Solicitação online de entrada nos EUA é ampliada para Estados mexicanos de Chiapas e Tabasco

Internacional
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O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, incluirá os Estados mexicanos de Chiapas e Tabasco dentre as cidades onde é possível solicitar a entrada nos Estados Unidos através de um agendamento online. A novidade anunciada por autoridades dos EUA pode aliviar a pressão sobre o governo mexicano e reduzir os riscos para as pessoas que tentam chegar à fronteira norte do México para solicitar asilo.

Migrantes nos Estados mexicanos de Chiapas e Tabasco poderão agendar encontros através do aplicativo CBP One, expandindo a cobertura para áreas do norte e centro do México. Esta iniciativa, anunciada pelo Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP), responde a uma solicitação do México, que tem colaborado estreitamente com Washington para gerenciar fluxos migratórios significativos.

A mudança evitará que mexicanos tenham que atravessar o país em direção ao norte para obter um dos 1.450 encontros disponíveis diariamente, afirmou a CBP. A entidade afirmou que a mudança entrará em vigor em breve, mas não forneceu uma data. "Trabalhamos constantemente com nossos parceiros no governo mexicano e trabalhamos juntos para ajustar políticas e práticas em resposta às tendências migratórias e às mais recentes necessidades de segurança", disse a CBP.

O comunicado confirmou declarações feitas anteriormente pela secretária de Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, que disse que a aproximação nas relações bilaterais reduziu drasticamente a migração desde o final do ano passado.

As autoridades americanas relataram que o aumento da vigilância pelo México levou a uma redução significativa no número de migrantes detidos nos Estados Unidos por cruzamentos não autorizados da fronteira durante o primeiro semestre do ano. Oficiais mexicanos intensificaram sua presença em postos de controle em rodovias e ferrovias direcionadas à fronteira americana, fazendo com que a maioria dos migrantes retornasse para o sul do país.

Em junho, Washington pausou o processo de asilo para indivíduos que entram no país sem autorização. Assim, o agendamento de encontros pelo CBP One se tornou uma das poucas formas de migrantes entrarem nos Estados Unidos para solicitar asilo. Isso contribuiu para uma redução nas travessias não autorizadas da fronteira. Autoridades americanas relataram que o número de travessias não autorizadas diminuiu 30% em julho em comparação ao mês anterior, marcando o nível mais baixo durante a presidência de Biden e o menor desde setembro de 2020.

"Conseguimos descomprimir de maneira muito importante a fronteira (norte) e acho que isso ajudou... que nossa relação com os Estados Unidos seja muito, muito dinâmica e muito positiva", disse Bárcena na sexta-feira.

Desde a implementação do aplicativo CBP One em janeiro de 2023 até junho, mais de 680 mil pessoas agendaram encontros em oito passagens terrestres na fronteira entre México e Estados Unidos. A maioria dos migrantes que utilizaram o aplicativo são da Venezuela, Cuba e Haiti. Recentemente, as autoridades americanas restringiram o número de vagas disponíveis para mexicanos devido à grande quantidade de solicitantes desse país.

Os perigos de atravessar o México, como sequestro e assalto, fizeram com que muitos migrantes optassem por voar para cidades na fronteira norte, como Tijuana, para comparecerem aos seus encontros com o CBP One logo após chegarem ao ponto mais ao sul onde podem fazer a solicitação, anteriormente a Cidade do México.

Geralmente, os migrantes chegam ao México por Chiapas ou Tabasco, vindos da Guatemala. Embora a Cidade do México possa oferecer mais oportunidades de trabalho e uma segurança relativa, o alto custo de vida leva alguns a morar em acampamentos informais na capital. Fonte: Associated Press

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.