Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd, é esfaqueado em prisão nos EUA

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Derek Chauvin, o ex-policial de Minneapolis que foi condenado pelo assassinato de George Floyd em 2020 foi esfaqueado em uma prisão federal em Tucson, Arizona, nesta sexta-feira, 24, de acordo com duas pessoas com conhecimento da situação. A morte de Floyd desencadeou uma onda de protestos nos EUA e em diversos países no mundo contra o racismo policial.

A Prisão Federal de Bureau confirmou que um detento da prisão de Tucson foi esfaqueado às 12h30, embora a declaração da agência não tenha identificado o nome de Chauvin, de 47 anos. Nenhum outro detento ou funcionário da prisão ficou ferido, e a situação foi rapidamente controlada, segundo as pessoas familiarizadas com a situação.

Enfermeiros socorreram o detento e o levaram para um hospital. Não havia detalhes imediatamente disponíveis sobre seu estado de saúde, mas uma das pessoas com conhecimento do incidente disse que Chauvin sobreviveu ao ataque.

Derek estava cumprindo uma sentença de pouco mais de 20 em uma prisão federal após ter sido condenado por acusações de assassinato e de violação dos direitos constitucionais de Floyd. Os advogados de Chauvin não responderam aos pedidos de comentários.

Na época, o ex-policial, que é branco, ajoelhou-se sobre o George Floyd, que era negro, por nove minutos e meio em maio de 2020, enquanto Floyd estava algemado, com o rosto para baixo, em uma esquina do sul de Minneapolis. O assassinato de Floyd, 46 anos, segurança e ex-rapper, foi filmado por um adolescente, e as imagens repercutiram em todo o mundo enquanto as pessoas se isolavam em meio à pandemia de covid-19.

O assassinato desencadeou os maiores protestos de uma geração contra a violência policial e o racismo e levou a um julgamento televisionado, no qual Chauvin foi condenado por homicídio em segundo grau em abril de 2021. Três outros policiais que estavam no local onde Floyd foi morto também foram posteriormente condenados.

Chauvin tentou recorrer de sua condenação, mas até esta semana, a Suprema Corte tinha rejeitado seus esforços.

Parte do acordo de confissão de Chauvin com os promotores em seu caso federal foi que ele teria permissão para cumprir sua sentença em uma prisão federal, que geralmente é considerada mais segura do que uma prisão estadual. Antes disso, Chauvin estava cumprindo sua sentença estadual em confinamento solitário por 23 horas por dia em Minnesota. Uma porta-voz do sistema penitenciário estadual disse na época que ele havia sido isolado devido a preocupações com sua segurança.

Em outra categoria

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dará posse na segunda-feira, 10, ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Gleisi Hoffmann. A cerimônia ocorre às 15 horas (de Brasília) no Palácio do Planalto.

Pela manhã, o presidente se reúne às 9 horas com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e com o secretário de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela.

Às 11 horas, Lula recebe a secretária-geral da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), Rebecca Forattini Lemos Igreja.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai participar na terça-feira, 11, de um evento da Gerdau em Ouro Branco (MG), junto do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

A cerimônia está marcada para as 15 horas (de Brasília).

Segundo o Planalto, a siderúrgica investiu R$ 1,5 bilhão na unidade do município mineiro, visando ampliar a produção e o fornecimento de aço, especialmente para setores de máquinas e equipamentos, além do automotivo.

Os recursos integram o investimento total de R$ 6 bilhões que a companhia desembolsa atualmente.

A unidade em Ouro Branco responde por 12% da produção total de aço do Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou neste sábado, 8, a advogada Verônica Abdalla Sterman para uma cadeira no Superior Tribunal Militar (STM). A indicação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), no Dia Internacional da Mulher.

A advogada precisa ser sabatinada pelo Senado e ter o nome aprovado pela Casa para assumir a vaga no tribunal superior responsável por julgar crimes militares.

Caso tenha o nome chancelado, Verônica Sterman assumirá cadeira na Corte destinada à advocacia que será aberta em abril, com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente do tribunal.

O nome de Verônica Sterman era defendido pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e pela nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

A advogada defendeu Gleisi e o ex-marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, em casos da Operação Lava Jato.

A petista fez uma publicação no Instagram sobre a nomeação da advogada. "Parabéns Verônica! Parabéns presidente", escreveu Gleisi na rede social, neste sábado.

Pressão

A indicação para a vaga é de livre escolha do presidente da República, desde que requisitos sejam cumpridos, como ter mais de 35 anos de idade e notável saber jurídico. Lula, contudo, era pressionado para escolher uma mulher.

Publicamente, a ministra Maria Elizabeth Rocha, que assumirá a presidência do STM na próxima quarta-feira, fez um apelo ao presidente.

"Estou aqui clamando ao presidente para que eu tenha uma companheira que possa, junto comigo, defender as questões de gênero. Muitas vezes, por eu ser a única na Corte, minha voz é pouco ouvida. Mas não me rendo à homogeneidade", declarou a ministra durante entrevista à CNN Brasil no último dia 1.º.

Se for aprovada pelos senadores, Verônica Sterman será a segunda mulher nomeada ministra da Corte superior.

Maria Elizabeth Rocha foi a primeira ministra indicada para o STM desde 1808, quando o tribunal foi criado por d. João VI. Ela também foi nomeada por Lula, em 2007, para a vaga destinada à advocacia.

Preterida

Verônica Sterman é formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com mestrado em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP). Aos 40 anos, é sócia do escritório da Abdalla Sterman Advogados.

Em agosto do ano passado, a advogada foi preterida por Lula na indicação para uma vaga no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3). Na ocasião, ele escolheu Marcos Moreira, apadrinhado de Luiz Marinho, ministro do Trabalho.

Lula é alvo e críticas por priorizar homens nas indicações para os tribunais superiores. Neste terceiro mandato, por exemplo, o petista escolheu Cristiano Zanin e Flávio Dino para cadeiras no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em um vídeo publicado no Instagram, o presidente disse esperar que a Corte tenha compreensão para diferenciar o que é crime militar do que é crime comum.

"Eu tenho certeza de que você e a Maria Elizabeth vão mudar a história do STM. Um STM que tenha a compreensão do que é crime militar e do que é crime comum. Eu acho que vai ser bom para a sociedade, para o STM e para as mulheres", afirmou o petista, ao lado da advogada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.