Ataque aéreo de Israel atinge veículo de ajuda humanitária e deixa mortos em Gaza

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Um míssil israelense atingiu um comboio que transportava suprimentos médicos e combustível para um hospital na Faixa de Gaza na quinta-feira, 29. Ao menos cinco pessoas morreram no ataque. As vítimas estavam em um veículo da ONG Anera, que tem sede nos Estados Unidos e fornece ajuda humanitária no Oriente Médio.

Israel alegou, sem evidências imediatas, que abriu fogo depois que homens armados tomaram o comboio.

"O ataque matou várias pessoas empregadas por uma empresa de transporte que o grupo de ajuda estava usando para levar suprimentos ao Hospital do Crescente Vermelho dos Emirados em Rafah", disse Sandra Rasheed, diretora da Anera para os territórios palestinos.

O ataque aconteceu na estrada Salah al-Din, na Faixa de Gaza, e atingiu o primeiro veículo do comboio.

"O comboio, que foi coordenado pela Anera e aprovado pelas autoridades israelenses, incluía um funcionário da Anera que felizmente saiu ileso", disse Rasheed em uma declaração. "Apesar deste incidente devastador, nosso entendimento é que os veículos restantes no comboio conseguiram continuar e entregar com sucesso a ajuda ao hospital . Estamos buscando urgentemente mais detalhes sobre o que aconteceu', contou a diretora. O grupo planeja divulgar mais informações sobre o caso em breve.

O Exército de Israel não respondeu ao pedido de comentário feito pela The Associated Press. No entanto, o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Avichay Adraee, postou na plataforma social X que "homens armados apreenderam um carro na frente do comboio (um jipe) e começaram a dirigir".

"Após a operação de apreensão e após confirmar a possibilidade de atacar apenas o veículo dos militantes, o ataque foi realizado, pois o restante dos veículos do comboio não foi danificado e atingiu seu alvo de acordo com o plano", escreveu Adraee. "A operação para atingir os militantes removeu o risco de apreender o comboio humanitário."

O militar acrescentou que "a presença de homens armados dentro de um comboio humanitário de forma descoordenada dificulta a segurança dos comboios e de suas equipes e prejudica o esforço humanitário".

Os Emirados Árabes Unidos, que chegaram a um acordo de reconhecimento diplomático com Israel em 2020 e têm fornecido ajuda a Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, não reconheceram imediatamente o ataque.

As forças israelenses abriram fogo contra outros comboios de ajuda na Faixa de Gaza. O Programa Mundial de Alimentos anunciou na quarta-feira que está pausando todo o movimento de funcionários em Gaza até novo aviso sobre as tropas israelenses abrindo fogo contra um de seus veículos marcados, atingindo-o com pelo menos 10 tiros. O tiroteio ocorreu apesar de ter recebido várias autorizações das autoridades israelenses.

Em 23 de julho, a Unicef disse que dois de seus veículos foram atingidos com munição real enquanto esperavam em um ponto de espera designado. Um ataque israelense em abril atingiu três veículos da World Central Kitchen, matando sete pessoas./AP.

Em outra categoria

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.