Quem é Aimee Betro, norte-americana foragida acusada de ser assassina de aluguel no Reino Unido

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A norte-americana Aimee Betro, 44, que seus vizinhos pensavam que atuava apenas como uma administradora do time de beisebol Milwaukee Brewers, também atua como assassina de aluguel, segundo um tribunal do Reino Unido. Ela está no centro de uma caçada internacional após o seu envolvimento em uma frustrada conspiração para matar um comerciante de Birmingham, no Reino Unido, em 2019, vir à tona. Ela só não efetivou o crime porque a arma falhou. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

O envolvimento dela ficou conhecido após a condenação, neste mês de junho, de dois homens apontados como os mandantes do crime: Mohammed Aslam e seu filho, Mohammed Nazir. Eles teriam localizado Aimee na deep web e a contratado para matar um rival deles, Sikander Ali.

Feito o trato, ela voou dos EUA ao Reino Unido. Antes de cometer o crime, ela vestiu um hijab, o véu islâmico. Aimee foi até o encontro de Sikande em sua casa, em Acocks Green, subúrbio de Birmingham, e chegou a apontar a arma para ele. Entretanto, o armamento travou e ela fugiu, abandonando a Mercedes em que estava. Depois, ela voltou de táxi e disparou três tiros contra a propriedade

Natural de Milwaukee, nos Estados Unidos, Aimee era uma das melhores alunas do Mid-State Technical College, segundo relato de sua mãe, Jeanne Johnson, ao Daily Mail. Foi nessa época em que ela conseguiu um emprego para trabalhar no setor administrativo do Milwaukee Brewers, o que seria o "emprego de seus sonhos", diz sua mãe.

Também ao Daily Mail, um amigo de Aimee afirmou, sob anonimato, que ela era "a pessoa mais legal do mundo". Os dois jogavam no mesmo time de disc golf (um tipo de frisbee mais profissional), em todo o estado. Eles também iam juntos a várias festas. Ele disse ainda que ela frequentemente viajava para várias partes do mundo, inclusive o Reino Unido, para participar de shows e raves. Aimee ainda promovia bandas e comprava equipamentos eletrônicos para eventos com DJs. Esse mesmo amigo disse que ela perdeu o emprego após ser flagrada usando cartões de crédito de fãs para pagar suas várias viagens e hospedagem em hotéis.

O seu envolvimento com o assassinato fracassado virou assunto entre os seus amigos de Milwaukee. Ela mesma comentava sobre o ocorrido, segundo o jornal britânico, fazendo várias postagens em suas redes sociais após a grande repercussão do caso nos últimos dias mundo afora - mas, depois, ela fechou suas contas. O fato de Aimee ter atirado contra a propriedade após fracassar virou motivo de zombaria entre os seus amigos.

Segundo o amigo de Aimee explicou ao Daily Mail, a área em que moram é de caçadores, mas ele diz ter a certeza de que ela nunca caçou na vida. "Até onde sabemos, ela nunca disparou uma arma. Ela é a última pessoa que eu imaginaria que seria uma assassina", disse ao jornal. Ele ainda disse que, se quisesse, a polícia já teria capturado Aimee, já que ela está usando o seu celular. As informações indicam que ela está foragida em algum lugar da Ásia.

Mesmo após a tentativa de assassinato, Aimee ficou no Reino Unido como se estivesse de férias, afirma o Daily Mail, que também aponta que as atualizações em sua conta no Instagram eram feitas quase que de hora em hora: as imagens mostrariam ela dançando no que parece ser uma festa em um barco; visitando um festival de música e a London Eye, uma grande roda-gigante que é um dos pontos turísticos de Londres; e tomando coquetéis em uma praia de Brighton, na costa sul da Inglaterra.

Em outra categoria

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), lidera o ranking de aprovação entre os chefes de Ministérios do governo Lula, de acordo com uma pesquisa da AtlasIntel. O levantamento aponta que Tebet é a mais bem avaliada pelos brasileiros, enquanto o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, registra a maior rejeição.

Com 62% de aprovação, Tebet se destaca como a ministra mais bem avaliada, seguida por Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania, ambos com 54%. Wellington Dias, responsável pela Assistência Social, aparece com 51%, enquanto Ricardo Lewandowski, da Justiça, soma 47% de aprovação.

Na outra ponta, Juscelino Filho lidera a rejeição, sendo avaliado negativamente por 70% dos entrevistados. Anielle Franco, da Igualdade Racial, aparece em seguida, com 59% de reprovação. Já Fernando Haddad, da Fazenda, Carlos Lupi, da Previdência Social, e André Fufuca, dos Esportes, registram um índice de desaprovação de 55% cada.

A pesquisa ouviu 2.595 pessoas entre os dias 24 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre a necessidade de uma reforma ministerial no governo Lula. A maioria, 58%, afirmou que o presidente deve promover mudanças na equipe, enquanto 30% defenderam a manutenção dos atuais ministros e 12% não souberam opinar.

Quando perguntados sobre o impacto dessas possíveis alterações, 51% acreditam que trocas na equipe podem melhorar o governo, ao passo que 29% consideram que não haveria diferença significativa, e 20% não souberam responder.

Entre as prioridades para uma eventual reforma, a melhoria na articulação política foi apontada como a mais urgente, mencionada por 34% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a busca por maior eficiência na gestão pública (28%) e a substituição de ministros com altos índices de rejeição (22%).

O presidente Lula deu início a sua reforma ministerial na última semana. Nísia Trindade deixou o comando do Ministério da Saúde, sendo substituída por Alexandre Padilha, que, por sua vez, abriu espaço para Gleisi Hoffmann assumir a Secretaria de Relações Institucionais.

O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia (Democracy Index) de 2024, elaborado pela empresa de inteligência da The Economist, ficando agora no 57º lugar.

No capítulo dedicado ao Brasil, intitulado 'democracia brasileira em risco', o estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido problemático, o que levou a Suprema Corte a "passar do limite".

O documento diz que a questão chegou ao auge em agosto de 2024, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio à empresa de mídia social X porque representava uma "ameaça direta à integridade do processo democrático" antes das eleições locais nacionais de outubro de 2024.

"Restringir o acesso a uma grande plataforma de mídia social dessa forma por várias semanas não tem paralelo entre países democráticos. A censura de um grupo de usuários ultrapassou os limites do que pode ser considerado restrições razoáveis à liberdade de expressão, especialmente no meio de uma campanha eleitoral", argumenta o texto. E acrescenta: "Tornar certos discursos ilegais, com base em definições vagas, é um exemplo de politização do judiciário".

Na sequência, a The Economist cita um levantamento do Latinobarómetro de 2023 sobre liberdade de expressão que apontou que 64% dos brasileiros afirmaram que ela "é mal garantida ou não é garantida", porcentual que estaria acima da média regional de 45%.

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%.

A pontuação do Brasil, segundo a pesquisa, também foi afetada negativamente por novos detalhes da "suposta tentativa de golpe" em 2022 contra o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e membros do STF, que teria sido organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do alto escalão das Forças Armadas, que negam irregularidades.

"O plano de golpe também sugere que há uma tolerância perturbadora à violência política no Brasil que está ausente em democracias mais consolidadas", afirma a pesquisa.

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, Mianmar e Afeganistão ocupam as três ultimas posições, de uma lista de 167 países.

O procurador Carlos Alberto de Souza Almeida, que atua junto ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), foi condenado a devolver R$ 4,5 milhões que recebeu em salários retroativos e indenização.

O Estadão busca contato com o procurador.

O valor engloba vencimentos referentes ao período em que aguardou ser convocado no concurso público (1999-2005) e uma indenização por dano moral pela "nomeação tardia".

O montante a ser restituído aos cofres públicos pode chegar a R$ 7 milhões considerando juros e correção monetária. Como a decisão foi tomada na primeira instância, ele pode recorrer.

Carlos Aberto só foi classificado depois de conseguir anular judicialmente questões da prova, o que ocorreu em dezembro de 2005, seis anos após o concurso. Em um dos ofícios no processo, ele chegou a renunciar "a quaisquer efeitos pecuniários que lhe possam atribuir a sentença".

Em 2018, quando já estava no cargo, o procurador deu entrada em um processo administrativo para receber "vencimentos e outras parcelas remuneratórias conexas, não percebidas no período de 17/06/1999 a 30/12/2005", além da indenização por dano material.

O pedido foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Amazonas e as parcelas foram depositadas entre outubro de 2018 e outubro de 2019.

A juíza Etelvina Lobo Braga, da Vara da Fazenda Pública de Manaus, afirma na sentença que o procurador "agiu de forma temerária e com prática duvidosa, quando postulou direitos aos quais ele mesmo já havia expressamente renunciado".

A decisão afirma ainda que a ordem de pagamento do Tribunal de Contas é "flagrantemente indevida".

"A nomeação e posse decorrente de ordem judicial, bem como ulterior exercício no cargo de Procurador de Contas, do requerido Carlos Alberto de Souza Almeida, não se deram de forma tardia, mas sim por ordem judicial, que não deveria gerar direito à indenização, razão pela qual houve equívoco e ilegalidade da Corte de Contas, que não atentou, também, à renúncia expressa firmada nos autos pelo candidato", diz a sentença.