Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu em Jerusalém e pedem eleições imediatas

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Dezenas de milhares de israelenses foram às ruas de Jerusalém nesta segunda-feira, 17, para protestar contra o primeiro ministro Binyamin Netanyahu, pedindo eleições imediatas e o fim da guerra em Gaza.

Muitos israelenses acusam o governo de ter perdido o controle da guerra que já dura oito meses e exigem um acordo para parar o grupo terrorista Hamas devolver os reféns. Netanyahu nega as acusações e diz que mantém os melhrores interesses do país em mente.

A polícia entrou em confronto com manifestantes fora da residência de Netanyahu, usando canhões de água contra aqueles que romperam as barreiras policiais. De acordo com a imprensa israelense, oito manifestantes foram presos.

O primeiro-ministro dissolveu nesta segunda-feira o gabinete de guerra encarregado de dirigir a guerra em Gaza, uma semana depois de um dos seus três membros ter renunciado ao governo de coligação de Netanyahu. Benny Gantz, um legislador da oposição, juntou-se ao Gabinete de guerra nos primeiros dias da guerra como uma demonstração de unidade nacional. Ele abandonou a coalizão de governo há uma semana, após dar um ultimado a Netanyahu pedindo por um plano de pós-guerra para Gaza.

As principais políticas de guerra serão agora aprovadas exclusivamente pelo Gabinete de segurança de Netanyahu - um órgão maior que é dominado por linhas duras que se opõem à proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA e querem avançar com a guerra. A dissolução do gabinete de guerra distancia ainda mais Netanyahu dos políticos centristas mais abertos a um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

A medida também dá a Netanyahu margem de manobra para prolongar a guerra e permanecer no poder. Os críticos de Netanyahu o acusam de adiar o fim do conflito em Gaza porque o fim da guerra significaria uma investigação sobre as falhas do governo em 7 de outubro e aumentaria a probabilidade de novas eleições quando a popularidade do primeiro-ministro for baixa.

"Viemos nos manifestar de novo, pela 50ª vez, estamos aqui, em Tel-Aviv, em todo lugar", disse o manifestante Dror Katzman, "para nos livrarmos deste governo corrupto, que não liberta os reféns, que dirige a guerra de uma forma grosseira e é responsável pelo pior, pior ataque terrorista contra nós desde o Holocausto."

Grandes protestos contra o governo ocorreram semanalmente nas noites de sábado. O protesto desta segunda-feira em Jerusalém foi liderado por muitos dos mesmos ativistas que comandaram os protestos contra Netanyahu e as suas tentativas de reformar o poder judicial em 2023.

Os manifestantes marcharam do lado de fora do Knesset, o parlamento de Israel, até a casa de Netanyahu carregando bandeiras israelenses e gritando frases antigovernamentais.

"Por sua causa estamos morrendo, saiam de nossas vidas", proclamava uma placa dos manifestantes, com uma foto de Netanyahu e marcas de mãos ensanguentadas. Outros fizeram referência aos 11 soldados mortos em Gaza no fim de semana, um dos mais mortíferos para os soldados israelenses em meses, segurando uma placa que dizia "Soldados combatentes recusam-se a ser mortos por causa de Bibi", usando um apelido para Netanyahu.

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Em evento do Partido Socialista Brasileiro (PSB) neste domingo, 27, o senador Cid Gomes (PSB) declarou que, no cenário nacional, não pretende adotar uma posição contrária à de seu irmão, o ex-ministro e ex-presidenciável, Ciro Gomes (PDT).

"Eu jamais estarei em lado oposto ao Ciro na questão nacional. Aqui no Ceará a gente tem uma visão diferente, eu o respeito profundamente, mas jamais estarei em lado diferente dele na questão nacional. Penso absolutamente como ele", disse Cid ao jornal jangadeiro.

O possível sinal de reaproximação entre os irmãos vem depois de se distanciarem politicamente. O racha começou ainda nas eleições de 2022, com discordâncias sobre o apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT). Enquanto Cid se aproximou da base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), consolidando-se como um dos principais aliados do governo federal no Senado e apoiando também a administração estadual de Elmano de Freitas (PT) no Ceará, Ciro manteve uma postura crítica e firme contra o PT, tanto no contexto nacional quanto estadual.

Essa diferença de posicionamento culminou, no início de 2024, na saída de Cid e de seus aliados do PDT e sua filiação ao PSB. A mudança aprofundou a divisão entre os grupos conhecidos como "cidistas" e "ciristas" na política cearense.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta terça-feira, 29, que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresente exames para comprovar que ele tem Doença de Parkinson. O prazo para resposta é de 48 horas.

A defesa do ex-presidente pediu prisão domiciliar humanitária alegando que ele enfrenta problemas de saúde graves. Antes de decidir sobre o pedido, Moraes vem cobrando laudos médicos que atestem as comorbidades.

Nesta segunda, 28, o ministro pediu "prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados".

Em novo despacho nesta terça, Moraes cobra a "íntegra dos exames realizados, inclusive os exames de imagens", e manda a defesa explicar por que não há "exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a Doença de Parkinson".

Os advogados advogados Marcelo Bessa e Thiago Fleury alegam que, aos 75 anos, Collor tem "comorbidades graves" e faz uso de medicamentos contínuos. Ao ser ouvido na audiência de custódia, no entanto, o ex-presidente negou ter problemas de saúde ou tomar remédios.

O ex-presidente foi preso para cumprir a condenação de 8 anos e 6 meses em um processo da Operação Lava Jato. Ele está detido no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió.

Após 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu bem à ingestão de água, chá e gelatina. Segundo o boletim médico divulgado nesta terça-feira, 29, Bolsonaro mantém sinais de movimentos intestinais espontâneos e continua se alimentando pela veia, para obter todos os nutrientes e as calorias que precisa.

O documento também relata que o ex-presidente segue sem dor ou febre, com a pressão controlada e com melhora nos exames de fígado. Não há previsão de alta e visitas seguem restritas, apesar de o ex-presidente já ter recebido o pastor evangélico Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Nesse período de internação, Bolsonaro também concedeu entrevista à televisão e participou de uma live.

A live, inclusive, motivou o ex-presidente a ser intimado por uma oficial de Justiça na última quarta-feira, 23, por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ele "demonstrou a possibilidade" de ser avisado da ação penal sobre a tentativa de golpe. No dia seguinte, conforme informou a equipe médica, Bolsonaro teve elevação na pressão arterial e piora nos exames hepáticos.

No dia 13, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após Bolsonaro passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

A cirurgia, ainda em consequência da facada que ele levou durante a campanha presidencial de 2018, foi a mais delicada das quais foi submetido até agora.