Aviões se chocam no ar em mais um acidente aéreo fatal nos EUA

Internacional
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Duas pessoas morreram em uma colisão aérea envolvendo dois pequenos aviões no sul do Arizona, nos Estados Unidos, na manhã de quarta-feira, 19, informaram as autoridades. Investigadores federais de segurança aérea disseram que cada avião transportava duas pessoas quando colidiram perto do Aeroporto Regional de Marana, nos arredores de Tucson.

Um Cessna 172 pousou sem incidentes, enquanto um Lancair 360 MK II atingiu o solo perto de uma pista e pegou fogo, de acordo com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB), que está liderando a investigação e citou informações preliminares antes da chegada de seus investigadores.

O Departamento de Polícia de Marana confirmou que as duas pessoas que morreram estavam a bordo de uma das aeronaves e disse que os socorristas não tiveram a chance de fornecer tratamento médico. A polícia não identificou em qual avião elas estavam, mas o operador do Cessna - AeroGuard, uma escola de treinamento de voo comercial - disse que seus dois pilotos não ficaram feridos. Nenhum dos aviões era baseado no aeroporto de Marana, informou a cidade.

O departamento de bombeiros municipal ajudou a extinguir as chamas, disse o sargento Vincent Rizzi, da polícia de Marana. O porta-voz da AeroGuard, Matt Panichas, recusou-se a comentar os detalhes da colisão, mas disse que está trabalhando em estreita colaboração com as agências investigativas. "Estamos profundamente entristecidos pelas duas fatalidades deste trágico acidente, e nossos pensamentos e orações estão com suas famílias e entes queridos durante este momento difícil", disse Panichas em um comunicado à Associated Press.

Histórico

A colisão ocorreu mais de uma semana após um acidente de avião em Scottsdale que matou um dos dois pilotos de um jato particular de propriedade do cantor Vince Neil, do Mötley Crüe. Essa aeronave saiu da pista e atingiu um jato executivo.

Também ocorreu após quatro grandes desastres aéreos que ocorreram na América do Norte no último mês. O mais recente envolveu um jato da Delta que capotou ao pousar em Toronto (Canadá) e o acidente fatal de um avião de transporte de passageiros no Alasca.

No final de janeiro, 67 pessoas morreram em uma colisão aérea em Washington, D.C., envolvendo um jato de passageiros da American Airlines e um helicóptero do Exército, marcando o desastre aéreo mais mortal nos Estados Unidos desde 2001.

Apenas um dia depois, um jato de transporte médico com uma criança paciente, sua mãe e outras quatro pessoas a bordo caiu em um bairro da Filadélfia, explodindo em uma bola de fogo que engolfou várias casas. Esse acidente matou sete pessoas, incluindo todos a bordo, e feriu outras 19.

Aeroporto sem torre de controle

O aeroporto de Marana possui duas pistas que se cruzam e opera sem uma torre de controle de tráfego aéreo. Um projeto de vários milhões de dólares estava em andamento para construir uma torre, mas atrasos devido à pandemia adiaram a construção.

A maioria dos aeroportos nos EUA não possui torres de controle de tráfego aéreo. Nesses espaços aéreos, os pilotos usam um canal de rádio designado para anunciar suas intenções de pouso e decolagem, disse Jeff Guzzetti, consultor de segurança aérea e ex-investigador da Administração Federal de Aviação (FAA) e do NTSB.

O fato de um aeroporto não ter uma torre de controle não significa que seja inseguro, disse ele. "Todos os pilotos devem transmitir em uma frequência comum de consultoria de tráfego. E também há uma responsabilidade de ver e evitar. Cada piloto é responsável por ver e evitar para que não colidam entre si", disse Guzzetti.

 

Em outra categoria

O novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, afirmou na tarde deste sábado, 8, em São Paulo, que governadores bolsonaristas "preferem fazer demagogia com sangue, ao tratar todo mundo da comunidade como se fosse bandido". Boulos disse que essa é a visão dos governadores do Rio, Cláudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de outros chefes de Executivo estadual apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele lançou no Morro da Lua, região de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, o Projeto Governo na Rua, que tem a finalidade de ouvir a população e levar as manifestações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Boulos declarou também que a questão do combate ao crime é antiga, mas que Luiz Inácio Lula da Silva é quem tomou a iniciativa de tentar resolver com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e o projeto de lei antifacção. Conforme o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, com essas propostas aprovadas, o governo federal terá mais atribuições e responsabilidades para o enfrentamento ao crime.

"A gente acredita que o combate ao crime tem que fazer da maneira correta, como a Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, para pegar o peixe grande, não o bagrinho. O peixe grande está na Avenida Faria Lima, não na favela", acredita.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou neste sábado, 8, a pauta da Casa para a próxima semana, com a inclusão do projeto de lei antifacção - texto encaminhado pelo governo ao Congresso na esteira da megaoperação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. A proposta é relatada pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de segurança de São Paulo.

Motta marcou a primeira sessão deliberativa da Casa da semana para terça-feira, 11, às 13h55. A sessão será semipresencial, conforme decidido pelo presidente da Câmara em atenção a pedido de líderes partidários. Isso significa que os deputados poderão votar a distância nas sessões dessa semana, sem precisarem estar em Brasília.

A pauta também contém outros projetos relacionados à Segurança Pública, como o que aumenta a destinação da arrecadação com jogos de apostas de quota fixa (bets) para o financiamento da segurança pública. O relator de tal projeto é o deputado Capitão Augusto (PL-SP).

Outro projeto na lista de serem debatidos pelos parlamentares é o que condiciona a progressão de regime, a saída temporária e a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva à coleta de material biológico para obtenção do perfil genético do preso. O relator é o deputado Arthur Maia (União-BA).

Ainda consta na pauta a discussão de um projeto que altera o Código Tributário Nacional para tratar de normas gerais para solução de controvérsias, consensualidade e processo administrativo em matéria tributária e aduaneira. A tramitação em regime de urgência da proposta foi aprovada no último dia 21. O relator é o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG).

O sócio-fundador da SPX Capital, Rogério Xavier, alertou neste sábado, 8, para a situação fiscal explosiva do Brasil. Com o juro real perto de 11% e o atual nível de endividamento, o País corre risco de quebrar se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for reeleito e não mudar suas políticas. Por outro lado, pode virar a página caso eleja um candidato de centro-direita, escapando do duelo Lula versus Jair Bolsonaro e colocando um ponto final no ciclo pós-ditadura.

"O País quer uma coisa diferente dessa oferta que foi nos dada nos últimos anos, que aponte para o futuro. Chega de Bolsonaro, chega de Lula, está bom", disse Xavier, durante painel na conferência MBA Brasil 2025, em Boston, nos Estados Unidos.

Segundo ele, Lula e Bolsonaro representam um período "do nós contra eles" que o Brasil vive desde o fim da ditadura. "Temos uma alternativa de acabar com esse ciclo já no ano que vem", disse, sem mencionar um candidato específico. Na sua visão, qualquer candidato da direita hoje pode ser a 'cara' do centro-direita nas eleições de 2026, mas que ainda não é hora de se colocar. "Vai apanhar", afirmou.

Xavier prevê uma eleição "super acirrada", em que não será possível saber o vencedor das urnas nem 24 horas antes do pleito. E, nesse ambiente, a situação fiscal d Brasil pode se deteriorar ainda mais, com o governo petista gastando mais para vencer a disputa. Na sua visão, "o Brasil está em risco".

"A gente está criando um endividamento muito alto e que é explosivo. 11% de juro real para um país que já tem uma dívida desse tamanho, a gente quebra", alertou. "A gente está se aproximando muito perto do encontro com a dívida", acrescentou. Uma eventual piora da situação fiscal do Brasil pode levar credor da dívida brasileira a questionar a vontade do País de honrá-la. "Dívida é capacidade vontade. A capacidade está ficando em dúvida e já tem um pouco de dúvida se (o governo) tem muita vontade de pagar mesmo".

Ao falar a estudantes brasileiros de MBA no exterior, ele analisou o histórico dos partidos políticos no Brasil para reforçar a cobrança da sociedade por uma proposta nova. Na sua visão, o PT "morreu", assim como o PSDB perdeu relevância nacional. No entanto, o Partido dos Trabalhadores tem o Lula, que é "muita coisa", mas demonstra um "egoísmo brutal" ao continuar sendo presidente e não dar oportunidade para outros.

"A reeleição é um câncer no Brasil. O incentivo do político é se reeleger. Virou uma profissão", criticou o gestor. "O político deveria servir as pessoas, servir o povo. Não se servir", emendou.

Segundo ele, é importante que o ciclo pós-ditadura termine para que o Brasil aponte para o futuro. Mesmo que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha surpreendido para cima nos últimos anos, sob a ótica de crescimento, quando comparado a outros emergentes, o Brasil "ficou para trás", na sua visão. "O Brasil nunca teve horizonte, nunca teve previsibilidade", concluiu.

*A repórter viajou a convite da MBA Brasil