Lula pede contato com autoridades na Bolívia e diz que 'golpe nunca deu certo'

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que solicitou ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para entrar em contato com autoridades da Bolívia antes de tomar uma posição a respeito da situação no país vizinho.

As declarações ocorreram pouco depois de tanques e militares armados terem invadido o palácio presidencial boliviano, nesta quarta-feira, 26.

"Eu pedi para o meu ministro entrar em contato para a gente ter certeza, porque a gente não pode ficar anunciando coisa que depois não acontece", disse. "Pedi para o ministro Mauro ligar para a Bolívia, ligar para o presidente, ligar para o embaixador brasileiro, para a gente ter uma posição."

Lula afirmou ainda que quer que "a democracia prevaleça" e disse que "golpe nunca deu certo".

Mais cedo, o presidente da Bolívia, Luis Arce, que é de esquerda, afirmou que há uma "mobilização irregular" de unidades do Exército no país.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é importante colocar o povo mais humilde para subir um degrau na escala social do País, embora seu governo seja para todos.

"Eu quero governar o País para os empresários. Quero que eles ganhem dinheiro, porque geram emprego, salário, consumo e comércio. Quero que a economia cresça e que todo mundo cresça. Mas é importante colocar o povo mais humilde para subir um degrau na escala social, e isso só se faz com a educação", disse durante o lançamento da pedra fundamental do campus Zona Leste da Unifesp e do Campus Cidade Tiradentes, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).

Lula fez um discurso político, explorando pontos da própria biografia para se aproximar da realidade dos moradores da Zona Leste. "Eu não sou o pai dos pobres, eu não sou. Eu sou um pobre que chegou à presidência da República por causa dos pobres que me elegeram", disse. Antes, já tinha ressaltado que esse dia era muito esperado por ele, porque sabia que os moradores da Zona Leste pleiteavam, há tempos, educação de qualidade na região, da creche à universidade. Ele disse que o Brasil não pode mais ser um exportador de commodities, mas sim de inteligência.

Para Marta Suplicy, que também estava no evento, Lula disse que era um prazer estar com ela, "uma companheira que fez gestão extraordinária em São Paulo". Para ele, foi o preconceito pelo que a então prefeita fez pelos pobres que a fez perder a eleição. Lula também fez uma menção específica ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que ele foi o melhor ministro da Educação do País.

Estavam no evento o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e o ministro da Secretaria de Comunicação, Laercio Portela.

Em março, o Ministério da Educação anunciou R$ 3,9 bilhões para os institutos federais por meio do Novo PAC, sendo R$ 2,5 bilhões para a construção de novas unidades e R$ 1,4 bilhão para reforma e construção de outras instalações em institutos já existentes. O governo federal estima abrir 140 mil vagas com a construção das novas unidades. São, hoje, 682 unidades, com cerca de 1,5 milhão de alunos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o País vive um bom momento da economia e citou dados para corroborar seu ponto, incluindo a taxa de desemprego. Dados do IBGE mostram que a taxa de desocupação no trimestre encerrado em maio ficou em 7,1%, o menor patamar para o período desde 2014.

"Hoje temos o menor desemprego desde 2014, ou seja, dez anos. Hoje temos crescimento da massa salarial e renda das pessoas de 11,7%, hoje temos aumento do salário mínimo de acordo com o crescimento do PIB. Hoje os acordos para aumento salarial têm aumento real. A indústria automobilística está anunciando investimentos de R$ 129 bilhões e um PAC que investe R$ 1,3 trilhão", disse vento para o lançamento da pedra fundamental do campus Zona Leste da Unifesp e do Campus Cidade Tiradentes, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).

O presidente mencionou o leilão de arroz, cancelado pelo governo, como uma "confusão desgraçada", mas reiterou que o preço dos alimentos, pressionados pela inflação, precisa baixar. Além do arroz, citou carne e feijão. "O sonho de voltar a comer uma picanha e tomar uma cerveja vai e já está acontecendo", afirmou.

Mais cedo, Lula destacou a criação do Simples. Ele disse que ao investir no pequeno e médio empreendedor, empresário ou comerciante, há geração de emprego e desenvolvimento nas periferias do País.

O presidente mencionou o programa Acredita, que tem uma linha de microcrédito para as pessoas mais pobres, capitaneado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse que, apesar de ainda não estar funcionando porque não foi totalmente aprovado, é a mais importante política de crédito já feita no País. "Se tiver crédito, tem crescimento econômico e desenvolvimento social", afirmou.

Estavam no evento o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e o ministro da Secretaria de Comunicação, Laercio Portela.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou a retomada dos investimentos no Minha Casa, Minha Vida e em obras de infraestrutura, como a expansão da linha verde do metrô de São Paulo. Ele destacou que só para o Estado de São Paulo são R$ 3,5 bilhões em obras de infraestrutura.

"Importante tanto quanto o retorno do Minha Casa, Minha Vida é o retorno dos investimentos, do PAC. Aqui, só para o Estado de São Paulo são cerca de R$ 3,5 bilhões em obras de urbanização de favelas, de contenção de encostas, regularização fundiária", citou.

Jader Filho destacou que governos anteriores tentaram acabar com o Minha Casa, Minha Vida, sem sucesso. "Não apagaram a memória de quem ganhou casa própria pelo Minha Casa, Minha Vida", disse. Ele destacou que Jaguariúna já iniciou, ontem, a primeira obra do Minha Casa, Minha Vida no mandato do Lula.

Em relação à expansão do metrô, Jader Filho destacou que serão feitos 14 quilômetros de metrô e três estações, em Vila Prudente, Penha e Guarulhos.

O ministro participou, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de evento para o lançamento da pedra fundamental do campus Zona Leste da Unifesp e do Campus Cidade Tiradentes, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Estão no evento o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e o ministro da Secretaria de Comunicação, Laercio Portela.