Para Eurasia, cresce possibilidade de Trump, se perder, tentar confundir resultado eleitoral

Internacional
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Chefe de pesquisa e diretor para os Estados Unidos (EUA) da Eurasia Group, o analista político Jon Lieber, discorreu nesta segunda-feira, 14, sobre a possibilidade crescente de o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, tentar confundir o resultado da eleição, caso venha sofrer derrota para a democrata Kamala Harris.

Para ele, o ambiente de uma campanha apertada, bastante parelha, abre espaço para o republicano voltar a contestar o resultado da eleição, em caso de vitória de Kamala Harris.

"A campanha eleitoral nos EUA está muito parelha, com Harris pouco à frente nas regiões mais indecisas. Mas Kamala não é tão boa na campanha. É uma disputa entre uma vice-presidente e um ex-presidente. Trump está um pouco há frente, com algo como 55%, mas a eleição está muito indefinida", avalia Lieber, participante do Itaú BBA Macro Vision 2024, evento realizado em São Paulo.

De acordo com o analista da Eurasia Group, os dois candidatos começam agora a disputar os Estados pêndulos, mas na avaliação dele, tanto Trump quanto Harris pode vencer nestas localidades.

Em Estados como o Arizona, por exemplo, onde há problemas com imigração, as propostas de Trump são mais aceitas. Por outro lado, o discurso de Trump acaba por afastar os mais jovens.

Para Lieber, o resultado da eleição nos Estados Unidos deverá ser conhecido no meio da semana da eleição e não no mesmo dia da eleição. Ele lembrou que na eleição em que Trump disputou com Hilary Clinton, a democrata acabou reconhecendo a vitória do republicano no meio da noite do dia da votação.

O mesmo não ocorreu quando Trump foi derrotado por Joe Biden. "Até hoje Trump não reconheceu a vitória de Biden. Há muita chance de Trump confundir o resultado da eleição. Não acredito que Harris faria isso", disse o diretor para os Estados Unidos da Eurasia Group.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.