Corpo devolvido pelo Hamas não é o de mãe de família, afirma Israel

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Nenhum dos quatro corpos de reféns devolvidos de Gaza nesta quinta-feira, 20, corresponde a Shiri Bibas, a mãe de origem argentina sequestrada pelo grupo terrorista Hamas, disse Israel nesta sexta-feira, 21 (pelo horário local). A identificação dos corpos de seus filhos, Ariel e Kfir Bibas, foi confirmada.

"O corpo adicional não é o de sua mãe, Shiri, nem o de nenhum outro refém israelense" como havia reivindicado o grupo terrorista, afirmou o Exército em nota, exigindo que o Hamas devolva o corpo de Shiri Bibas.

"Pedimos ao Hamas que devolva Shiri Bibas, bem como todas as pessoas sequestradas", escreveu o porta-voz do exército israelense Avichay Adraee no Telegram.

Caixões com restos mortais dos quatro reféns foram exibidos publicamente pelo Hamas antes de serem entregues à Cruz Vermelha.

Israel ainda afirmou que Ariel e Kfir foram "assassinados brutalmente em cativeiro" e não devido a bombardeios contra a Faixa de Gaza, como afirma o Hamas. O grupo anunciou, em novembro de 2023, que Shiri Bibas e seus filhos haviam sido mortos em um bombardeio israelense.

O Hamas devolveu os corpos de quatro reféns a Israel nesta quinta-feira. O grupo havia dito que os restos entregues eram os de Ariel e Kfir Bibas, que tinham, respectivamente, 4 anos e 8 meses no momento do sequestro, em 7 de outubro de 2023, os de sua mãe, Shiri Bibas, de 32 anos; e os de Oded Lifshitz, de 83 anos.

Os quatro reféns foram capturados no kibutz Nir Oz, durante o ataque do Hamas ao sul de Israel, o qual desencadeou a guerra em Gaza.

As imagens do sequestro de Bibas e seus filhos deram a volta ao mundo e se tornaram um símbolo do horror vivido no ataque. O marido de Shiri e pai das crianças, Yarden, também esteve em cativeiro, mas foi liberado no dia 1º de fevereiro em outra troca de reféns.

Os quatro caixões foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que os confiou depois ao Exército israelense. O comboio com os restos entrou em Israel pelo kibutz de Kissufim, onde dezenas de pessoas se reuniram com bandeiras israelenses e amarelas, uma cor que simboliza os reféns.

Kfir Bibas era o mais jovem dos 251 reféns sequestrados em 7 de outubro. Antes da troca desta quinta-feira, 70 pessoas ainda eram mantidas reféns pelo grupo terrorista Hamas em Gaza. Entre elas estão os corpos de 35 sequestrados que estariam mortos, segundo o Exército israelense.

'Violação grave na trégua'

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, acusou nesta sexta-feira, 21, o grupo terrorista Hamas de ter cometido uma "violação cruel" da trégua em Gaza ao não entregar o corpo da refém Shiri Bibas.

"A crueldade dos monstros do Hamas não conhece limites. Eles não sequestraram apenas o pai, Yarden Bibas, a jovem mãe, Shiri, e seus dois filhos pequenos. De uma forma inimaginavelmente cínica, eles não devolveram Shiri aos seus filhos, aqueles anjinhos, e em vez disso colocaram o corpo de uma mulher de Gaza no caixão", disse Netanyahu.

Durante o comunicado, o primeiro-ministro afirmou que Israel permanecerá agindo para que o corpo de Shiri seja recuperado, além de "garantir que o Hamas pague um alto preço por essa violação cruel e perversa do acordo de cessar-fogo".

Netanyahu promete 'acerto as contas'

Em comunicado oficial, ainda antes de saber da troca dos corpos, Benjamin Netanyahu, disse que "acertará as contas" com o Hamas para que o 7 de outubro de 2023 nunca mais se repita, após Israel receber o corpo de quatro reféns na quinta-feira.

"Meus irmãos e irmãs, queridos cidadãos de Israel, neste dia estamos todos unidos, em uma dor que é pesada demais para suportar. Curvamos nossas cabeças pela pesada perda de quatro de nossos reféns. Estamos todos indignados com os monstros do Hamas. Os quatro caixões de nossos entes queridos exigem que nós, mais do que nunca, asseguremos, juremos, que o que aconteceu em 7 de outubro nunca mais se repetirá", afirmou Netanyahu. (Com agências internacionais).

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