Mãe de Alexei Navalni entra com ação judicial para liberação de corpo do ativista

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A mãe do líder da oposição russa Alexei Navalni entrou com uma ação judicial em um tribunal da cidade ártica de Salekhard, contestando a recusa das autoridades em liberar o corpo de seu filho, informou a agência de notícias estatal russa Tass nesta quarta-feira, 21. Uma audiência fechada foi marcada para 4 de março, disse o relatório, citando funcionários do tribunal.

Liudmila Navalnaya tenta recuperar o corpo de seu filho desde sábado, 17, após sua morte em uma colônia penal no extremo norte da Rússia, no dia anterior. Ela não conseguiu descobrir onde o corpo dele está mantido, informou a equipe de Navalni.

Nesta quarta-feira, Navalnaya depositou flores e uma fotografia de seu filho em um monumento dedicado aos jornalistas em Salekhard, perto da prisão onde Navalni morreu. As flores que ela havia deixado um dia antes no memorial da cidade às vítimas da repressão foram retiradas durante a noite, enquanto vários policiais continuavam vigiando as proximidades do monumento.

"Pelo quinto dia, não consegui vê-lo"

Navalnaya apelou na terça-feira, 20, ao presidente russo, Vladimir Putin, para que liberasse o corpo de seu filho para que ela pudesse enterrá-lo com dignidade. "Pelo quinto dia, não consegui vê-lo. Eles não iriam liberar seu corpo para mim. E eles sequer me falam onde ele está", disse Navalnaya, de 69 anos, em um vídeo em frente à Colônia Penal nº 3 em Kharp.

"Estou entrando em contato com você, Vladimir Putin. A resolução deste assunto depende exclusivamente de você. Deixe-me finalmente ver meu filho. Exijo que o corpo de Alexei seja libertado imediatamente, para que eu possa enterrá-lo como um ser humano", disse ela no vídeo, que foi postado nas redes sociais pela equipe de Navalni.

As autoridades russas disseram que a causa da morte de Navalni ainda é desconhecida e recusaram-se a liberar o corpo durante as próximas duas semanas, enquanto o inquérito preliminar continua, disseram membros da equipa de Navalni. Eles acusaram o governo de postergar a entrega para tentar esconder evidências.

Na segunda-feira, 19, a viúva de Navalni, Yulia, publicou um vídeo acusando Putin de matar o seu marido e alegou que a demora em liberar o corpo fazia parte de um encobrimento. "Eles são covardes e mesquinhos, escondendo o corpo dele, recusando-se a entregá-lo à mãe e mentindo miseravelmente", disse ela.

Rússia nega acusações e prende manifestantes

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou as acusações de encobrimento, dizendo aos repórteres que "estas são acusações absolutamente infundadas e insolentes sobre o chefe do Estado russo".

Desde a morte de Navalni, cerca de 400 pessoas foram detidas em toda a Rússia enquanto tentavam homenageá-lo com flores e velas, segundo o OVD-Info, um grupo que monitora detenções políticas. As autoridades isolaram alguns dos memoriais às vítimas da repressão soviética em todo o país que estavam sendo usados como locais para deixar homenagens a Navalni.

Vários homens que foram detidos também foram obrigados a apresentar-se no escritório de recrutamento do exército local, onde as autoridades russas estão recrutando ativamente soldados voluntários e atualizando registros de homens elegíveis para o serviço, de acordo com Go by the Forest, um grupo ativista que ajuda os russos a evitarem o serviço militar. Peskov disse que a polícia estava agindo "de acordo com a lei" ao deter pessoas que prestavam homenagem a Navalni.

Mais de 75 mil pessoas apresentaram pedidos ao governo pedindo que os restos mortais de Navalny fossem entregues aos seus familiares, disse OVD-Info.

Em outra categoria

A ex-ministra do Desenvolvimento Social Márcia Lopes diz ter recebido um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a pasta das Mulheres, hoje chefiada por Cida Gonçalves. A confirmação foi dada ao site PlatôBR. A secretaria de Comunicação do Planalto não se manifestou.

A petista deve estar em Brasília nesta segunda-feira, 5. Ela é irmã de um dos aliados históricos de Lula, Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete da Presidência da República durante os oito primeiros anos dos governos do PT e ministro-chefe da Secretaria-Geral durante o primeiro governo de Dilma Rousseff.

Cida vinha tendo sua gestão contestada por conta de polêmicas à frente do ministério. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) decidiu arquivar em fevereiro um conjunto de denúncias que imputava assédio moral à ministra.

O resultado de arquivamento era esperado pelo entorno da ministra, como mostrou o Estadão/Broadcast. Naquele mês, ela participou de um jantar festivo e foi homenageada pelo núcleo feminino do Grupo Prerrogativas, que emplacou seus integrantes em diversos órgãos federais. A maior parte dos conselheiros da CEP - quatro de sete - integra o "Prerrô".

Cida e a secretária executiva da pasta, Maria Helena Guarezi, eram acusadas de assédio moral, de comportamento possivelmente xenofóbico, em relação a servidoras de origem no Pará, e, no caso da secretária, de uma suposta ofensa racial.

Com a saída de Cida, o governo Lula tem a segunda troca em uma semana. Na sexta-feira, 2, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo após reunião com Lula. A saída foi consequência do escândalo dos descontos indevidos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.