Juiz multa Trump em US$ 1 mil e ameaça com pena de prisão por violar ordem de silêncio

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O juiz do julgamento do ex-presidente Donald Trump sobre o caso do "hush money" o sancionou nesta segunda-feira, 6, por violar sua ordem de silêncio pela segunda vez. O juiz Juan M. Merchan multou o ex-presidente em US$ 1.000 e advertiu que, daqui para frente, outras violações poderiam resultar em prisão. Os promotores acusaram Trump de quatro violações, mas o juiz só concordou com uma.

Os depoimentos de testemunhas foram retomados após a decisão de Merchan, preparando o terreno para uma análise ainda mais profunda nos eventos e nas pessoas envolvidas no que os promotores disseram ser um esquema para influenciar a eleição presidencial de 2016, comprando e enterrando histórias negativas sobre o então candidato. O julgamento está em seu 12º dia.

De modo geral, os promotores estão preparando o terreno para o testemunho fundamental de Michael Cohen, que pagou US$ 130 mil a atriz pornô Stormy Daniels pelo silêncio dela antes de ser preso pelo esquema de dinheiro secreto.

Trump é acusado de falsificar os registros internos da empresa para encobrir os pagamentos de propina - inclusive o pagamento a Daniels - classificando-os como despesas legais.

O ex-presidente se declarou inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais. Fonte: Associated Press

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi hospitalizada na última sexta-feira, 21, em Xangai, na China, após passar mal e apresentar um quadro de pressão alta. Ela está sob cuidados médicos no Shanghai East International Medical Center. A informação foi confirmada ao Estadão pelo hospital.

Dilma cancelou sua viagem a Cape Town, na África do Sul, onde participaria de uma reunião com representantes do Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Desde 2023, a ex-presidente comanda o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). A nomeação dela ocorreu dentro do sistema de rodízio entre os países membros. Inicialmente, o Brasil ocuparia a presidência da instituição até julho de 2025, mas o governo brasileiro articulou a prorrogação do mandato por mais cinco anos. Atualmente, Dilma reside na China.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), avalia que a queda de popularidade do governo Lula pode ser passageira. Para o magistrado, a situação pode ser superada pelo governo.

"Eu acredito que esse quadro de impopularidade é mais uma fotografia do que um filme. É mais a revelação de um dado momento que exige do governo ações", disse o ministro em entrevista à revista Veja, publicada na sexta-feira, 21.

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu em fevereiro o pior índice de seus três mandatos, com uma queda de 35% para 24%, segundo o Datafolha.

Entre os motivos, foram apontadas a "crise do Pix" e a alta no preço dos alimentos. Para Gilmar Mendes, além da inflação e da taxa de juros alta, a dificuldade de cortar gastos também tem desagradado a população.

Ele ressaltou, no entanto, que o governo tem mostrado números positivos, como a taxa de crescimento de 3% no ano passado e a queda do desemprego.

O ministro também falou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado, frisando que, após a denúncia, a defesa pode se pronunciar sobre as acusações.

Em entrevista ao Estadão neste domingo, Gilmar Mendes descartou a viabilidade de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, que poderia beneficiar Bolsonaro. Ele afirmou que alguns crimes são "muito próximos do terrorismo" e, por isso, não deveriam ser contemplados por perdões.

"Não vejo condições para que esse debate prossiga na vida jurídica, mas entendo a perspectiva política, a ideia de falar-se em exagero judicial, de tentar minimizar os fatos do 8 de Janeiro. Nós não podemos nunca esquecer esses fatos e seus contextos", disse o decano do Supremo Tribunal Federal.

O advogado Celso Vilardi, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira, 24, que ainda está "tentando"estender o prazo para responder à denuncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado. O pedido foi negado pelo relator, Alexandre de Moraes, e o prazo de 15 dias dado na última quarta-feira, 19, permanece válido.

Vilardi falou com jornalistas após se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. O encontro foi no gabinete do ministro e durou cerca de 20 minutos. Ao entrar, Barroso disse que "atende as pessoas no geral". "Na medida do possível eu atendo, afirmou.

O advogado também disse que vai pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe de ordens de Bolsonaro. O depoimento dele é uma das provas que reforçam a denuncia da PGR.

O STF informou que o advogado Celso Vilardi apresentou as razões de petições que ingressará, e Barroso disse que analisará os pedidos.