Estreia de Walz na arena política testa opção de Kamala por vice desconhecido

Internacional
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Após Kamala Harris assegurar a vaga de candidata presidencial democrata, uma das decisões mais aguardadas era a escolha de seu companheiro de chapa. Ela optou por Tim Walz, desconhecido governador de Minnesota, que encerrou nesta quarta, 21, a terceira noite da convenção do partido, em Chicago, com um discurso de apresentação aos americanos.

O terceiro dia do encontro foi o maior teste até o momento sobre a decisão de Kamala de escolher um ex-veterano da Guarda Nacional, professor do ensino médio e técnico de futebol americano, que nasceu em uma cidade rural no Estado de Nebraska, mas se tornou popular no Meio Oeste.

Escolha

Uma pesquisa da ABC News e do instituto Ipsos, realizada no mês passado, logo após Joe Biden ter se retirado da corrida presidencial, mostrou que apenas 13% dos americanos sabiam quem era Walz. Por isso, segundo Alex Hornbrook, que preside a convenção, a ideia era usar a audiência para apresentar o governador de Minnesota para o restante do país, ressaltando os "valores das pequenas cidades americanas".

Ao divulgar o nome de Walz como companheiro de chapa, Kamala disse que a escolha foi "pessoal" e listou a história do governador de Minnesota e sua relação com "a luta em defesa da classe média". Aos 60 anos, ele seria a arma do partido - ao lado do ex-presidente Bill Clinton - para tentar seduzir eleitores de perfil mais conservador do interior dos EUA.

Outra curiosidade sobre Walz é o tempo que ele passou como professor na China, onde desembarcou pela primeira vez em 1989, como parte de um dos primeiros grupos de americanos que receberam autorização para ensinar em escolas secundárias chinesas.

China

A relação com a China se tornou tão forte que ele fala mandarim e passou sua lua de mel no país. Mesmo sendo um crítico das violações dos direitos humanos na China, alguns deputados republicanos resolveram aproveitar a informação para abrir uma investigação sobre os laços do governador com Pequim.

"Os americanos têm o direito de saber mais sobre a relação íntima de Walz com os chineses", afirmou o deputado republicano James Comer, que preside a Comissão de Supervisão da Câmara, em carta ao diretor do FBI, Christopher Wray, na semana passada.

Na terceira noite da convenção - a penúltima antes do encerramento - o partido escalou um time de estrelas do establishment político: além de Clinton, o carismático secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, a ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi e o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, que era o mais cotado para ocupar a vaga de vice, mas foi preterido por Walz.

Quem apareceu no programa de ontem da convenção democrata foi a apresentadora Oprah Winfrey, que ganhou um lugar entre as celebridades escaladas para discursar. A atriz Julia Louis-Dreyfus também está em Chicago e moderou um painel de governadoras democratas sobre as chances de uma mulher ocupar a Casa Branca.

O cineasta Spike Lee participa da convenção como representante de Nova York, e a atriz Eva Longoria como parte da delegação do Texas. Celebridades como Andy Cohen, Aubrey Plaza e Zooey Deschanel apareceram em uma after-party online, enquanto as cantoras Billie Eilish e Jennifer Hudson se apresentaram em vídeos gravados.

Protestos

Do lado de fora da convenção, a polícia prendeu 55 pessoas em um protesto pró-Palestina diante do Consulado de Israel, a três quilômetros do United Center. Líderes do grupo elogiaram a decisão de permitir o discurso de parentes de reféns israelenses em Gaza, mas reivindicam um espaço para que Haj-Hassan, representante do movimento, também pudesse falar. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

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Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.