Trump e premiê japonesa se encontram com familiares de sequestrados pela Coreia do Norte

Internacional
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, se reuniram nesta terça-feira, 28, em Tóquio, com familiares de pessoas que foram sequestradas pela Coreia do Norte há décadas.

"Estamos envelhecendo e este problema de décadas que ficou sem solução agora está nas mãos de nossos filhos", disse Sakie Yokota, de 89 anos, que teve uma filha de 13 anos levada para a Coreia do Norte em 1977. "Espero desesperadamente que o presidente Trump tenha boas conversas com o líder norte-coreano Kim Jong-Un e o convença a devolver nossos entes queridos."

Prêmio Nobel

Durante a vista de Trump a Tóquio, a premiê japonesa disse que indicará o americano para o Prêmio Nobel da Paz. O líder americano reivindicou o prêmio deste ano, em meio à bem-sucedida negociação por um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Cooperação

Em reunião bilateral, Trump e Takaichi assinaram uma série de acordos de cooperação. Um deles tem o objetivo de fortalecer a cadeia de suprimentos de terras raras e outros minerais críticos. Outros pactos incluem a cooperação no desenvolvimento de gás natural liquefeito no Alasca e a importação de soja pelo Japão. Fonte: Associated Press.

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A proposta de um minuto de silêncio para vítimas da operação policial no Rio virou um bate-boca entre vereadores na Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira, 29. A homenagem não foi aprovada.

A discussão ocorreu no plenário da Casa. A vereadora Luna Zarattini (PT) propôs o tributo aos mais de 100 mortos na operação. A proposta tinha apoio de outros parlamentares da esquerda. Mas vereadores de direita defenderam a homenagem apenas aos quatro policiais assassinados.

"Quem atira em polícia tem que morrer mesmo", declarou Lucas Pavanato (PL). "(Espero) que os bandidos vão chorar no colo do capeta", afirmou Rubinho Nunes (União). "Criminoso não vai ter um minuto de silêncio nessa casa", disse Adrilles Jorge (União).

"Não existe pena de morte no Brasil", rebateu Luna. "Vocês não são juízes. Bandido é só depois do devido processo legal. Aqui não é faroeste", criticou Luana Alves (Psol). "É um absurdo ter que dizer nessa Casa que na favela não tem só bandido", defendeu Keit Lima (Psol).

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 29, a recondução da advogada da União, Daiane Nogueira de Lira, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do procurador do Distrito Federal, Edvaldo Nilo de Almeida, ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Daiane Nogueira de Lira foi aprovada por 388 votos a favor, 22 contrários e 11 abstenções. Já Edvaldo Nilo recebeu 411 votos favoráveis, 6 contrários e 8 abstenções.

Após a aprovação na Câmara, os indicados passarão por sabatina no Senado Federal. A partir da liberação, ambos exercerão mandato de dois anos em seus respectivos conselhos. Ambos já representam a Câmara dos Deputados em seus respectivos órgãos, conforme previsto na Constituição Federal.

Quem é Edvaldo Nilo?

Edvaldo Nilo de Almeida é professor do Ibmec e procurador do Distrito Federal. Graduado pela Universidade Salvador (Unifacs), é mestre pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Quem é Daiane Nogueira?

Daiane Nogueira de Lira é advogada da União. Graduada pela Universidade de Fortaleza (Unifor), é mestre em Direito e Políticas Públicas pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e doutoranda em Direito Constitucional pela Universidade de São Paulo (USP).

A Justiça de São Paulo condenou nesta terça-feira, 28, Hudson Luiz da Cruz de Menezes a pagar uma indenização de R$ 1.412 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ironizar a morte do neto do chefe do Executivo em uma publicação feita nas redes sociais em 2019.

Na postagem, Hudson afirmou que a morte do neto de Lula seria uma espécie de "castigo" para o petista.

"Lula tá só começando a pagar pelo tanto de vida que ele matou ao roubar dinheiro público da saúde. A Justiça de Deus não falha…", escreveu Hudson no perfil Hudson du Mato.

O neto do presidente, Arthur Araújo Lula da Silva, morreu aos sete anos, em 1º de março de 2019, em um hospital de Santo André (SP), vítima de meningite. Na época, o irmão de Lula, Genival Inácio da Silva, havia morrido três meses antes, e o então ex-presidente estava preso em decorrência de condenação pela Operação Lava Jato.

Na sentença, o juiz Fernando de Oliveira Domingues Ladeira, da 7ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, destacou que Hudson utilizou a morte de um familiar "e o momento de dor para fazer considerações políticas", o que, segundo ele, "destoa do debate de ideias livres em um contexto de civilidade básica, cujo preceito primário é respeitar o interlocutor".

"Debater não é apenas falar, isso é discurso, não é debate. No debate, ouvir é tão importante quanto dizer, e para ouvir (e não apenas escutar) é preciso respeitar o debatedor enquanto indivíduo. Isso implica respeitar momentos de fragilidade, notadamente o luto", afirmou o magistrado.

O valor da indenização é o mesmo pedido na ação, que na época era equivalente a um salário mínimo. A decisão ainda será publicada no Diário de Justiça e pode ser alvo de recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).