Suprema Corte começará a avaliar se Trump pode concorrer à presidência dos EUA

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Dos direitos civis à privacidade, a 14ª emenda da Constituição dos Estados Unidos tem sido uma fundação para forjar as normas da legislação americana e de sua democracia. Mas uma de suas provisões, adotadas após a Guerra Civil, em 1868, não tem recebido grande atenção até agora: a seção 3, a que pretende impedir de voltar ao poder ex-autoridades que "se envolveram em insurreição". A partir desta quinta-feira, dia 8, a Suprema Corte fará uma primeira avaliação na cláusula, em um caso que não poderia ter implicações maiores.

O ex-presidente Donald Trump é o líder da disputa no Partido Republicano para tentar a candidatura a um novo mandato. Mas republicanos e eleitores não afiliados no Colorado argumentam que Trump não pode se qualificar para a disputa, por ter se envolvido em insurreição ao tentar reverter sua derrota na eleição de 2020, o que culminou no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. O caso do Colorado é um entre vários apresentados para tentar barrar Trump da disputa nas urnas em Estados pelo país.

Os eleitores argumentam que, se Trump não pode ser presidente de novo, não deveria estar na cédula. A Suprema Corte do Colorado concordou em princípio com essa decisão. O caso parece caminhar para um choque entre legislação e política que a Suprema Corte em geral evita, mas que não pode evitar nesse contexto.

Trump apelou da decisão do Colorado e o caso será ouvido nesta quinta-feira. O Maine também barrou a presença de Trump na cédula na primária estadual, e as decisões dos dois Estados agora dependem do resultado na Suprema Corte. Os magistrados lidarão com uma série de questões legais, as quais incluem se Trump de fato se envolveu em insurreição e se a presidência está coberta pela provisão constitucional nesse tema.

Há, porém, vários caminhos pelos quais o tribunal poderia evitar uma decisão definitiva. Eles poderiam determinar uma decisão que se aplique apenas ao Colorado, ou dizer que o assunto não está ainda pronto para uma decisão. Também poderiam concluir que os órgãos políticos do governo e os eleitores, não a corte, deveriam decidir se Trump estará ou não na disputa.

Além disso, há um dispositivo legal segundo o qual o Congresso poderia restaurar a elegibilidade de alguém por dois terços dos votos. Mas ele não diz se o Congresso poderia ter algo a fazer no início desse processo, antes de os Estados poderem aplicar a medida. Advogados e aliados de Trump argumentam que o Congresso precisa agir.

Outro ponto é que não está claro se a seção 3 poderia mesmo se aplicar a Trump ou a qualquer candidato a presidente. O texto legal não menciona especificamente a presidência, mas há uma menção a "autoridade dos Estados Unidos", que, para os defensores do ex-presidente, não se aplicaria a um presidente. Os advogados que tentam remover Trump da disputa argumentam que isso é apenas uma tentativa de interpretação conveniente do texto. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.