Netanyahu nega, em entrevista, cessar-fogo na guerra contra o Hamas

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira, 7, que, no momento, não haverá cessar-fogo na guerra contra o Hamas, já que isso, no entender dele, seria se render ao rival. "Não acredito que haverá um cessar-fogo generalizado", afirmou. De acordo com ele, uma condição para que tal medida ocorra é que os reféns que o grupo mantém sejam liberados. A declaração foi dada em entrevista à ABC News.

Netanyahu também disse acreditar que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança da Faixa de Gaza. O líder justificou que a medida se deve a "porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar".

Sobre as responsabilidades de seu governo nos ataques terroristas de 7 de outubro, Netanyahu afirmou que "a primeira tarefa do governo é proteger o povo e, claramente, não cumprimos isso. Tivemos um grande, grande revés". Questionado se acredita que deveria assumir alguma responsabilidade, o primeiro-ministro respondeu: "claro, isso não é uma questão. Será resolvido depois da guerra. Acho que haverá tempo para alocar isso".

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Levantamento do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), apontou que a manifestação organizada em prol da anistia aos presos pelos ataques de 8 de Janeiro reuniu 18,3 mil pessoas em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 16. O valor representa menos de 2% do público de um milhão de pessoas que era aguardado para o ato.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou a baixa adesão. "A gente arrastava multidões pelo Brasil. Foi aqui, no 7 de Setembro, tinha mais gente do que agora", disse. O monitor do Cebrap registrou 64,6 mil manifestantes no ato citado pelo ex-presidente, que ocorreu em setembro de 2022.

Segundo o relatório da USP, um drone tirou fotos aéreas da multidão e um software específico para esse tipo de trabalho analisa as imagens para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. "Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas", aponta.

Ainda segundo os especialistas, "o método atualmente possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12%, para mais ou para menos, em imagens aéreas com mais de 500 pessoas. O banco de imagens utilizado para a contagem da manifestação está disponível para consulta".

Para analisar o número de pessoas que foram ao ato neste domingo, foram tiradas fotos da praia de Copacabana em quatro horários (10h, 10h40, 11h30 e 12h), totalizando 66 fotos. "Selecionamos 6 fotos tiradas às 12h, momento de pico da manifestação. As imagens cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição", registra o relatório.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participa hoje com o ex-presidente Jair Bolsonaro de manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, que pede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Em discurso, ele afirmou que o cenário de inflação elevada do País é fruto de erros do governo federal, que não promove um ajuste fiscal.

"Ninguém aguenta mais inflação porque tem um governo irresponsável que gasta mais do que deve. Ninguém aguenta mais o arroz caro, o feijão caro, a gasolina cara, o ovo caro", disse o governador, alfinetando ainda a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de picanha barata. "Se está tudo caro, volta Bolsonaro", disse.

Tarcísio disse que o governo tem medo de perder a eleição para Bolsonaro, por isso há interesse em mantê-lo afastado das urnas. Ele defendeu que a oposição vai pautar e aprovar o projeto para anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro.

"Os caras que assaltaram o Brasil, os caras que assaltaram a Petrobras, voltaram para a cena do crime, voltaram para a política, foram reabilitados. Tá certo isso? Parece haver justiça nisso? Então é correto que a gente garanta a anistia daqueles inocentes que nada fizeram. E nós vamos lutar. Nós vamos garantir isso. Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de votar contra. E podem ter certeza que nós vamos conseguir os votos", afirmou.

Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), também fez uma breve fala na manifestação, declarando que Jair Bolsonaro será seu candidato - e único candidato - para a eleição de 2026.

Bolsonaro está inelegível até 2030, porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em três ocasiões, e duas sentenças seguem em vigor. Uma delas foi cancelada porque o colegiado já havia decidido sobre o mesmo fato. Ele foi condenado em 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente como líder de uma organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares".

A Polícia Civil da Bahia informou que o presidente do Partido Verde (PV), da Bahia, Ivanilson Gomes, foi libertado por sequestradores na noite de sábado, 15, após quase 36 horas sob domínio dos criminosos. Segundo a nota, ele "se encontra em segurança". Um suspeito foi preso. A polícia busca o restante do bando.

Gomes foi sequestrado na sexta-feira, 14, depois de uma invasão à sede do PV no bairro Rio Vermelho, na capital baiana. Os funcionários que estavam na hora do crime foram roubados. Ao menos três bandidos participaram da ação, o que já configura associação criminosa e extorsão mediante sequestro, porque solicitaram resgate para libertar a vítima. As penas pelos dois crimes, somadas, vão de 9 a 18 anos.

"Um suspeito de participar do sequestro já se encontra preso e uma investigação está em curso para elucidação do crime", disse trecho da nota da polícia. "Depoimentos e imagens de câmeras de segurança do local vão ajudar a elucidar o caso. Qualquer informação sobre movimentações suspeitas relacionadas ao caso pode ser enviada com total sigilo, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP). O serviço funciona em regime 24 horas."

Gomes foi levado pelo bando que invadiu a sede do partido à Rua João Gomes, número 160. Em um primeiro momento, as vítimas pensaram se tratar apenas de um roubo, mas logo evoluiu para o sequestro do presidente da legenda.