Diretora do Louvre admite 'terrível falha' na segurança e diz que ofereceu renuncia do cargo

Internacional
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A diretora do Louvre, Laurence des Cars, reconheceu nesta quarta-feira, 22, a "terrível falha" na segurança do museu após o surpreendente roubo à luz do dia das Joias da Coroa francesa. Ela afirmou ainda que ofereceu sua renúncia do cargo - o que foi recusado pelo ministro da Cultura. Fechado desde o ocorrido, o museu reabriu pela manhã.

Em testemunho ao Senado francês, a diretora disse que o Louvre tinha uma prejudicial falta de câmeras de segurança e outras "fraquezas" expostas pelo roubo de domingo, 19.

"Hoje estamos vivendo uma terrível falha no Louvre, pela qual assumo minha parte da responsabilidade", disse ela.

Por que roubar o Louvre? Tem mais a ver com pedras preciosas do que com arte

A polícia continua as buscas pelo grupo de quatro criminosos que realizaram o roubo na galeria Apollo. As autoridades dizem que os ladrões passaram menos de quatro minutos dentro do Louvre no domingo de manhã. Um elevador de carga foi movido para a fachada voltada para o Sena, uma janela foi forçada e duas vitrines foram quebradas.

A fuga foi realizada em motocicletas pelo centro de Paris. Os alarmes foram acionados, atraindo agentes para a galeria e forçando os ladrões a fugirem.

As joias têm um valor estimado de 88 milhões de euros, o equivalente a cerca de R$ 550,2 milhões, segundo anunciado pela promotora Laure Beccuau na terça-feira, 21.

"O curador do Louvre estimou os danos em 88 milhões de euros", uma quantia "extremamente impressionante", mas que "não é de forma alguma paralela ou comparável aos danos históricos", acrescentou a promotora à rádio RTL.

*Com informações das agências internacionais.

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O Ministério Público da Itália emitiu nesta quarta-feira, 22, parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A parlamentar está presa em Roma, por decisão da Corte de Apelação, que apontou risco de fuga. Zambelli fugiu o Brasil pouco depois de o STF determinar sua prisão, em junho.

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes assinou nesta quarta-feira, 22, sua ficha de filiação ao PSDB. A cerimônia ocorreu no hotel Mareiro em Fortaleza (CE) e contou com a presença do ex-senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional da sigla e apontado como decisivo para o retorno de Ciro ao partido.

Além de lideranças tucanas, o evento reuniu representantes de outras legendas da oposição cearense, como o deputado federal André Fernandes, presidente estadual do PL, e o ex-deputado Capitão Wagner (União), um ex-adversário político. O Estado é atualmente governado por Elmano de Freitas (PT).

Ao discursar, Ciro agradeceu o convite de Jereissati para que ele "recomeçasse sua vida pública" no PSDB e se referiu ao ex-senador como, "o maior estadista cearense". Também afirmou que a "traição e a ingratidão corroeram as possibilidades" de que ele continuasse no PDT.

Abordando críticas recebidas por sua aproximação com integrantes do PL, ele aproveitou para alfinetar o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quando o Lula se elege, ele chama o José Alencar, do PL. Quando ele resolveu lançar a Dilma, ele chamou a polêmica figura do Michel Temer. Quando mais recentemente ele quis se eleger, quem ele chamou? Geraldo Alckmin, fundador do PSDB e agora socialista (filiado ao PSB), porque para eles pode tudo", ironizou.

Dirigindo-se diretamente a André Fernandes, ele afirmou que os dois têm "algumas desavenças que serão resolvidas fraternalmente" e exaltou diferenças entre aliados políticos. "Podem trazer as diferenças. Aqui não tem ladrão, e lá?", disse, ainda em referência ao PT.

Durante o evento, lideranças do partido abordaram a expectativa de que o nome do novo filiado seja capaz de unificar a oposição contra Elmano de Freitas nas eleições de 2026. Ciro não confirmou que será candidato ao governo, mas declarou que "o tempo da libertação se aproxima" no Estado e que "morre pelo Brasil", mas "mata pelo Ceará".

Ele destacou o avanço de facções criminosas no Estado e afirmou que é preciso construir "o que queremos para o futuro do Ceará". A nível nacional, criticou a possibilidade de reeleição de Lula, falando em "lulismo eterno que quer se perpetuar no poder", e disse que o Brasil precisa encontrar "um grande caminho de reconciliação ao redor de um projeto de nação".

Já Tasso Jereissati falou sobre o papel que o ex-governador terá dentro do partido. "O Ciro tem duas missões neste momento importantíssimas e históricas: vai ajudar a reconstruir um partido que mais do que nunca é necessário ao Brasil, um partido de centro", disse. A segunda tarefa, segundo o ex-senador, será "reconstruir o orgulho de ser cearense".

Jereissati também anunciou que Ciro assumirá a presidência estadual do PSDB, enquanto o ex-prefeito de Fortaleza, José Sarto, comandará o diretório municipal.

A Justiça Federal em Pernambuco condenou um homem de 52 anos por crime de injúria racial contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. O réu publicou comentários ofensivos em uma postagem no Instagram. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).

A sentença foi proferida pela 16ª Vara Federal de Caruaru, no Agreste pernambucano. O réu foi condenado a dois anos, quatro meses e 15 dias de reclusão. No entanto, a pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de valores em dinheiro. Além disso, ele deverá pagar uma multa de R$ 10 mil e uma indenização no mesmo valor à vítima.

Apesar da condenação, o MPF informou que vai recorrer da decisão para tentar aumentar a pena. O comentário criminoso foi feito em uma postagem na qual o então ministro defendia, em entrevista, o cessar-fogo imediato no conflito no Oriente Médio.

Além de injúria racial, o homem escreveu que Silvio Almeida deveria estar no meio do fogo cruzado. A defesa do réu alegou que não houve intenção de prática ofensiva, e que a mensagem teria sido resultado de erro de transcrição de áudio ou de digitação.

A Justiça, no entanto, acolheu a tese do MPF e rejeitou os argumentos da defesa, considerando que o réu é "minimamente instruído" e plenamente capaz de compreender o conteúdo de suas mensagens.

A condenação está fundamentada no artigo 2º-A da Lei nº 7.716/1989, que tipifica o crime de injúria racial, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.

Silvio Almeida deixou o ministério do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em setembro de 2024, após virem à tona denúncias de assédio sexual. Entre as mulheres que o acusaram está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.