Navio da Nova Zelândia afunda na Oceania com dezenas de pessoas a bordo

Internacional
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Um navio da Marinha da Nova Zelândia encalhou no último sábado, 5, pegou fogo e afundou na costa de Samoa. Todas as 75 pessoas que estavam a bordo do HMNZS Manawanui foram tiradas em segurança por meio de botes salva-vidas. .

O navio, um dos apenas nove da Marinha da Nova Zelândia, foi o primeiro que o país perdeu no mar desde a Segunda Guerra Mundial. Oficiais em Samoa estão avaliando o impacto ambiental na área onde o navio afundou, segundo um comunicado emitido pelo primeiro-ministro interino Tuala Tevaga Iosefo Ponifasio - um derramamento de combustível é considerado "altamente provável".

Os passageiros do navio eram militares e cientistas. Segundo o contra-almirante Garin Golding, chefe da Marinha da Nova Zelândia, eles tiveram de enfrentar "condições desafiadoras" e a escuridão para deixar o navio. Ele afirmou ainda que a embarcação passou por uma manutenção usual antes de entrar em operação. Já o capitão era um comandante experiente e trabalhava no navio havia dois anos.

O HMNZS Manawanui estava distante cerca de dois quilômetros da costa quando encalhou em um recife e começou a inundar. Os primeiros sobreviventes demoraram cinco horas para chegar à terra firme. Do total, 18 pessoas tiveram ferimentos, sendo que uma delas teve que ser encaminhada a um hospital, mas logo foi liberada. Um avião da Força Aérea da Nova Zelândia levando os passageiros pousou nesta segunda-feira, 7, em Auckland..

Investigação

A Nova Zelândia informou que abrirá um inquérito para descobrir o motivo do acidente. Embora a causa ainda não seja oficialmente conhecida, a Ministra da Defesa, Judith Collins, disse ao portal de notícias local 1News que a embarcação teve uma pane no fornecimento de energia, o que pode ter levado ao seu encalhe. O navio especializado em mergulho e hidrografia estava em serviço para a Nova Zelândia desde 2019. Antes disso, ele ficou 20 anos com a Noruega. Ele foi comprado por 100 milhões de dólares neozelandeses (R$ 334,2 milhões) em 2018, e não tinha seguro.

A embarcação estava mapeando um recife na costa de Upolu, a ilha mais populosa de Samoa, quando encalhou. Fotos e vídeos tirados da costa mostram o navio inclinando antes de desaparecer completamente abaixo das ondas, com uma grande coluna de fumaça subindo onde ele afundou. Judith disse no domingo, 6, que não esperava que o navio pudesse ser recuperado. "Este é um navio que, infelizmente, está praticamente perdido", disse Judith aos repórteres.

Em entrevista à Radio New Zealand nesta segunda, a ministra afirmou que a embarcação estava com muito combustível, e os esforços agora se concentram em avaliar o possível impacto ambiental. Ela disse ainda que o país "obviamente assumirá" se o dano ambiental for confirmado.

O estado da embarcação gerou avisos da agência de defesa, que, em um relatório de março, alertou sobre o envelhecimento do equipamento militar. O mesmo documento descreveu a Marinha do país como "extremamente frágil", com navios parados por problemas de falta de pessoal para repará-los e mantê-los. Dos oito navios restantes da força naval da Nova Zelândia, atualmente apenas cinco estão operacionais.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), defendeu em entrevista à Rádio Eldorado nesta sexta-feira, 2, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indique ainda neste ano quem deverá disputar a eleição presidencial de 2026 pelo seu grupo político. O ex-chefe do Executivo federal está inelegível até 2030.

Ciro Nogueira afirmou que a definição ajudaria nos preparativos para a campanha se o escolhido for alguém que esteja exercendo algum mandato agora, como o de governador.

Na avaliação de Ciro, a definição só ficaria para o ano que vem em caso de escolha de alguém da família do ex-presidente para a disputa.

À Rádio Eldorado, Ciro Nogueira também negou o envolvimento de Bolsonaro com a tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula, alegando ter recebido ordens do ex-presidente, como seu ministro da Casa Civil, para conduzir a transição para o novo governo.

Bolsonaro está inelegível desde junho de 2023 quando o Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores em que atacou o sistema eleitoral do País, sem apresentar nenhuma prova. Em outubro do mesmo ano, ele foi condenado mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de 7 de Setembro em 2022, por usar a data para fazer campanha eleitoral, segundo o entendimento dos magistrados.

Fraude no INSS e União Progressista

O presidente do PP também anunciou que deve ser apresentado no Senado, na próxima semana, um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes no INSS. Já há um requerimento nesse sentido na Câmara, mas Ciro argumenta que, no caso de uma comissão mista, a instalação é obrigatória e mais rápida.

Questionado se a apuração também envolveria o governo de Jair Bolsonaro, já que as investigações da Polícia Federal apontam que já existia um esquema de descontos de aposentadorias e pensões naquele período, o senador disse que a CPMI deveria investigar "o tempo que for necessário".

Ciro afirmou, ainda, ser favorável à saída do governo Lula dos quatro ministros que são do União Brasil e do PP. Os dois partidos anunciaram nesta semana a formação de uma nova federação, chamada União Progressista, que terá a maior bancada na Câmara e no Senado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir na tarde desta sexta-feira, 2, com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, diz o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG). O governo passa por desgaste diante da investigação sobre a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A reunião, segundo o PDT, está marcada para às 16h.

A permanência do ministro no cargo está entre os pontos da reunião. A possível saída de Lupi do governo desagrada ao PDT, que pode deixar a base do governo.

Ao Estadão, nesta quinta-feira, 1º, o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), fez críticas ao tratamento dado pelo governo ao ministro pedetista.

"Eu defendo essa posição (a saída do PDT da base). Minha bancada, até onde sei, todos defendem essa posição. É claro que não depende só exclusivamente de mim, mas essa é a posição que defenderei", afirmou.

Na avaliação dele, o governo vem adotando posição duvidosa na condução da crise. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado. Poucas horas após essa entrevista, Lula nomeou o procurador federal Gilberto Waller Junior como novo presidente do INSS, sem consultar Lupi.

Como mostrou o Estadão nesta quarta-feira, 30, Lula determinou uma intervenção no INSS. O presidente não só escolheu o procurador federal Gilberto Waller Júnior para o cargo de presidente do órgão, em substituição a Alessandro Stefanutto - demitido após a revelação do esquema -, como solicitou o aprofundamento das investigações sobre o desvio de recursos.

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagaram a Operação Sem Desconto, que identificou um esquema fraudulento de deduções indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

O valor em deduções indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a PF. Mas, se retroagir a data até 2016, esse valor sobe para quase R$ 8 bilhões referentes a descontos sem autorização.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, embarcou rumo a Moscou, na Rússia, nesta sexta-feira, 2, partindo com seis dias de antecedência em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva oficial.

A aeronave, um Airbus C-30 (A330-243) da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou da base aérea de Brasília às 10h13 (horário de Brasília), com estimativa de pouso na capital russa depois das 5h (horário de Moscou) de sábado, 3, segundo o aplicativo Flightradar24.

O presidente Lula tem chegada prevista à capital da Rússia em 8 de maio, onde participará, ao lado de Vladimir Putin, das celebrações do Dia da Vitória, comemorado em 9 de maio. A data marca os 80 anos do triunfo sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A comitiva oficial fica no país até 10 de maio.

Depois da Rússia, Lula deve ir à China para participar do IV Fórum China-CELAC.

Questionada pela reportagem sobre o motivo da viagem antecipada, a assessoria de Janja não respondeu até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.