Eleições nos EUA: 238 políticos do Partido Republicano assinam carta em apoio a Kamala Harris

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Mais de 200 funcionários de quatro candidatos presidenciais republicanos anteriores endossaram a candidatura da democrata Kamala Harris à presidência dos Estados Unidos, alertando que a ideia de um segundo mandato para o candidato republicano Donald Trump é "simplesmente insustentável" e "prejudicará pessoas reais e comuns".

Em uma carta aberta, divulgada pela primeira vez nesta semana pelo USA Today, 238 pessoas que trabalharam para o ex-presidente George H.W. Bush, o ex-presidente George W. Bush, o ex-senador do Arizona John McCain e o senador do Utah Mitt Romney convocam seus colegas "republicanos moderados e independentes conservadores" para se juntarem a eles no apoio a Harris e seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota Tim Walz, em vez de Trump e sua escolha para vice-presidente, o senador JD Vance, de Ohio.

"É claro que temos muitas divergências ideológicas honestas com a vice-presidente Harris e o governador Walz", escreveram os republicanos, observando a importância de alguns estados de batalha que se mostraram cruciais para a pequena margem de vitória do democrata Joe Biden em 2020. "Isso era de se esperar. A alternativa, no entanto, é simplesmente insustentável."

Os signatários incluem Reed Galen, que atuou nas campanhas de George W. Bush e McCain e que cofundou o grupo anti-Trump The Lincoln Project, e Olivia Troye, ex-funcionária de George W. Bush e conselheira de segurança interna do vice-presidente de Trump, Mike Pence. A gama de empregos representados abrange desde chefe de gabinete até estagiário.

"Mais quatro anos de liderança caótica de Donald Trump", alertam os signatários, "desta vez focados em promover os objetivos perigosos do Projeto 2025, prejudicarão pessoas reais e comuns e enfraquecerão nossas instituições sagradas." A carta continua alertando que "movimentos amplos e democráticos serão irreparavelmente comprometidos enquanto Trump e seu ajudante JD Vance se curvam a ditadores como Vladimir Putin enquanto viram as costas para nossos aliados".

Em uma declaração, o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, chamou a carta de "hilária porque ninguém sabe quem são essas pessoas". "Eles preferem ver o país queimar do que ver o presidente Trump retornar com sucesso à Casa Branca para tornar a América grande novamente", acrescentou Cheung.

Muitos dos mesmos signatários também emitiram uma carta em 2020 apoiando a candidatura de Biden em vez de Trump.

Atrair apoio do outro lado do corredor político se tornou uma tática para Trump e Harris à medida que o dia da eleição, 5 de novembro, se aproxima. Vários republicanos, incluindo Mesa, Arizona, o prefeito John Giles, o ex-deputado Adam Kinzinger de Illinois e a ex-secretária de imprensa de Trump, Stephanie Grisham, falaram a favor de Harris na Convenção Nacional Democrata da semana passada em Chicago.

Nos últimos dias, Robert F. Kennedy Jr., que recentemente suspendeu sua candidatura presidencial independente, e a ex-deputada Tulsi Gabbard do Havaí, ambos considerados membros marginais do Partido Democrata antes de saírem, apoiaram Trump. Na terça-feira, 27, o porta-voz da campanha de Trump, Brian Hughes, disse que Kennedy e Gabbard foram adicionados à equipe de transição Trump-Vance.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.

Ainda internado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para publicar uma foto do abdômen aberto, com um grande corte que deixou seu intestino à mostra, quando foi submetido a cirurgia dias atrás.

"Como estavam as alças intestinais após o acesso à cavidade abdominal e liberação parcial das aderências", descreveu Bolsonaro, no X (antigo Twitter).

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11 do mesmo mês, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Perto das 21h20 de sábado, 3, a imagem visceral tinha 207,7 mil visualizações e cerca de 4 mil curtidas. A foto, bastante forte, despertou reações negativas de uma boa parte dos seguidores de Bolsonaro no X.

"Pô, Sr. Ex-Presidente, que indelicadeza essa publicação aparecer no meu feed. Precisava? Acho que não", criticou o internauta @LZerØ. "Pow Bolsonaro, essa foto é muito forte. Votei e voto em você mas apaga isso pow kkkk", escreveu @Iagosalva55. "Eu nunca pensei em ver as tripas do Bolsonaro em um sábado a noite", afirmou @Levi_A17.

Houve também apoiadores do foto. "Mostra sim! Temos assistido coisas muito mas muito mais chocantes que essas imagens, que é a perseguição dentro do leito de hospital! Pessoas que querem usar um momento delicado desses, contra o Senhor!", disse @TruthScopeBr.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter alta hospitalar neste domingo, 4, segundo a expectativa de auxiliares. Ainda assim, o entorno do ex-presidente quer esperar até amanhã para ter certeza do andamento da recuperação.

O boletim divulgado neste sábado, 3, pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, informou que Bolsonaro está em acompanhamento pós-operatório e que segue estável clinicamente, sem dor ou febre, e com pressão arterial controlada. O ex-presidente passou da nutrição parenteral (endovenosa) para a dieta pastosa.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter alta hospitalar neste domingo, 4, segundo a expectativa de auxiliares. Ainda assim, o entorno do ex-presidente quer esperar para ter certeza do andamento da recuperação.

Em entrevista à CNN Brasil mais cedo neste sábado, 3, Bolsonaro também falou sobre a possibilidade de deixar o Hospital DF Star logo. "Tenho enormes chances de ter alta amanhã (domingo)", disse Bolsonaro.

O boletim médico divulgado pela manhã deste sábado pelo hospital em que o ex-presidente está internado já dizia que ele poderia ter alta "nos próximos dias".

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. "(O ex-presidente) segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Permanece a orientação de restrição de visitas, com previsão de alta hospitalar nos próximos dias", afirmou a equipe médica.

Nas redes sociais, Bolsonaro também comentou que suspendeu a alimentação pela veia (nutrição parenteral). "Fase delicada para intensificação do funcionamento do sistema digestório que vai respondendo como esperado, assim como os soluços sendo controlados", disse em postagem no X (antigo Twitter).

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.