Trump sobre Texas: compartilho da angústia de todo o país

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que compartilha da angústia de todo o país durante comentários em uma mesa redonda de autoridades e para uma plateia de socorristas e familiares das vítimas das enchentes que devastaram o Texas.

Em Kerrville, Trump falou sobre as vítimas, elogiou o trabalho dos socorristas e afirmou que nunca viu uma devastação como a que atingiu o Texas após visitar algumas áreas gravemente afetadas.

As inundações catastróficas da semana passada mataram pelo menos 120 pessoas, de acordo com informações de diversos veículos de imprensa.

Trump disse que o estado gastou de maneira sábia os recursos liberados pelo governo para as operações de resgate.

Em outra categoria

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal reagiram às ações da oposição bolsonarista para impedir o funcionamento das duas Casas em meio à pressão pela aprovação do PL da Anistia e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Hugo Motta anunciou que deputados que impedirem votações serão suspensos do mandato. Enquanto isso, Davi Alcolumbre determinou a realização de sessão remota do Senado nesta quinta-feira, às 11h.

"Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento", afirmou Alcolumbre.

A sessão remota desta quinta-feira, 7, será feita para votar a medida provisória que aumenta a isenção do imposto de renda para até dois salários mínimos.

"A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada. [...] A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza", escreveu.

A nota de Alcolumbre vem depois de uma reunião realizada com líderes partidários para debater uma reação à obstrução feita por senadores da oposição. Parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam a Mesa Diretora do Senado depois da decretação da prisão domiciliar do ex-presidente.

Na Câmara, após a sessão de líderes na residência oficial de Motta, o presidente agendou uma sessão plenária presencial para as 20h30 desta quarta, apesar de a oposição seguir ocupando a Mesa da Casa.

Segundo o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), o presidente da Casa indicou que os deputados que o impedirem de assumir a cadeira no plenário serão suspensos. De acordo com o líder do PDT, Mário Heringer (MG), a suspensão deve ser de seis meses.

Motta indicou ainda que os deputados que tentarem lhe impedir de presidir a sessão podem ter os nomes enviados para o Conselho de Ética, destacou Lindbergh. Segundo Mário Heringer, até a polícia legislativa pode ser acionada em caso de resistência dos Deputados da oposição.

Antes da sessão, os líderes se reunirão na sala da Presidência.

Veja a íntegra da nota do presidente do Senado:

"Determinei que a sessão deliberativa do Senado Federal de amanhã, quinta-feira (7), seja realizada temporariamente em sistema remoto. A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada.

Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento.

Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza.

Davi Alcolumbre

Presidente do Senado Federal"

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), encaminhou uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, solicitando uma visita nesta quinta-feira, 7, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. No ofício, Tarcísio afirma ser "correligionário e amigo" do capitão reformado e que considera que há razões "político-institucionais" e "humanitárias" que justificariam a autorização de Moraes.

"Diante do exposto, solicito à Vossa Excelência autorização para empreender visita domiciliar ao senhor Jair Messias Bolsonaro, no próximo dia 7 de agosto, assumindo, desde já, o compromisso de observar todas as determinações estabelecidas por esse juízo", diz a petição.

Após o pedido, Moraes determinou que a defesa de Bolsonaro informe se o ex-presidente tem interesse em receber a visita do governador paulista e de outras cinco pessoas que pediram autorização. Entre elas, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS).

Tarcísio mantém contato frequente com Bolsonaro, com quem costuma falar semanalmente por ligações ou mensagens. O ex-presidente, contudo, foi proibido de utilizar o telefone celular na mesma decisão em que Moraes decretou sua prisão domiciliar.

A medida foi determinada pelo ministro na última segunda-feira, 4, após Bolsonaro descumprir medidas cautelares. Na manhã desta quarta, Moraes proferiu novo despacho autorizando o ex-presidente a receber visitas dos seus filhos, das cunhadas e dos netos. Além deles, apenas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) obteve autorização para visitar o ex-presidente.

Após Moraes decretar a prisão domiciliar, Tarcísio postou um vídeo nas redes sociais, ainda na segunda-feira, para criticar a decisão. Ele classificou a prisão como "absurda" e disse que Bolsonaro "foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar".

"Uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar", disse Tarcísio. "Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais?", disse o governador na ocasião.

Uma ala do bolsonarismo avalia que Tarcísio é mais comedido nas críticas do que outros governadores da direita porque precisa se equilibrar entre fazer gestos a Bolsonaro e seus apoiadores sem derrubar pontes com o STF. Ele é um dos principais interlocutores do ex-presidente com o Supremo, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes.

A postura do governador, contudo, é criticada pelos aliados mais radicais de Bolsonaro, como pastor Silas Malafaia, que se queixa do governador não citar expressamente o STF e o ministro em suas declarações.

O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), manifestou apoio à obstrução de congressistas aliados a Jair Bolsonaro (PL), que desde terça-feira, 5, impedem a realização dos trabalhos legislativos, e sugeriu que os governadores também pressionem pelas pautas que beneficiam o ex-presidente, em prisão domiciliar.

"Vamos envolver os governadores também. Momento oportuno", escreveu Mello Araújo em vídeo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Instagram. Na gravação transmitida da Mesa Diretora da Casa, o senador interage com apoiadores e coloca músicas pedidas por eles.

O vice-prefeito, indicado por Bolsonaro na chapa com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), esteve presente na última manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, neste domingo, 3. Mello Araújo criticou senadores "por não fazerem a lição de casa", justificando as sanções americanas contra o País que entram em vigor nesta quarta-feira, 6, como resultado da falta de ação dos parlamentares em pautarem a anistia a Bolsonaro. Nunes também esteve presente e acenou ao público, mas não discursou.

Ao sugerir o envolvimento de governadores no assunto, o coronel não citou diretamente o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele e outros presidenciáveis da direita não compareceram ao ato, e foram cobrados pelo organizador do evento, pastor Silas Malafaia.

"Isso prova que Bolsonaro é insubstituível! Vão enganar trouxa! E eu não sou trouxa. Estão com medo do STF, né? Por isso não vieram. Arrumaram desculpa, né? Por isso, minha gente, 2026 é Bolsonaro", gritou o pastor do domingo, 3.

Mello Araújo também cobrou que deputados estaduais participem das ações em defesa do ex-presidente, que está em prisão domiciliar desde segunda-feira, 4, após descumprir medida cautelar que proibia o uso de redes sociais, mesmo de terceiros.

Em vídeo publicado na manhã desta quarta, 6, gravado enquanto Mello Araújo se deslocava de metrô, ele parabeniza a atuação de senadores e deputados federais e cobra o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Parabenizar a movimentação que os senadores estão fazendo em Brasília e tem que continuar assim mesmo. Inclusive, na minha visão, tinha que entrar todo mundo. Os deputados também estão fazendo, e também, os estaduais", afirmou o vice-prefeito.