Nikki Haley, candidata derrotada nas primárias republicanas, declara voto em Trump

Internacional
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A ex-embaixadora da ONU Nikki Haley, candidata derrotada nas primárias do Partido Republicano, declarou voto em Donald Trump nesta quarta-feira, 22, e o encorajou a buscar apoio entre os seus eleitores.

"Vou votar em Trump", disse Haley em evento do Hudson Institute, think tank com sede em Washington. "Seria inteligente Trump se dirigir às milhões de pessoas que votaram em mim e que continuam a apoiar-me, e não partisse do princípio de que vão simplesmente estar com ele. E eu espero sinceramente que ele faça isso", acrescentou, ponderando que a transferência de votos não deve ser automática.

Ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley sofreu derrotas em série nas primárias. Sem conseguir o impulso que precisava, ela abandonou a disputa interna do Partido Republicano há dois meses, deixando o Donald Trump com o caminho livre para a nomeação mas não o apoiou automaticamente.

Na época, ela destacou que seria responsabilidade dele conquistar os seus apoiadores. Haley chegou a dizer que sempre apoia o candidato republicano, mas que tomaria a sua própria decisão e não seguiria "a multidão" - uma citação à ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.

No primeiro pronunciamento público depois de retirar a candidatura, ela disse que Trump "não é perfeito", mas que Joe Biden, candidato à reeleição, "tem sido uma catástrofe". Haley fez várias críticas à política externa do democrata e a forma como o governo tem lidado com a fronteira com o México.

A campanha de Donald Trump não respondeu ao pedido de comentário.

A campanha de Joe Biden, do outro lado, tenta conquistar os apoiadores de Nikki Haley, que considera os verdadeiros indecisos. Discretamente, sua equipe organiza o grupo de Republicanos com Biden que eventualmente deve se concentrar nos eleitores de Nikki Haley em Estados decisivos para eleição de novembro, disseram pessoas que tem conhecimento sobre o plano mas não estão autorizadas a discuti-lo publicamente.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.