EUA e Israel atacam milícias ligadas ao Irã na Síria, lembrando os riscos no Oriente Médio

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Os Estados Unidos conduziram uma nova rodada de ataques aéreos contra instalações usadas pelo Irã e aliados no leste da Síria na noite de domingo, 12, em retaliação a uma série de ataques recentes contra tropas americanas, segundo informações divulgadas pelo Pentágono.

Autoridades afirmaram que os ataques provavelmente mataram ou feriram um número indeterminado de pessoas nos locais.

Os ataques aéreos fazem parte de uma escalada da administração do presidente dos EUA, Joe Biden, que tem como objetivo reduzir o poder de fogo de Teerã e de milícias apoiadas pelo país persa na Síria e no Iraque.

Na noite de domingo, caças F-15E da Força Aérea dos EUA atingiram vários edifícios em Abu Kamal, na Síria, usados para treinamento, logística e armazenamento de munições, bem como um esconderijo em Mayadin usado como quartel-general de comando, segundo as autoridades americanas. Os ataques ocorreram apenas quatro dias depois que aviões de guerra de Washington atingiram um armazém de munições no leste da Síria.

Um oficial de alta patente do Pentágono, que falou sob condição de anonimato para discutir avaliações preliminares após os ataques, afirmou ao Washington Post que o centro de treinamento em Abu Kamal, que foi atingido pelas forças dos EUA, também era usado para armazenar armas.

"Continuamos a enviar mensagens ao Irã de que os responsabilizamos por estes ataques às bases americanas e que os seus líderes devem tomar medidas para restringir as atividades dos grupos que o Irã treina e equipa", afirmou o oficial. "Não hesitaremos em tomar novas medidas para proteger os americanos se necessário."

Os Estados Unidos culpam o Irã e as milícias apoiadas pelo país asiático por ataques contra bases americanas no Iraque e na Síria.

Opções

Nas últimas semanas, Biden rejeitou opções mais agressivas que haviam sido propostas pelo Pentágono, por conta do receio de um conflito mais amplo com o Irã. Membros do Partido Republicano criticaram o presidente americano e afirmaram que uma resposta mais branda de Washington aos ataques a bases americanas poderia provocar mais ataques.

O Pentágono e outros funcionários da administração Biden rejeitaram essas críticas no domingo, dizendo que os últimos ataques aéreos americanos tinham como objetivo prejudicar as atividades das milícias e colocar em risco uma ampla base de alvos como infraestrutura, munições e os próprios militantes.

"O presidente não tem maior prioridade do que a segurança das bases americanas e optou pelos ataques de hoje para deixar claro que os Estados Unidos defenderão a si próprios e os seus interesses", disse o secretário da Defesa, Lloyd Austin, em um comunicado durante uma viagem à Coreia do Sul.

De acordo com informações do Pentágono, que foram fornecidas no domingo, pelo menos 48 ataques foram realizados contra bases dos EUA na Síria e no Iraque desde 17 de outubro e que pelo menos 56 militares dos EUA ficaram feridos. Cerca de metade deles sofreu lesões cerebrais traumáticas e dois tiveram que ser levados de avião para o hospital militar Landstuhl, na Alemanha, para tratamento.

Os Estados Unidos têm 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria, principalmente para ajudar as forças locais a combater cédulas remanescentes do Estado Islâmico.

Porta-aviões

Os Estados Unidos têm transferido armamentos para o Oriente Médio desde o ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel no dia 7 de outubro, que deixou pelo menos 1.200 mortos no sul do país. A intenção de Washington é tentar evitar uma guerra regional com o Hezbollah no Líbano e milícias apoiadas pelo Irã, como os Houthis, no Iêmen.

Biden despachou dois porta-aviões para a região e enviou aviões de guerra para a região do Golfo Pérsico. Até agora, estas defesas aéreas têm sido, em sua maioria, bem sucedidas em derrubar ameaças as bases americanas, mas os oficiais militares dos EUA apontam que as tropas tiveram sorte de ninguém ter sido morto à medida que os ataques aumentaram.

"É bastante claro que o Irã e os seus grupos por procuração estão querendo escalar os conflitos contra as forças dos EUA no Iraque e na Síria, e temos uma gama de opções à nossa disposição para nos defendermos", disse Dana Stroul, principal autoridade política do Pentágono para o Oriente Médio, em uma reunião da Câmara dos Deputados dos EUA na semana passada. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o descarte de 195.227 urnas eletrônicas do modelo UE 2009, que atingiram o fim de sua vida útil - estimada em cerca de dez anos ou seis eleições. O processo, que integra o Plano de Logística Sustentável (PLS), teve início em agosto do ano passado, com a retirada dos primeiros equipamentos.

A desmontagem das urnas envolve a separação de materiais como metais, plásticos e placas eletrônicas. Em seguida, os componentes são triturados para descaracterização. De acordo com o TSE, 98% dos materiais são reaproveitados, enquanto o restante é destinado a aterros sanitários certificados, seguindo as normas ambientais.

O descarte está sendo realizado pela empresa NGB Recuperação e Comércio de Metais, em Guarulhos (SP), sob auditoria de servidores do TSE para garantir segurança e transparência. Até o momento, aproximadamente 52% das urnas já foram processadas. A empresa tem até junho de 2025 para concluir o trabalho. Ao todo, as urnas descartadas somam 1.873.940 quilos, incluindo baterias e outros componentes.

"Esses procedimentos exigidos garantem uma destinação ambientalmente adequada. Também aprimoram os objetivos estratégicos de políticas e práticas de sustentabilidade da Justiça Eleitoral, que prima pela promoção da coleta seletiva, com estímulo à redução do consumo e da produção de resíduos, bem como ao reuso e à reciclagem de materiais", destaca a Justiça Eleitoral.

A urna eletrônica está em uso no Brasil desde 1996. Os equipamentos são armazenadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada uma das 27 unidades da federação.

Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes comemorou o Oscar de Ainda Estou Aqui em seu perfil no X, antigo Twitter. "Uma vitória que destaca a força e a resiliência de nossa cultura no mundo", escreveu ele nesta segunda-feira, 3.

"O filme, de maneira sensível, retrata os horrores do regime e suas consequências para a vida dos brasileiros. Eunice Paiva, interpretada com brilhantismo pela Fernanda Torres, é símbolo de resiliência e serve para nos lembrar que a luta pela democracia tem que ser constante", afirmou o ministro.

Ainda na plataforma, Gilmar Mendes disse que o prêmio vem em boa hora para o País: "Celebramos, neste mês, 40 anos de nossa redemocratização. Em 15 de março de 1985, o então vice-presidente José Sarney tomava posse, encerrando duas décadas de ditadura no País".

No domingo, 2, Ainda Estou Aqui levou a estatueta de Melhor Filme Internacional. O longa-metragem, que também tinha sido indicado nas categorias Melhor Filme e Melhor Atriz, mostra a transformação da família do ex-deputado Rubens Paiva depois de seu desaparecimento, com foco em sua mulher, Eunice Paiva. Rubens Paiva foi preso, torturado e morto pela ditadura militar.

O filme já foi comentado por outros membros da Corte e foi inclusive citado em decisões sobre crimes ocorridos durante o período. Para o ministro Flávio Dino, o longa atualizou o debate sobre a Lei da Anistia.

Recentemente, o STF reconheceu a repercussão geral de dois casos ocorridos na época - um deles o do desaparecimento de Rubens Paiva. Em um próximo momento, será julgado o mérito das ações. Os ministros decidirão se a Lei da Anistia se aplica aos crimes cometidos ou se os acusados podem ser punidos por eles.

Um dos processos trata do desaparecimento de Rubens Paiva e de Mário Alves de Souza Vieira, cujos corpos nunca foram encontrados, e da morte de Helber José Gomes Goulart.

Já o segundo consiste na acusação, por parte do Ministério Público Federal no Pará, dos militares Lício Augusto Ribeiro Maciel e Sebastião Curió Rodrigues de Moura. Maciel é acusado de matar e ocultar os restos mortais de três membros da Guerrilha do Araguaia. Contra Moura, consta a acusação de atuar na ocultação de cadáveres entre 1974 e 1976.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) saiu em defesa de Gleisi Hoffmann (PT) nas redes sociais. A indicação da paranaense para comandar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) tem sido alvo de críticas por parte da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pasta é responsável pela articulação política do governo.

Em seu perfil no X, antigo Twitter, o líder do PT no Senado elogiou Gleisi, que disse ter sensibilidade, inteligência política e competência. Ele acrescentou que a futura ministra, cuja posse está marcada para o dia 10 de março, "sabe em que cadeira vai sentar".

"Preparem-se para morder a língua", escreveu o senador, em mensagem aos que não acreditam que Gleisi seja uma escolha adequada para o cargo. O congressista afirmou que, durante as eleições de 2022, ela "articulou alianças em busca do consenso e do diálogo".

Líderes da Oposição no Senado e na Câmara ouvidos pelo Estadão consideram que a substituição de Alexandre Padilha (PT) por Gleisi indica uma "radicalização e isolamento" do Executivo. Para eles, a troca coloca "ideologia e interesses partidários acima do Brasil".

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), também já defendeu a escolha da paranaense para chefiar a pasta da articulação política. "Ela vai ser uma boa surpresa. Tem experiência legislativa, Câmara Federal, Senado da República, executiva e de presidente de partido", disse Alckmin a jornalistas na última terça-feira, 28.

Gleisi já era cotada para assumir um ministério, mas para substituir Márcio Macêdo na Secretaria-Geral da Presidência.

Como ministra da SRI, caberá a ela, por exemplo, negociar os repasses das emendas parlamentares, causa de tensão entre o Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).