Parques de Orlando serão reabertos na sexta-feira após interrupção pelo furacão Milton

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Os parques temáticos da Flórida, incluindo os da Walt Disney World, Universal Orlando e SeaWorld, planejaram reabrir nesta sexta, 11, após uma avaliação dos efeitos do furacão Milton.

A Disney World disse, em um comunicado, que seus parques temáticos, Disney Springs e, possivelmente, outras áreas estarão abertos. Os parques informaram que alguns eventos especiais de Halloween não serão oferecidos e não estarão necessariamente em pleno funcionamento na sexta-feira, mas que o público é bem-vindo de volta.

Quando o furacão Milton chegou à costa como uma grande tempestade na quarta-feira, todos os três parques de Orlando fecharam, prejudicando as férias de dezenas de milhares de turistas, muitos dos quais hospedados em hotéis. O SeaWorld fechou durante toda a quarta-feira, já a Disney World e a Universal fecharam no período da tarde. Todos os três ficaram sem funcionar nesta quinta-feira.

O Aeroporto Internacional de Orlando, o sétimo mais movimentado do país e o de maior em volume de tráfego da Flórida, planeja retomar as chegadas domésticas esta noite e as partidas na manhã de sexta-feira. O aeroporto interrompeu as operações comerciais ontem.

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O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), que se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última terça-feira, 15, durante a cerimônia que marcou a sanção do projeto de lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel, afirmou em entrevista à CNN Brasil que não se arrepende do encontro e do discurso elogioso feito no evento.

Na ocasião, o ex-vice-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, embora a maioria dos evangélicos não tenha votado em Lula, eles estão "entre os brasileiros mais beneficiados pelos programas sociais de seu governo". Ele citou o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida como exemplos de políticas que ajudam "essa gente humilde e temente a Deus".

"É preciso reconhecer programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, o ProUni, entre outros. Esses programas atingem uma boa parcela de nós, evangélicos, um povo que faz parte da base da pirâmide social. Não se tratava de elogios, mas de um reconhecimento", declarou o deputado à emissora.

O parlamentar, que se autodefine como "conservador, de direita e evangélico", destacou que o PT enfrenta dificuldades na comunicação com o eleitorado religioso. Segundo ele, o voto dos evangélicos é "baseado em princípios" e, enquanto Lula estiver associado à "pauta identitária e progressista", continuará enfrentando resistência desse público.

"Enquanto Lula estiver envolvido com essa pauta (...), ele pode até ter reconhecimento, mas não terá o voto dos evangélicos. Eu reconheço Lula, mas não voto nele. Por que se envolver em questões que o afastam da igreja?", questionou.

A presença de Otoni no evento no Palácio do Planalto gerou críticas dentro da base bolsonarista. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos que atacaram o colega, classificando os seus agradecimentos ao petista como uma "atitude patética".

O parlamentar minimizou as críticas, defendendo que as lideranças evangélicas precisam seguir um novo caminho, sem vínculo com Lula ou Bolsonaro. Para ele, "a igreja foi tomada por uma paixão política, da qual eu mesmo já participei, mas agora precisa voltar à sua missão e papel". Ele também afirmou que, em alguns templos, "defender Bolsonaro parece mais importante do que defender a fé".

Na quinta-feira, 17, durante entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador, Lula fez uma provocação a Otoni.

"O deputado foi lá e fez uma declaração dizendo que não votou em mim, que muitos evangélicos não votaram em mim, mas que reconhece que tudo para os evangélicos foi feito por mim. Deu vontade de perguntar: se você reconhece isso, por que votou no Bolsonaro?", questionou o presidente, que observou que as declarações de Otoni a seu favor fizeram o deputado ser "triturado" por bolsonaristas.

Seis dias antes da cerimônia no Planalto, Otoni tinha dito que o governo do PT era antissemita por não querer fazer negócios com Israel. Como mostrou a Coluna do Estadão, a declaração deixou auxiliares de Lula surpresos, já que ele é considerado ponte entre o governo e o mundo evangélico. Nas eleições municipais no Rio, por exemplo, o deputado apoiou a reeleição de Eduardo Paes (PSD), aliado de Lula, contra Alexandre Ramagem (PL), candidato do bolsonarismo.

O Partido Liberal (PL) expulsou o deputado federal cearense Júnior Mano, que organizou nesta quarta-feira, 16, um encontro entre prefeitos para sinalizar apoio a Evandro Leitão, candidato petista que concorre à prefeitura de Fortaleza no segundo turno contra André Fernandes (PL).

Além do deputado e de outros 41 prefeitos, participaram do encontro o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o ex-governador do Estado e ministro da Educação Camilo Santana.

Nas redes sociais, Mano disse estar surpreso com a decisão. Segundo ele, sua expulsão teria sido um pedido direto do ex-presidente Jair Bolsonaro ao presidente estadual da legenda, Carmelo Neto. O deputado ressaltou seus feitos, declarou "gratidão e lealdade" a Valdemar Costa Neto, mas se posicionou oficialmente a favor do petista.

"Diante todos os fatos que tem ocorrido na capital, dessas candidaturas, eu resolvi sim tomar uma posição e apoiar o amigo Evandro Leitão. Voto no Evandro não é porque ele é do PT, não. Eu voto no Evandro porque ele é o melhor para Fortaleza. Evandro já mostrou com a sua capacidade de diálogo, sua capacidade de atender as pessoas, de atender a classe política e de atender aquelas pessoas que mais precisam. [...] Eu tenho certeza que a capital terá um grande prefeito pelos próximos quatro anos", afirmou o parlamentar.

Costa Neto, presidente do PL, disse ter conversado com o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara, e declarou que "era impossível acreditar no que estava vendo". "Júnior sempre foi parceiro. Parece que o André não pediu apoio a ele e por isso ele teria tomado essa decisão", afirmou.

Questionado se Mano e Fernandes teriam uma boa relação, o ex-deputado disse achar que não, mas acrescentou que isso "não é motivo para tomar uma decisão dessas". A assessoria de Júnior Mano afirmou "nunca ter percebido algo do tipo" entre os dois e disse que, caso Fernandes não tenha de fato pedido o apoio do deputado no segundo turno, ele não teria sido "muito inteligente".

Apesar de ser do partido que abriga boa parte dos políticos ligados ao bolsonarismo, Júnior Mano integra a ala governista da sigla, que tem sofrido punições internas na Câmara dos Deputados. Ele já havia sido suspenso das comissões da Casa por ter votado a favor da reestruturação ministerial.

A Justiça Eleitoral rejeitou o pedido feito pela campanha de Guilherme Boulos (PSOL) para impedir a divulgação da pesquisa Datafolha que, na semana passada, mostrou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) à frente com 55% das intenções de voto, contra 33% do psolista. De acordo com o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, não foram encontrados "deficiência técnica ou indício de manipulação".

Na decisão divulgada nesta quinta-feira, 17, o juiz pediu ainda que o Ministério Público Eleitoral se manifeste e que o Datafolha apresente a defesa no processo. "A pesquisa já foi divulgada em 10 de outubro, e a liminar almejada é demasiadamente drástica. Mais razoável que a análise seja realizada sob o crivo do contraditório, após a defesa do requerido e a oitiva do Ministério Público Eleitoral. Talvez seja necessária inclusive eventual prova pericial", escreveu Colombini.

A campanha de Boulos havia pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que o Datafolha prestasse esclarecimentos sobre a pesquisa realizada nos dias 8 e 9 de outubro, alegando que o instituto "não informou alterações realizadas fora do registro no TSE".

A equipe do psolista acredita que as alterações citadas teriam beneficiado Nunes. Segundo a campanha, as ponderações utilizadas pelo instituto não haviam sido informadas ao TSE. No pedido, a campanha destacou "uma diferença de 11,5 pontos percentuais entre o resultado direto dos questionários e aquele divulgado ao público, apresentando cenário que não condiz com a realidade dos dados colhidos ao eleitorado".

Para a campanha, o instituto não detalhou todos os usos de ponderação ao TSE. "A pesquisa Datafolha registrada no TSE previa este tipo de ponderação, mas apenas para as informações de gênero, idade e escolaridade".

O instituto utilizou a ponderação sobre em quem os eleitores votaram no primeiro turno das eleições e em quem votariam no segundo nas respostas dos entrevistados que haviam escolhido Pablo Marçal (PRTB). No levantamento contestado pela campanha psolista, 84% dos eleitores que afirmaram ter votado em Marçal no primeiro turno tendiam a votar em Nunes, enquanto Boulos ficou com apenas 4% desse eleitorado.

A mais recente pesquisa do Datafolha sobre a eleição paulistana, divulgada na última quinta, 17, traz o atual prefeito com 51% e o deputado federal com os mesmos 33% do levantamento anterior.