Trump diz que reféns do Hamas serão libertados até dia 14 e anuncia viagem a Gaza no domingo

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira, 9, que reféns mantidos pelo Hamas devem ser libertados na segunda, 13, ou terça-feira, 14, e acrescentou que pretende viajar a Gaza e Israel no domingo, 12. Durante coletiva de imprensa antes de reunião bilateral com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, Trump disse que, após o conflito no Oriente Médio, "queremos chegar a um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia" e previu que ambos os países "voltarão à mesa de negociações muito em breve".

Trump disse ainda que os EUA "podem impor mais sanções contra a Rússia para pressionar pelo fim da guerra na Ucrânia" e ressaltou que não planeja retirar tropas americanas da Europa, embora "possa movê-las de lugar" dentro do continente.

Questionado sobre a possibilidade de receber o Prêmio Nobel da Paz, cujo anúncio ocorre nesta sexta-feira, o republicano declarou: "Resolvi oito guerras em nove meses. Ninguém nunca fez isso em três anos, quem dirá em nove meses."

Ao comentar a segurança europeia, Trump afirmou que os Estados Unidos defenderiam a Finlândia em caso de um eventual ataque russo, mas acrescentou que "isso não acontecerá". Ele também confirmou que os dois países estão "comprando quebra-gelos e construindo-os com a Finlândia", projeto que, segundo Stubb, prevê a construção de quatro embarcações na Finlândia e sete nos EUA.

O republicano ainda sugeriu que "talvez devêssemos tirar a Espanha da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)", criticando o governo espanhol por não concordar em elevar os gastos com defesa para 5% do PIB. Segundo Trump, "os aliados precisam cumprir suas obrigações se quiserem permanecer protegidos".

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O líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quinta-feira, 9, que o presidente enfrentará um desafio para escolher o substituto "à altura" do ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou sua saída do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a sessão plenária de hoje.

"Acho que nós temos muitos bons nomes colocados. Tem o nome do (ex) presidente (do Senado) Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem o nome do advogado-geral da União, o ministro (Jorge) Messias", declarou Randolfe.

"O presidente vai dialogar. A escolha é um ato unilateral do presidente da República. O presidente do Senado (Davi Alcolumbre) deverá conversar com o presidente da República nas próximas horas, e o presidente encontrará um nome à altura de Barroso", continuou Randolfe.

Além disso, o senador Randolfe Rodrigues destacou o papel que Luís Roberto Barroso exerceu no STF. "Barroso foi um homem público que cumpriu suas atribuições com enorme amor ao Brasil, dedicação e zelo à Justiça e aos brasileiros", afirmou.

Randolfe também fez uma brincadeira ao mencionar o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco. "Acredito que será uma decisão breve. O presidente vai encontrar alguém à altura de Luís Roberto Barroso. O presidente Pacheco é mais alto", brincou.

Barroso, de 67 anos, se despede do Supremo apesar de ainda ter direito a permanecer no cargo até os 75 anos, idade-limite prevista pela Constituição de 1988. O nome indicado por Lula precisará ser aprovado após sabatina no Senado Federal, como exige o rito constitucional.

O presidente da Câmara dos Deputados e deputado federal pela Paraíba, Hugo Motta (Republicanos), elogiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que anunciou sua despedida da Corte nesta quinta-feira, 9. Para Motta, Barroso "fará falta".

"Registro meu reconhecimento pelo seu trabalho e desejo muito sucesso nesta nova caminhada. Fará falta na mais alta Corte do Brasil", escreveu o deputado em publicação na rede social X (antigo Twitter).

Motta também destacou o trabalho de Barroso no STF. "Atuou com maestria e equilíbrio na defesa da Constituição e da democracia brasileira".

Barroso, de 67 anos, se despede do Supremo apesar de ainda ter direito de permanecer no cargo até os 75 anos, idade-limite prevista pela Constituição de 1988. O nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituí-lo precisará passar por sabatina e aprovação no Senado Federal, como exige o rito constitucional.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, destituiu nesta quinta-feira, 9, os advogados de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência, que integram o "núcleo 2" da trama golpista.

Na decisão, Moraes afirmou que as defesas atuaram de forma "inusitada" e com "nítido caráter procrastinatório" ao deixar de apresentar as alegações finais no prazo, mesmo após intimação - o que, segundo o ministro, configurou litigância de má-fé e tentativa de retardar o andamento da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado. Martins é representado por Jeffrey Chiquini e Câmara, por Eduardo Kuntz.

Procurados, os advogados ainda não se manifestaram.

Moraes determinou o envio imediato dos autos à Defensoria Pública da União (DPU), para que um defensor apresente as alegações finais em nome de ambos os réus. O ministro disse que a medida é necessária "para evitar nulidade e garantir o direito de defesa", mas criticou o uso do processo "como instrumento de procrastinação".

Com a manifestação da DPU, o processo ficará pronto para sentença. A ação penal integra a investigação do núcleo 2 e refere-se aos acusados de operacionalizar a tentativa de permanência no poder.