obsessão por educação é porque não tive educação", afirmou. Lula assinalou que, se ele não teve chance, os estudantes dos cursinhos populares que assistiram ao discurso terão a oportunidade de ingressar no ensino superior. "O destino nosso, nós que traçamos, vocês serão o que quiserem ser", exclamou o presidente.

Em tom motivacional, Lula disse aos estudantes que ninguém tem direito de desistir dos sonhos, e que o objetivo e as causas fazem a vida valer a pena. "Se foi possível para mim, é possível para vocês", declarou o presidente.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), decidiu entrar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após uma série de vitórias do governo Lula.

Sóstenes chega como suplente no bloco do qual seu partido faz parte, junto de União Brasil, PP, MDB, PSD, Republicanos, Podemos e a federação PSDB-Cidadania

"Entrei para contribuir e colaborar com o belo trabalho do líder Rogério Marinho (PL-RN) no Senado, para a gente voltar a ganhar os requerimentos nas próximas semanas", afirmou o deputado ao Estadão.

Reforçado na CPI do INSS, o governo Lula conseguiu reverter o cenário que deu a presidência e a relatoria da comissão para a oposição e garantir a maioria em todas as últimas votações mais controversas.

A articulação da base governista garantiu que José Ferreira da Silva - irmão de Lula conhecido como Frei Chico - não fosse convocado e impediu a prisão do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo. O Sindnapi é o sindicato ao qual Frei Chico é ligado.

Na perspectiva da oposição bolsonarista, o trabalho do governo junto a aliados de centro configura uma "blindagem" a figuras que seriam importantes para contribuir com as investigações que apuram o esquema fraudulento de desconto não autorizado em associativas. Para eles, as sucessivas vitórias do Centrão se devem ao "fisiologismo" do grupo.

Nesta sexta-feira, após visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua casa em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar por ter descumprido medidas cautelares do Supremo Tribunal Federal (STF), Sóstenes disse à imprensa que "confia muito no trabalho do Rogério Marinho para reorganizar a base novamente", e que a oposição vai voltar a apresentar um novo requerimento pra convocar o Frente Chico.

Cobrança por mais articulação

Na conversa com Sóstenes, Bolsonaro cobrou maior articulação entre presidentes de partidos de direita contra Lula, de olho nas eleições de 2026.

"Bolsonaro entende que precisa mais - e ele vai conversar com Valdemar na próxima semana (sobre isso) - que os presidentes de partido estejam se reunindo com mais frequência para que a gente possa ter ainda mais resultados positivos, para enfrentar o atual governo, visando em especial a eleição de 2026", afirmou o líder do PL na Câmara à imprensa na saída da visita ao ex-presidente.

Em setembro, o União Brasil e o Progressistas (PP) anunciaram o desembarque oficial do governo Lula, antecipando a articulação de uma candidatura competitiva na direita para derrotar o PT em 2026. Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), são cotados para liderar esse movimento, mas a escolha do nome ainda não foi decidida.

Sóstenes diz que Bolsonaro lhe perguntou como está a articulação pela anistia do 8 de Janeiro. O tema interessa ao ex-presidente, que pode ser beneficiado pelo texto que os bolsonaristas tentam, ainda sem sucesso, aprovar na Câmara, de modo a perdoar todos aqueles investigados por atos antidemocráticos desde 2019.

Sóstenes detalhou o seguinte panorama: o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto, aguarda o texto ser devolvido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na terça-feira, com o compromisso do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautá-lo para votação. Caso a proposta devolvida pelos articuladores preveja a redução de penas - e não a anistia "ampla, geral e irrestrita", como cobram os bolsonaristas -, a bancada do PL vai apresentar um destaque para ampliar o perdão.