Titanic: novas imagens de expedição mostram deterioração de parte do 'corrimão de Jack e Rose'

Internacional
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Novas imagens do Titanic divulgadas na última segunda-feira, 2, pela RMS Titanic, empresa que detém os direitos de exploração sobre os destroços do naufrágio do navio, ocorrido há 112 anos, revelam que 4,5 metros do corrimão à bombordo, logo atrás de sua proa icônica, se desprenderam no fundo do oceano. Trata-se do mesmo corrimão que aparece em uma das mais clássicas cenas do filme "Titanic" (1997), dirigido por James Cameron. No filme, os personagens Rose DeWitt Bukater, vivida pela atriz Kate Winslet, e Jack Dawson, vivido por Leonardo DiCaprio, aparecem de braços abertos na proa do navio.

"Desde filmes até a literatura, o casco imponente do Titanic tornou-se um elemento fundamental na história e imagética do grande transatlântico. Por décadas, a proa foi um testemunho da resiliência de sua força e orgulho. A mudança drástica na imagem celebrada é um lembrete de que o Titanic está se deteriorando, fortalecendo nossa resolução de preservar seu legado", informou a RMS Titanic.

O corrimão ainda estava de pé até 2022. "Estamos tristes pela perda do icônico corrimão de proa e outras evidências de decaimento que apenas fortaleceram nosso compromisso em preservar o legado do Titanic", disse Tomasina Ray, diretora de coleções para a empresa.

A expedição também localizou uma estátua de bronze que não era vista por décadas e acreditava-se que estava perdida: a estátua "Diana de Versalhes", vista pela última vez em 1986, que agora tem uma imagem clara e atualizada, disse a empresa.

A RMS Titanic, com sede na Geórgia, concluiu sua primeira viagem ao Titanic desde 2010 entre os meses de julho e agosto deste ano. A equipe passou 20 dias no local e retornou a Providence, Rhode Island, em 9 de agosto. Eles capturaram mais de 2 milhões de imagens de alta resolução do local. As descobertas desta viagem mais recente "mostram uma mistura agridoce de preservação e perda", disse a empresa.

A viagem para o remoto canto do Oceano Atlântico Norte, onde o Titanic afundou, aconteceu enquanto a Guarda Costeira dos EUA investiga a implosão do submersível Titan, que ocorreu em junho de 2023. De propriedade da empresa chamada OceanGate, o desastre matou todas as cinco pessoas a bordo, incluindo Paul-Henri Nargeolet, que era diretor de pesquisa submarina para a RMS Titanic.

Mapeamento

A equipe também mapeou completamente o naufrágio e seu campo de destroços com equipamentos que devem melhorar o entendimento do local. O próximo passo é processar os dados para que possam ser compartilhados com a comunidade científica, para que "artefatos historicamente significativos e em risco possam ser identificados para recuperação segura em futuras expedições", disse a RMS Titanic.

A empresa afirmou antes da expedição que tinha uma missão especialmente importante após a morte de Paul-Henri Nargeolet na implosão do Titan.

A investigação da Guarda Costeira sobre o Titan será objeto de uma audiência pública no final de setembro. A família de Nargeolet entrou com uma ação por homicídio culposo contra a operadora do submarino, OceanGate, que suspendeu as operações após a implosão. A OceanGate não comentou publicamente sobre a ação, que foi movida em um tribunal estadual de Washington. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), lidera o ranking de aprovação entre os chefes de Ministérios do governo Lula, de acordo com uma pesquisa da AtlasIntel. O levantamento aponta que Tebet é a mais bem avaliada pelos brasileiros, enquanto o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, registra a maior rejeição.

Com 62% de aprovação, Tebet se destaca como a ministra mais bem avaliada, seguida por Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania, ambos com 54%. Wellington Dias, responsável pela Assistência Social, aparece com 51%, enquanto Ricardo Lewandowski, da Justiça, soma 47% de aprovação.

Na outra ponta, Juscelino Filho lidera a rejeição, sendo avaliado negativamente por 70% dos entrevistados. Anielle Franco, da Igualdade Racial, aparece em seguida, com 59% de reprovação. Já Fernando Haddad, da Fazenda, Carlos Lupi, da Previdência Social, e André Fufuca, dos Esportes, registram um índice de desaprovação de 55% cada.

A pesquisa ouviu 2.595 pessoas entre os dias 24 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre a necessidade de uma reforma ministerial no governo Lula. A maioria, 58%, afirmou que o presidente deve promover mudanças na equipe, enquanto 30% defenderam a manutenção dos atuais ministros e 12% não souberam opinar.

Quando perguntados sobre o impacto dessas possíveis alterações, 51% acreditam que trocas na equipe podem melhorar o governo, ao passo que 29% consideram que não haveria diferença significativa, e 20% não souberam responder.

Entre as prioridades para uma eventual reforma, a melhoria na articulação política foi apontada como a mais urgente, mencionada por 34% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a busca por maior eficiência na gestão pública (28%) e a substituição de ministros com altos índices de rejeição (22%).

O presidente Lula deu início a sua reforma ministerial na última semana. Nísia Trindade deixou o comando do Ministério da Saúde, sendo substituída por Alexandre Padilha, que, por sua vez, abriu espaço para Gleisi Hoffmann assumir a Secretaria de Relações Institucionais.

O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia (Democracy Index) de 2024, elaborado pela empresa de inteligência da The Economist, ficando agora no 57º lugar.

No capítulo dedicado ao Brasil, intitulado 'democracia brasileira em risco', o estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido problemático, o que levou a Suprema Corte a "passar do limite".

O documento diz que a questão chegou ao auge em agosto de 2024, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio à empresa de mídia social X porque representava uma "ameaça direta à integridade do processo democrático" antes das eleições locais nacionais de outubro de 2024.

"Restringir o acesso a uma grande plataforma de mídia social dessa forma por várias semanas não tem paralelo entre países democráticos. A censura de um grupo de usuários ultrapassou os limites do que pode ser considerado restrições razoáveis à liberdade de expressão, especialmente no meio de uma campanha eleitoral", argumenta o texto. E acrescenta: "Tornar certos discursos ilegais, com base em definições vagas, é um exemplo de politização do judiciário".

Na sequência, a The Economist cita um levantamento do Latinobarómetro de 2023 sobre liberdade de expressão que apontou que 64% dos brasileiros afirmaram que ela "é mal garantida ou não é garantida", porcentual que estaria acima da média regional de 45%.

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%.

A pontuação do Brasil, segundo a pesquisa, também foi afetada negativamente por novos detalhes da "suposta tentativa de golpe" em 2022 contra o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e membros do STF, que teria sido organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do alto escalão das Forças Armadas, que negam irregularidades.

"O plano de golpe também sugere que há uma tolerância perturbadora à violência política no Brasil que está ausente em democracias mais consolidadas", afirma a pesquisa.

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, Mianmar e Afeganistão ocupam as três ultimas posições, de uma lista de 167 países.

O procurador Carlos Alberto de Souza Almeida, que atua junto ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), foi condenado a devolver R$ 4,5 milhões que recebeu em salários retroativos e indenização.

O Estadão busca contato com o procurador.

O valor engloba vencimentos referentes ao período em que aguardou ser convocado no concurso público (1999-2005) e uma indenização por dano moral pela "nomeação tardia".

O montante a ser restituído aos cofres públicos pode chegar a R$ 7 milhões considerando juros e correção monetária. Como a decisão foi tomada na primeira instância, ele pode recorrer.

Carlos Aberto só foi classificado depois de conseguir anular judicialmente questões da prova, o que ocorreu em dezembro de 2005, seis anos após o concurso. Em um dos ofícios no processo, ele chegou a renunciar "a quaisquer efeitos pecuniários que lhe possam atribuir a sentença".

Em 2018, quando já estava no cargo, o procurador deu entrada em um processo administrativo para receber "vencimentos e outras parcelas remuneratórias conexas, não percebidas no período de 17/06/1999 a 30/12/2005", além da indenização por dano material.

O pedido foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Amazonas e as parcelas foram depositadas entre outubro de 2018 e outubro de 2019.

A juíza Etelvina Lobo Braga, da Vara da Fazenda Pública de Manaus, afirma na sentença que o procurador "agiu de forma temerária e com prática duvidosa, quando postulou direitos aos quais ele mesmo já havia expressamente renunciado".

A decisão afirma ainda que a ordem de pagamento do Tribunal de Contas é "flagrantemente indevida".

"A nomeação e posse decorrente de ordem judicial, bem como ulterior exercício no cargo de Procurador de Contas, do requerido Carlos Alberto de Souza Almeida, não se deram de forma tardia, mas sim por ordem judicial, que não deveria gerar direito à indenização, razão pela qual houve equívoco e ilegalidade da Corte de Contas, que não atentou, também, à renúncia expressa firmada nos autos pelo candidato", diz a sentença.