Massa surpreende na Argentina e deve disputar 2º turno com Milei

Internacional
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O candidato governista Sergio Massa saiu na frente nesta domingo, 22, nas eleições presidenciais da Argentina. Com 76% dos votos apurados, ele apareceu com 35,9%, seguido pelo libertário Javier Milei, que tinha 30%, e Patricia Bullrich, com 23%. Em um processo marcado pelo rompimento com a velha política, os números surpreenderam.

O primeiro turno das eleições presidenciais teve uma participação de 74% dos eleitores. Esse índice, segundo autoridades eleitorais do país, foi o mais baixo em eleições gerais - tanto no primeiro quanto no segundo turno - desde a volta à democracia.

A maior participação foi em 1983, nas primeiras eleições democráticas após a ditadura (1976-1983), quando 85,61% foram às urnas para dar a vitória a Raúl Alfonsín.

Cerca de 35,4 milhões de argentinos foram convocados ontem para eleger presidente e vice-presidente, além de renovar 130 das 257 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 das 72 no Senado, e nomear 43 representantes argentinos para o Parlamento do Mercosul.

Os resultados apontam em outra direção com relação as pesquisas, que davam o libertário a liderança nas intenções de voto em relação a seus oponentes, o peronista Massa e Bullrich, de centro-direita. Mesmo antes da divulgação, estrategistas trabalhavam com um cenário de segundo turno.

Votação

Na hora de votar, Milei causou um alvoroço com seus apoiadores na entrada da Universidade Tecnológica Nacional, no bairro de Palermo. O candidato libertário tem entre suas promessas a dolarização da economia e o rompimento de relações diplomáticas com a China e o Brasil.

Quando o candidato saiu do veículo para votar, em meio a um cordão formado por seus seguranças e a polícia da cidade de Buenos Aires, seus apoiadores começaram a cantar "parabéns", já que ontem foi seu aniversário de 53 anos.

Ali perto, Bullrich votou na Sociedade Rural, também na região de Palermo. Ela votou rapidamente, em contraste com as primárias em que a candidata levou mais de 10 minutos para emitir seu voto por dificuldades com o sistema.

Já o candidato do governo, Sergio Massa, votou em sua cidade e reduto eleitoral, Tigre. Lá, ele afirmou que, quem assumir em 10 de dezembro como novo presidente, "terá inúmeros problemas para resolver".

Ao votar em Buenos Aires, o presidente Alberto Fernández falou sobre suas expectativas para o futuro: "Estamos em uma democracia. O que resolve o povo é o que resolve o povo".

Em Río Gallegos, na Província de Santa Cruz, a vice-presidente Cristina Fernández se distanciou do governo e disse que não foi "ouvida" na hora de tomar algumas decisões. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dará posse na segunda-feira, 10, ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. A cerimônia ocorre às 15 horas (de Brasília) no Palácio do Planalto.

Pela manhã, o presidente se reúne às 9 horas com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e com o secretário de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela.

Às 11 horas, Lula recebe a secretária-geral da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), Rebecca Forattini Lemos Igreja.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai participar na terça-feira, 11, de um evento da Gerdau em Ouro Branco (MG), junto do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

A cerimônia está marcada para as 15 horas (de Brasília).

Segundo o Planalto, a siderúrgica investiu R$ 1,5 bilhão na unidade do município mineiro, visando ampliar a produção e o fornecimento de aço, especialmente para setores de máquinas e equipamentos, além do automotivo.

Os recursos integram o investimento total de R$ 6 bilhões que a companhia desembolsa atualmente.

A unidade em Ouro Branco responde por 12% da produção total de aço do Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou neste sábado, 8, a advogada Verônica Abdalla Sterman para uma cadeira no Superior Tribunal Militar (STM). A indicação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), no Dia Internacional da Mulher.

A advogada precisa ser sabatinada pelo Senado e ter o nome aprovado pela Casa para assumir a vaga no tribunal superior responsável por julgar crimes militares.

Caso tenha o nome chancelado, Verônica Sterman assumirá cadeira na Corte destinada à advocacia que será aberta em abril, com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente do tribunal.

O nome de Verônica Sterman era defendido pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e pela nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

A advogada defendeu Gleisi e o ex-marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, em casos da Operação Lava Jato.

A petista fez uma publicação no Instagram sobre a nomeação da advogada. "Parabéns Verônica! Parabéns presidente", escreveu Gleisi na rede social, neste sábado.

Pressão

A indicação para a vaga é de livre escolha do presidente da República, desde que requisitos sejam cumpridos, como ter mais de 35 anos de idade e notável saber jurídico. Lula, contudo, era pressionado para escolher uma mulher.

Publicamente, a ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumirá a presidência do STM na próxima quarta-feira, fez um apelo ao presidente.

"Estou aqui clamando ao presidente para que eu tenha uma companheira que possa, junto comigo, defender as questões de gênero. Muitas vezes, por eu ser a única na Corte, minha voz é pouco ouvida. Mas não me rendo à homogeneidade", declarou a ministra durante entrevista à CNN Brasil no último dia 1.º.

Se for aprovada pelos senadores, Verônica Sterman será a segunda mulher nomeada ministra da Corte superior.

Maria Elizabeth Rocha foi a primeira ministra indicada para o STM desde 1808, quando o tribunal foi criado por d. João VI. Ela também foi nomeada por Lula, em 2007, para a vaga destinada à advocacia.

Preterida

Verônica Sterman é formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com mestrado em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP). Aos 40 anos, é sócia do escritório da Abdalla Sterman Advogados.

Em agosto do ano passado, a advogada foi preterida por Lula na indicação para uma vaga no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3). Na ocasião, ele escolheu Marcos Moreira, apadrinhado de Luiz Marinho, ministro do Trabalho.

Lula é alvo e críticas por priorizar homens nas indicações para os tribunais superiores. Neste terceiro mandato, por exemplo, o petista escolheu Cristiano Zanin e Flávio Dino para cadeiras no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um vídeo publicado no Instagram, o presidente disse esperar que a Corte tenha compreensão para diferenciar o que é crime militar do que é crime comum.

"Eu tenho certeza de que você e a Maria Elizabeth vão mudar a história do STM. Um STM que tenha a compreensão do que é crime militar e do que é crime comum. Eu acho que vai ser bom para a sociedade, para o STM e para as mulheres", afirmou o petista, ao lado da advogada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.