Israel e Hezbollah trocam ataques e aumentam risco de guerra regional

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Israel e a milícia xiita Hezbollah trocaram neste domingo, 25 seus ataques mais intensos desde que a guerra na Faixa de Gaza começou em outubro. Aviões israelenses bombardearam locais no sul do Líbano. O Hezbollah disparou uma onda de drones e centenas de foguetes através da fronteira em uma escalada perigosa, mas contida na região.

Israel disse ter feito um movimento preventivo contra milhares de sistemas de foguetes e mísseis do Hezbollah que estavam prontos para participar de um grande ataque a alvos israelenses neste domingo.

A milícia xiita, por sua vez, disse que suas ações ocorreram conforme o planejado e tiveram como alvo apenas instalações militares israelenses.

Segundo Israel, muitos lançadores de foguetes do grupo estavam programados para ser disparados às 5h locais (23h de Brasília) na direção de Tel-Aviv.

Dois membros do Hezbollah foram mortos, de acordo com o grupo, com um combatente do Movimento Amal. De acordo com o ministério da Saúde do Líbano, duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas nos ataques no sul do país. Enquanto isso, Israel reportou a morte de um soldado da Marinha.

No meio da manhã local (madrugada do Brasil), o confronto terminou.

ATAQUE FRUSTRADO

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos neste domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e um grande número de drones contra bases e posições militares israelenses em retaliação ao assassinato de Fuad Shukr, um oficial do Hezbollah morto em um bombardeio de Israel no final de julho.

O grupo afirmou que os disparos atingiram todos os seus alvos, sem dizer quantos. Antes, o Hezbollah havia listado 11 bases e posições israelenses no norte do país e nas Colinas do Golan como alvos.

O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, disse que as rajadas de foguetes tinham como objetivo sobrecarregar os sistemas de defesa aérea de Israel para que os drones pudessem "passar". Mas autoridades israelenses disseram que a maioria dos mais de 150 projéteis foi interceptada por sistemas de defesa aérea. O Hamas, que trava uma guerra com Israel na Faixa de Guerra, elogiou o movimento do grupo.

"O Hezbollah tentou atacar o Estado de Israel com foguetes e drones. Instruímos as Forças de Defesa de Israel a realizar um ataque poderoso e preventivo para eliminar a ameaça", se pronunciou o premiê israelense Binyamin Netanyahu no domingo, enquanto reunia seu gabinete em Tel-Aviv. "Repito, esse não é o fim da história", continuou.

TEMOR DE GUERRA AMPLIADA

O Hezbollah lançou bombardeios em 8 de outubro, um dia após o ataque do Hamas a Israel, e tem trocado disparos com os militares israelenses quase todos os dias desde então.

As tensões se intensificaram após o assassinato de Fuad Shuk, que o grupo prometeu vingar. Israel disse que Shukr foi fundamental em dezenas de ações nos últimos meses, incluindo uma explosão de foguete em um campo de futebol que matou 12 crianças no mês passado em uma vila drusa nas Colinas do Golan. O Hezbollah negou responsabilidade.

O Irã também ameaçou retaliação contra Israel após o assassinato em julho do líder político do Hamas Ismail Haniyeh, que participava da posse do presidente iraniano Masoud Pezeshkian em Teerã.

Os ataques ocorreram no momento em que negociações foram retomadas no Egito visando um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na guerra da Faixa de Gaza. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) cobrou, em publicação no sei perfil no X (antigo Twitter), apoio de políticos de direita sobre a possível apreensão do passaporte de seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). "Por onde andam os candidatos da 'união da direita'"?, escreveu, nesta segunda-feira, 3.

"Surgem novas e absurdas perseguições contra um deputado federal… Coincidentemente, filho de Jair Bolsonaro. É tudo coincidência!" ironizou. Eduardo é alvo de uma notícia-crime de autoria de deputados petistas, que atribui a ele crimes contra a soberania nacional.

Os parlamentares petistas contestam o movimento de articulação do deputado com congressistas dos Estados Unidos por sanções ao Supremo Tribunal Federaç (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes.

A peça enviada ao STF ressalta que o deputado do PL esteve nos EUA três vezes desde a posse de Donald Trump, em janeiro. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhou o caso para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na postagem, Carlos sugeriu que os candidatos a que se refere, sem citar nomes, se apropriam do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL) sem levantar bandeiras caras ao clã Bolsonaro. Entre elas, estão a tentativa de derrubar a inelegibilidade do ex-presidente e a ofensiva contra o Supremo.

Na semana passada, Jair Bolsonaro saiu em defesa de Eduardo, também utilizando o X. Para ele, que está com o próprio passaporte apreendido desde fevereiro do ano passado, a tentativa de confiscar o documento do filho seria uma forma de "criar constrangimento".

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro declarou em entrevista acreditar que terá o passaporte apreendido por conta de um suposto "jogo combinado" entre o Partido dos Trabalhadores (PT), a PGR e Alexandre de Moraes.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), publicou um vídeo em rede social no qual aparece parando o trânsito de automóveis em uma avenida da cidade para colocar a tampa de um bueiro no lugar. A publicação é acompanhada por um pedido para a população ajudá-lo a arrumar e a transformar a cidade "na mais linda e limpa do Brasil".

O vídeo é do último dia 24, mas viralizou nos últimos dias e alcançou 29,4 milhões de visualizações no Instagram. É um dos mais populares no perfil oficial do prefeito.

Para reposicionar a tampa no lugar correto, ele foi auxiliado por três assessores. A gravação provocou uma série de críticas e piadas. Procurada para comentar as reações na internet, a prefeitura de Goiânia não se manifestou. Mabel também não. Se houver comentário, o texto será atualizado.

Ao exibir o prefeito entrando na frente dos carros, o vídeo mostra a via com asfalto esburacado, lixo acumulado na calçada e água de chuva empoçada na margem direita.

"Pessoal, me ajude a arrumar a cidade, hoje andando na T-63 vi uma tampa de esgoto fora do buraco e os carros passando em cima dela. Parei o carro e arrumei junto com meu pessoal. Façam isso pela nossa cidade e vamos todos transformá-la na cidade mais linda e limpa do Brasil", escreveu.

Uma das publicações sobre o caso com maior repercussão tem 4,7 milhões de visualizações, no X. "E o prefeito de Goiânia que postou esse vídeo super natural dele indo salvar a população ajeitando a tampa de bueiro KKKKKKKKKKKKKKKK aí trabalha!!", escreveu o usuário @cleytxnn.

O influenciador Guilherme Neves foi um dos que fizeram graça com a iniciativa. "Agora falando sério. Não é possível que alguém da equipe do marketing gravou esse vídeo e achou que fosse uma boa ideia postar", disse.

A publicação do prefeito soma mais de 9 mil comentários. A maioria põe em xeque a eficiência e as reais intenções do gestor com a iniciativa.

"Daqui a pouco vai mandar o povo tapar os buracos da rua também", disse o internauta Diogo Honorato. "Já trabalhou por hoje, já pode bater o ponto e ir para casa", brincou outro usuário da rede social. "O cara acha que isso é mostrar serviço? Mais parece que está cuidando do quintal no fundo da casa do que de uma cidade", escreveu Leandro Bittes. "E as ruas? Sai do Instagram, rapaz", escreveu Igorshow.

"Prefeito, sua função é fazer gestão administrativa. É garantir que tenha uma equipe eficiente na rua fazendo esse tipo de serviço e fiscalizando. Se posicione como o prefeito da capital do Estado e não como um representante de bairro buscando voto para líder comunitário", escreveu Jeferson Fragoso.

O ex-vice-governador de Minas Gerais Antônio Andrade (MDB) morreu na manhã desta quarta-feira, 5, aos 71 anos. Ele integrou o governo de Fernando Pimentel (PT) no mandato 2015/2019.

Entre 2013 e 2014, Antônio Andrade foi ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Dilma Rousseff (PT). Ele também ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) por três mandatos consecutivos, entre os anos de 1994 e 2002, e foi deputado federal de 2006 a 2014.

Andrade passou seus últimos anos de vida na cidade de Vazante, no noroeste mineiro, de onde foi prefeito entre 1989 a 1992. De acordo com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o corpo dele será velado na Câmara Municipal de Vazante e sepultado na mesma cidade. A causa da morte não foi divulgada.

Ele era engenheiro de formação e atuou também no agronegócio, como produtor rural. Durante sua trajetória política, sempre foi filiado ao MDB.

Em seu perfil no X (antigo Twitter), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse ter recebido a notícia da morte com tristeza. "Meus sentimentos à família e aos amigos", escreveu.

O deputado federal Newton Cardoso Jr. (MDB-MG), presidente da sigla no Estado, publicou uma nota de pesar no Instagram. "Será sempre lembrado por nós, emedebistas, pelo seu trabalho, fidelidade e dedicação ao partido", disse. Ele também afirmou que Antônio Andrade contribuiu "para o desenvolvimento do agronegócio no País".