Casa Branca/Leavitt sobre Ucrânia: Trump está otimista quanto à possibilidade de um acordo

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A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta segunda-feira, 24, que o presidente dos EUA, Donald Trump, está otimista quanto à possibilidade de um acordo entre a Rússia e a Ucrânia, acrescentando que as conversas em Genebra com Kiev foram "produtivas".

"Avançamos muito; diversos pontos já foram resolvidos ontem", disse Leavitt em entrevista à Fox News. "Os EUA estão vendendo toneladas de armas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas não podem fazer isso para sempre", adicionou ela sobre a urgência de acabar com o conflito.

Em coletiva de imprensa após a entrevista, a secretária ainda pontuou que o presidente americano está "pressionando os dois lados para acabar com guerra" e que "não é verdade que Trump esteja favorecendo um país em detrimento do outro".

Segundo ela, não há nenhuma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agendada para esta semana.

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O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), respondeu às declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o rompimento do parlamentar com o PT, e afirmou que o presidente tem agido de forma reservada e equivocada na tramitação de projetos legislativos.

"Considero imatura a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Política não se faz como clube de amigos. Minhas posições políticas são transparentes e previsíveis", iniciou Lindbergh.

Ele continuou: "Sempre atuei de forma clara e com posições coerentes, nunca de maneira reservada ou equivocada, como agiu o presidente da Câmara na derrubada do IOF, na PEC da Blindagem e na escolha do deputado Guilherme Derrite como relator de um projeto de lei de autoria do Poder Executivo".

"Se há uma crise de confiança na relação entre o governo e o presidente da Câmara, isso tem mais a ver com as escolhas que o próprio Hugo Motta tem feito. Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder da Bancada do PT", concluiu Lindbergh.

O desentendimento surgiu quando Motta afirmou que havia rompido relações com o PT. "Não tenho mais interesse em ter nenhum tipo de relação com o deputado Lindbergh Farias", declarou Motta à Folha de S.Paulo. A decisão foi confirmada pelo grupo de Motta ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A crise já vinha se manifestando nas últimas semanas, com episódios de tensão durante a tramitação do "PL Antifacção". Segundo relatos, Lindbergh teria criado "mal-estar desnecessário", e Motta chegou a reagir com firmeza em uma reunião de líderes por considerar que o petista estava "atacando a Câmara".

Auxiliares da bancada do PT minimizam as consequências do rompimento entre Motta e Lindbergh, lembrando que a permanência do petista no cargo durará pouco tempo. O partido terá um novo líder a partir do início do próximo ano, o deputado Pedro Uczai (PT-SC).

A defesa de Anderson Torres apresentou nesta segunda-feira, 24, uma solicitação ao Supremo Tribunal Federal para que, caso o ministro Alexandre de Moraes determine a execução antecipada da pena, o ex-ministro não seja enviado ao sistema prisional comum.

Os advogados pedem que Torres cumpra eventual prisão em local especial, como a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal ou outra unidade equivalente, alegando risco pessoal em razão de ele ter sido delegado da PF e integrante do governo Jair Bolsonaro. A defesa também cita ameaças recentes e o uso contínuo de medicamentos.

Segundo os advogados, Torres está em acompanhamento psiquiátrico e utiliza antidepressivos, conforme prescrição médica anexada ao processo. Eles afirmam que o sistema prisional comum não oferece condições adequadas para o acompanhamento terapêutico necessário ao ex-ministro.

No mesmo documento, a defesa informou que pretende apresentar embargos infringentes até 3 de dezembro. Torres foi condenado na ação penal da trama golpista, e esta segunda-feira marca o último dia para apresentação de recursos após a publicação do acórdão que rejeitou os primeiros embargos de declaração.

O primeiro vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), afirmou nesta segunda-feira, 24, que tem de duas a três semanas para votar o Orçamento e outros projetos já votados pela Câmara, como é o caso do projeto Antifacção.

"O ano não foi, do ponto de vista Legislativo, de muita produtividade e sintonia. Acho que vai votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento tudo junto. Ficou muito, muito apertado o calendário", disse, às margens de evento do Lide, em Roma.

Gomes acrescenta que em 2026 o cenário deve continuar desafiador, por ser ano eleitoral. "Dificilmente você verá pautas muito complicadas sendo votadas de maneira tranquila. Tudo o que for feito a partir de agora tem efeito no ano que vem, justamente o ano eleitoral", acrescentou.

Ao ser questionado sobre o estremecimento na relação entre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, o vice-presidente do Senado afirma que "nesse momento a coisa ficou tensa" e o momento pré-eleições costuma ser difícil, porque tem pouco tempo disponível para muita matéria fundamental.

"É só olhar, que quando as coisas andaram é porque havia uma clima mínimo de harmonia e respeito entre os presidentes da Câmara, Senado e Executivo", acrescentou.

Prisão de Bolsonaro

Em relação à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gomes diz que a oposição está abalada e que não havia cenário de fuga. "Mas temos esperança de que isso se resolva", afirmou, pontuando que aguarda próximas reuniões de líderes para avaliar "o que dá para fazer nesse curto período de tempo".

Messias

Gomes considera que não é possível avaliar se Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será aprovado pelo Senado, ou não."Só vamos poder dar uma opinião mais clara depois que sentirmos esse ambiente", disse.

*A repórter viajou a convite do Lide