Corte Internacional recusa pedido da África do Sul para impor medidas sobre a situação de Rafah

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O principal tribunal da ONU rejeitou na sexta-feira, 16, um pedido da África do Sul para impor medidas urgentes para garantir a segurança dos civis palestinos em Rafah na Faixa de Gaza, mas também sublinhou que Israel deve respeitar medidas anteriores impostas no final do mês passado, no julgamento preliminar da acusação contra Tel-Aviv de genocídio no enclave palestino.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) afirmou em um comunicado que a "situação perigosa" em Rafah "exige a implementação imediata e eficaz das medidas provisórias" que ordenou em 26 de janeiro. A Corte apontou que não era necessária qualquer nova ordem porque as medidas existentes "são aplicáveis em toda a Faixa de Gaza, incluindo em Rafah".

O tribunal acrescentou que Israel "continua obrigado a cumprir integralmente as suas obrigações a Convenção do Genocídio" e da decisão de 26 de janeiro que ordenou que Israel fizesse tudo o que pudesse para evitar a morte, a destruição e quaisquer atos de genocídio em Gaza.

Citando o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, o tribunal observou que "os desenvolvimentos mais recentes na Faixa de Gaza, e em Rafah em particular, 'aumentariam exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário com consequências regionais incalculáveis'".

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma ofensiva militar na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre, matando mais de 28 mil palestinos, segundo estimativas do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas.

Possível operação militar em Rafah

Israel aponta que a cidade de Rafah, no sul de Gaza, é o último reduto do grupo terrorista Hamas no enclave palestino. A cidade também abriga 1.4 milhão de civis palestinos que se deslocaram do norte e do centro de Gaza por conta da ofensiva militar israelense.

Uma possível operação militar na cidade também é um problema para o Egito, que ressaltou que o acordo de paz com Israel, feito em 1979, pode ser cortado se civis palestinos se deslocarem para o país africano, que faz fronteira com o enclave palestino via Rafah.

Israel nega veementemente ter cometido genocídio em Gaza e diz que faz tudo o que pode para poupar os civis e tem como alvo apenas terroristas do Hamas. Tel-Aviv aponta que a tática do grupo terrorista Hamas de se infiltrar em áreas civis torna difícil evitar vítimas civis.

As medidas provisórias ordenadas no mês passado surgiram em uma fase preliminar de um caso movido pela África do Sul acusando Israel de violar a Convenção do Genocídio. O tribunal também apelou ao grupo terrorista Hamas para libertar os reféns israelenses que ainda estão em cativeiro. O grupo terrorista Hamas instou a comunidade internacional a obrigar Israel a cumprir as ordens do tribunal./ Com Associated Press.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial.

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Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

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Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

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Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

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