China lança satélite espacial e Taiwan dispara alertas para população, mas erra mensagem

Internacional
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A China confirmou o "lançamento bem-sucedido" de um satélite espacial de última geração nesta terça-feira, 9, publicando um relatório em sua mídia estatal. O satélite provocou o disparo de uma série de alertas em Taiwan e renovou preocupações sobre tentativas de interferência nas eleições.

A mídia chinesa comemorou o satélite, batizado de Einstein Probe, e seu uso de uma nova tecnologia de raios X que supostamente imita as características oculares das lagostas, com o objetivo de avançar na compreensão de eventos cósmicos pouco conhecidos, como colisões de estrelas de nêutrons. Lançada do sudoeste da China em um foguete Longa Marcha 2C, a sonda deveria ter sido enviada ao espaço no final do ano passado e não está claro o que levou ao atraso, embora o momento de tais lançamentos seja comumente afetado por fatores como clima.

O lançamento coincidiu com uma coletiva de imprensa do ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, para alertar sobre as ameaças de interferência da China nas eleições presidenciais, que serão realizadas neste sábado, 13. Uma onda de alertas de emergência via smartphone percorreu o salão de festas do Regent Hotel de Taipei, onde mais de 100 jornalistas estrangeiros estavam reunidos. Com o título de "Alerta Presidencial", a mensagem avisava aos 24 milhões de habitantes de Taiwan, em inglês e chinês, que um foguete chinês havia acabado de sobrevoar o sul de Taiwan.

Contudo, o governo taiwanês cometeu um erro na mensagem em inglês, alterando a classificação para "Alerta de ataque aéreo" e avisando sobre um "sobrevoo de míssil". Em poucos minutos, o Ministério da Defesa de Taiwan esclareceu aos repórteres por mensagem de texto que o lançamento envolveu um satélite, não um míssil, e horas depois publicou um pedido público de desculpas. A China envia regularmente satélites para o espaço em trajetórias acima de Taiwan - embora quase sempre com altitude suficiente para evitar o acionamento de alertas de ataque aéreo.

De todo modo, as autoridades presentes na coletiva de imprensa atribuíram o lançamento a um sinal de interferência nas eleições taiwanesas. Wu realizou diversos comentários pedindo que a população ainda compareça nas votações e criticando ações da China consideradas como tentativas de interferir no pleito, afirmando que o país deveria começar "suas próprias eleições democráticas, se estão tão interessados".

Entretanto, pouco antes da meia-noite em Taipei, mais de oito horas após o lançamento, uma porta-voz do gabinete presidencial de Taiwan disse que as autoridades haviam descartado um motivo político para o lançamento do satélite, após uma análise da equipe de segurança nacional da ilha. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.