Correção: Vamos cortar impostos mais do que fizemos antes, diz Trump

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Na nota publicada anteriormente, a referência de Donald Trump a Kamala Harris e Nancy Pelosi estava incompleta. Segue a correção, no último parágrafo:

O candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou em comício de campanha no Michigan que pretende cortar impostos "mais do que antes", caso seja eleito presidente.

Este foi o primeiro comício público de campanha desde a Convenção da semana passada, em que foi confirmado como candidato, depois de ter sido ferido por um tiro de raspão na orelha no último sábado, na Pensilvânia.

Trump voltou a criticar as políticas de imigração do país ao dizer que "continuam a deixar criminosos entrarem no nosso país". "Não permitiremos mais isso", disse. Ele frisou ainda que os democratas querem que os imigrantes em condições irregulares votem, e repetiu que vai iniciar a "maior operação de deportação já vista no país".

O candidato republicano disse que o meio ambiente é "importante", mas que não pode ser usado para destruir o país. Trump reiterou que a única chance de os democratas vencerem é pela trapaça e que "a única coisa boa que eles fazem bem é trapacear", embora não haja indícios de fraude nas últimas eleições americanas, em que Trump foi derrotado pelo atual presidente, Joe Biden, a quem se referiu como uma pessoa "frágil cercada de gente ruim" e, reiteradamente, como "Biden, o torto".

Trump se referiu a Kamala Harris, vice e possível substituta de Biden na corrida eleitoral, como alguém que "nos parece louca, mas não tanto quanto Pelosi", em referência a Nancy Pelosi - influente democrata que presidiu a Câmara dos Representantes e que estaria trabalhando nos bastidores para que Biden desista para que Kamala Harris assuma a cabeça de chapa.

Em outra categoria

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, escolheu a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para ser a ministra de Relações Institucionais (SRI) no lugar de Alexandre Padilha, anunciado como próximo ministro da Saúde. A decisão de Lula é considerada uma reviravolta. Até poucos dias atrás, o mundo da política dava como certo que Gleisi assumiria a Secretaria-Geral da Presidência da República no lugar de Márcio Macêdo.

A informação foi confirmada em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) nesta sexta-feira, 28.

Segundo o comunicado, Lula se reuniu com Gleisi nesta sexta pela manhã e a convidou para o cargo.

"Gleisi vai substituir o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, que foi recém-indicado para o Ministério da Saúde. A posse da nova ministra está marcada para o dia 10 de março", disse a Secom.

A presidente do PT passou a se posicionar para assumir a articulação política do governo há poucos dias. A reportagem ouviu especulações sobre seu nome pela primeira vez na última sexta-feira, 21, mas ainda como uma possibilidade muito remota. O nome da presidente do PT cresceu nesta semana, mesmo Lula sendo desaconselhado de indicar a aliada para o cargo.

A entrada de Gleisi Hoffmann na SRI também era tratada com ceticismo em Brasília porque a presidente do PT demonstrou ter perfil combativo nos últimos anos, enquanto a área exigiria um perfil de negociação mais flexível.

Gleisi é presidente do PT desde 2017 e esteve à frente do partido em alguns de seus momentos mais críticos. A posição a fez ganhar fama de sectária.

Novo polo de poder

A ida de Gleisi Hoffmann para o Planalto também cria um novo polo de poder no Palácio do Planalto. Hoje, a principal força política no governo abaixo de Lula consiste nos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secom), ambos vindos da Bahia e aliados de longa data. Na avaliação de petistas, Gleisi tem tamanho suficiente para contrariá-los, se achar necessário.

Ao longo de todo o governo, Gleisi Hoffmann expôs divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Aliados da petista costumam dizer que, como presidente do partido, ela tinha a obrigação de tentar puxar o governo para a esquerda, daí às falas que contrariavam a política de Haddad. Há uma avaliação de que a disciplina que exige um cargo no primeiro escalão do governo fariam as divergências entre Gleisi e o ministro da Fazenda diminuírem.

Um sinal nesse sentido foi dado pela própria petista no fim de semana, durante a festa de 45 anos da legenda. Ela deu os parabéns a Haddad por seu trabalho na área fiscal. "O desequilíbrio orçamentário, estamos resolvendo. Colocando um compromisso com as contas públicas. Nós estamos promovendo uma dos maiores ajustes fiscais da história desse país", disse ela em discurso.

PT

Com Gleisi no governo, o PT precisará de um novo quadro para presidir o partido até junho, quando haverá eleições. O nome mais citado para esse mandato-tampão é do líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Lula quer eleger Edinho Silva como presidente do partido no meio do ano.

O entorno do chefe do governo acredita que, com a ida de Gleisi para o coração do governo, a resistência de setores do PT ao nome de Edinho Silva para a direção do partido diminuirá.

O grupo político de Gleisi vinha fazendo movimentos para tentar emplacar outro presidente para a legenda, possivelmente Guimarães.

Carreira

Gleisi Helena Hoffmann tem 59 anos, é advogada, deputada federal e já ocupou diversos cargos na política. Foi senadora pelo Paraná de 2011 a 2018. Também foi ministra da Casa Civil de 2011 a 2014, durante o governo de Dilma Rousseff.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, usou seu perfil no X, antigo Twitter, para desejar boas vindas e bom trabalho para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que assumirá a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) em 10 de março. Segundo ele, a petista "vem para somar".

O anúncio de Gleisi como ministra foi feito pelo Palácio do Planalto em uma nota no começo da tarde desta sexta-feira.

"A companheira e deputada federal Gleisi Hoffmann vai integrar o governo federal. Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados. O Alexandre Padilha ministro anterior da Articulação Política assumirá o Ministério da Saúde. Bem-vinda e bom trabalho", disse o presidente da República.

A escolha por Gleisi Hoffmann foi uma reviravolta. Até a semana passada, era dado como certo em Brasília que ela iria para a Secretaria Geral da Presidência da República no lugar do ministro Márcio Macêdo.

O nome da presidente do PT para a Secretaria de Relações Institucionais passou a ser mais cotado ao longo desta semana. O chefe do governo, como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), chegou a perguntar a aliados sobre a possibilidade de escalar a petista para o cargo e a ser desaconselhado.

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, e outros três ministros assinaram nota em defesa de Alexandre de Moraes após o governo dos Estados Unidos criticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). "Nenhum juiz brasileiro julga sozinho um litígio, por menor que seja, sem que da sua decisão caiba pelo menos um recurso para órgão colegiado, no mesmo tribunal ou em tribunal superior. Essa é a maior garantia que os cidadãos e as empresas brasileiros e estrangeiros têm de que a lei, sem arbitrariedade ou privilégio, valerá igualmente para todos", diz a nota.

Além de Benjamin, assinam a nota os ministros Luis Felipe Salomão, vice-presidente do STJ e corregedor da Justiça Federal, Mauro Campbell Marques, corregedor nacional de Justiça, e Benedito Gonçalves, diretor da Escola Nacional da Magistratura (Enfam).

"O Brasil preza e celebra a independência, a integridade e a imparcialidade dos seus juízes, assim como a inviolabilidade do devido processo legal, conforme prescrevem a Constituição e as leis", prossegue o texto.

A nota ainda exalta as similaridades entre o Brasil e os EUA e as trocas de experiências e conhecimento entre magistrados dos dois países e ressalta que quem aposta em conflito entre as instituições judiciais presta um "desserviço à história" de ambos.

"Na essência das nossas afinidades, há admiração e respeito recíprocos entre os nossos povos, o que nos oferece base confiável para que as instâncias nacionais competentes possam resolver divergências eventuais, sempre naturais, no relacionamento cotidiano. Assim, presta um desserviço à nossa história comum e ao futuro promissor da nossa cooperação quem apostar em conflito entre as nossas instituições, sobretudo as judiciais", afirmam os ministros.

Na semana passada, Moraes determinou o bloqueio da plataforma Rumble no Brasil sob o argumento de que a empresa descumpriu ordens judiciais. Em resposta, o Departamento de Estado dos Estados Unidos fez uma publicação no X criticando a decisão. "O respeito à soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão", disse o órgão do governo americano.