Durante todas as sextas-feiras de julho, sempre às 15h, o Circuito Spcine passa por 20 Casas de Cultura, da Prefeitura de São Paulo, com sessões de cinema gratuitas para crianças. A programação faz parte da 4ª edição do Férias Culturais e apresenta animações infantis nacionais.

Para essa edição, quatro filmes foram selecionados. Ábar e sua banda, animação brasileira que conta a história de Abá, um jovem príncipe que sonha em ser músico. Em uma de suas aventuras conhece Ana, uma garota que toca bateria, e percebe ali a oportunidade de formar uma banda ao lado do amigo de infância, Juca. É assim que começa o desafio de tocar no Festival da Primavera e de enfrentar Don Coco, líder da cidade, que quer acabar com a diversidade que existe no local.

Com gênero de comédia, a animação de 2023, Tromba Trem, mostra um elefantinho carismático chamado Gajah, que perde a memória. Sua perda de lembranças o coloca em uma enrascada já que ele se torna o principal suspeito de uma série de raptos misteriosos. Para desvendar esse mistério, ele terá que contar com a ajuda de seus antigos amigos de antes da fama: um grupo de cupins obstinados que moram em uma colônia e Duda, uma tamanduá vegetariana.

Teca e Tuti é um longa-metragem premiado que levou 12 anos para ser produzido e quase 30 mil fotos para o stop motion. Com temáticas de educação e leitura, o filme conta a história de Teca, uma pequena traça, e Tuti, seu ácaro de estimação, que vivem com sua família numa caixinha de costura. O drama começa quando Teca, que como toda traça, adora comer papel mas, como também é fã de uma boa história, percebe que os livros não podem virar refeição.

Fechando a programação, o clássico Arca de Noé. Animação brasileira inspirada nas canções do álbum "Arca de Noé" de Vinicius de Moraes. A história segue os ratos Tom e Vini, que embarcam na Arca e enfrentam desafios durante o dilúvio, usando a música como arma. O filme tem direção de Sérgio Machado e Alois Di Leo, e conta com dublagem famosa, incluindo Marcelo Adnet, Rodrigo Santoro, Alice Braga e Lázaro Ramos.

É a partir de iniciativas como essa, que busca oferecer entretenimento durante as férias escolares, que crianças de diversos pontos da cidade podem ampliar o seu repertório cultural e estimular a imaginação. Além de ser uma forma de manter as famílias unidas e influenciá-las a consumir atividades gratuitas oferecidas pela Prefeitura de São Paulo.

Além do especial com o Circuito Spcine, o Férias Culturais tem programação repleta de atividades lúdicas durante todo o mês, com oficinas artísticas, shows de mágica, brinquedos infláveis e pintura facial. Pensando em oferecer lazer e cultura, o projeto estimula a ocupação de espaços culturais.

Há 12 anos, a Fábrica de Cultura Jaçanã fomenta as transformações culturais e sociais no território. Desde 2013, a unidade atua como espaço cultural e centro de formação com acesso à música, teatro, dança e outras expressões artísticas. Para celebrar essa trajetória, o Festival Batucada & Melodia no coração do Jaçanã, reúne artistas que fazem parte dessa história e que ajudam a contar no palco uma narrativa marcada por encontros, parcerias e descobertas musicais que moldaram a identidade da unidade. A Fábrica de Cultura é um programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciado pela Organização Social Poiesis.

Para celebrar em grande estilo, a festa — marcada para 30 de agosto, às 14h, na unidade — apresenta uma seleção de artistas que representa os dois gêneros mais pulsantes do território: o rap, voz presente no cotidiano e na juventude da região, e o samba, tradição que há décadas embala festas e rodas, que mantêm viva a memória cultural do bairro.

O rapper Edi Rock, um dos fundadores dos Racionais MC’s, é o grande nome da noite. Nascido e criado no Jaçanã, ele volta ao bairro como referência nacional no rap e na luta social, cuja trajetória inspira gerações com letras que traduzem a realidade das periferias e exaltam o orgulho da cultura negra. Ao seu lado no palco, artistas como André Átila e Thig, com parcerias musicais com Edi Rock, participam do show. Vale destacar que André conta com uma ligação direta com a Fábrica: já participou de aulas de audiovisual e violão, além de gravar músicas no estúdio da unidade e transformar os aprendizados em carreira.

A batucada fica completa com a animação do Pagode da Jova com João Fernandes, grupo que leva alegria, resistência e o batuque da periferia, além de receber no palco artistas de diferentes ritmos do território da Jova e do Hebrom, que participaram e contribuíram para a trajetória da Fábrica de Cultura Jaçanã. Para incendiar o palco com a energia do carnaval, o festival recebe a escola de samba Acadêmicos de São Jorge, agremiação que pulsa na Zona Norte, pilar cultural e social da comunidade. Alguns dos integrantes são presença constante nas trilhas de música e economia criativa, como costura e produção de esculturas oferecidas pela unidade.

O ritmo e a autenticidade continuam com Royce do Cavaco, Projeto Soul Samba e convidados, que misturam a cadência do samba e criam uma experiência única e envolvente. A festa também contará com a discotecagem aos intervalos de DJ Batata’Killa; e a presença de Alan Cruz e os Cangaçeiros, com um repertório de MPB que dialoga com a formação recebida no espaço.

Os grupos convidados para celebrar o aniversário da Fábrica de Cultura Jaçanã destacam-se pelo vigor com que exercem a arte, produzem música, performances e videoclipes que enriquecem a cena cultural local. Muitos artistas da região desenvolveram suas criações nos Ateliês e Trilhas, com o uso de instrumentos, estúdios e espaços de produção que fomentam a criatividade, fortalecem a cultura da comunidade e inspiram novas gerações.

Confira a programação completa:

  • 14h - Agremiação Recreativa Escola de Samba Acadêmicos de São Jorge
  • 15h30 - Alan Cruz e os Cangaçeiros
  • 17h - Pagode da Jova com João Fernandes
  • 18h30 - Projeto Soul Samba
  • 20h - Edi Rock e convidados
    Com DJ Batata’Killa nos intervalos

No dia 13 de setembro, o Fundo Agbara, primeiro fundo filantrópico para mulheres negras do Brasil, convida o público para viver um dia de celebração, conhecimento e troca no Festival Agbara, que este ano, acontecerá no Central 1926, no centro de São Paulo. Mais do que um encontro, o evento é uma imersão em arte, cultura viva e economia criativa, colocando o letramento racial e o protagonismo feminino no centro do diálogo.

Essa é a primeira edição em que o evento conta com a Lei de Incentivo Rouanet, gerenciado via Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC). O apoio inclui ainda a chancela do Ministério da Cultura como incentivador oficial. A execução do projeto está sendo realizada com financiamento de instituições como BTG e  Ambev, com apoio do Sebrae, entre outros parceiros comprometidos com o desenvolvimento cultural e a promoção da equidade racial. 

O festival é conhecido por sua multilinguagem envolvendo apresentações de samba, rap, poesia, slam e discotecagem. Entre os nomes já confirmados, estão: Mc Luanna, Preta Rara, Camila Rodrigues (Alma Preta Jornalismo), Jaque David, Ana Paula Xongani, Leticia Da Hora, Raquel Brasil, Yemonjazz, Zaika Santos, Morena Mariah,entre outros.

Além disso, reúne uma Feira de Economia Criativa com empreendedoras da Rede Agbara Obìrin e um Simpósio sobre Economia Criativa e Justiça Econômica, com destaque para as mesas Trabalho e Renda no Pós-PandemiaEconomia Criativa para Mulheres Negras e Afrofuturismo e Inovação Tecnológica “Nosso compromisso é com o Bem Viver: criar caminhos para que mulheres negras tenham acesso a recursos, fortalecendo o letramento racial e consolidando a cultura negra como um pilar essencial do desenvolvimento do país”, afirma Aline Odara, fundadora e Diretora Executiva do Fundo Agbara.

Criado em 2020 e formado majoritariamente por mulheres negras, o Fundo Agbara nasceu a partir de uma vaquinha colaborativa no contexto da pandemia da Covid-19, que acentuou desigualdades sociais no Brasil, principalmente para mulheres negras e periféricas. Após este primeiro movimento, Aline idealizou o fundo, que já beneficiou mais de 20 mil mulheres, com impacto direto para mais de 4 mil vidas. 

Atualmente, o projeto está presente em 25 estados e conta com uma rede de 500 mulheres negras que ajudam a abrir caminhos para outras empreendedoras, com o propósito de promover dignidade humana, equidade racial e de gênero, garantindo acesso a direitos econômicos e criando oportunidades para impulsionar a cultura, o empreendedorismo e a economia criativa.

Serviço:
Festival Agbara

Inscrições: aqui
Data: 13/09/2025
Horário: a partir das 13h
Local: Praça da Bandeira, 137 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01007-020

A Copa Sul-Americana entra em sua fase de oitavas de final a partir do dia 12 de agosto, com partidas que prometem equilíbrio e emoção. O Fluminense será o primeiro brasileiro a entrar em campo, enfrentando o América de Cali, na Colômbia, às 21h30, no Estádio Pascual Guerrero. No mesmo dia, outros dois duelos movimentam a rodada: Independiente del Valle x Mushuc Runa, no Banco Guayaquil, e Once Caldas x Huracán, no Palogrande.

No dia 13, será a vez de Alianza Lima x Universidad de Quito, Universidad de Chile x Independiente e Bolívar x Cienciano definirem seus primeiros embates, com jogos na capital peruana, em Santiago e em La Paz.

O Atlético-MG fecha a participação brasileira nesta fase no dia 14, recebendo o Godoy Cruz, da Argentina, na Arena MRV, às 19h. No mesmo dia, Central Córdoba e Lanús duelam no Único Madre de Ciudades, na Argentina.

Os confrontos de volta serão disputados na semana seguinte e definirão quem avança para as quartas de final, mantendo vivo o sonho do título continental.

 Conciliar o cuidado com o próprio bem-estar e o das crianças durante as férias escolares pode ser um grande desafio para os pais. É preciso encontrar estratégias para equilibrar as exigências do trabalho com a atenção dedicada aos filhos; mas quando isso não acontece, é comum surgir o sentimento de culpa.

Para a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado, uma boa saída é criar uma rotina flexível, com momentos exclusivos para a criança e tempo para as atividades dos responsáveis. “Presença com qualidade vale mais do que quantidade. Planejar o dia juntos ajuda. Por exemplo: ‘De manhã, você vai desenhar enquanto eu trabalho. Depois será o nosso tempo de brincar’”, sugere.

Segundo Paula, expectativas irreais, a falta de rotina, o cansaço acumulado e a pressão — muitas vezes invisível — de ‘fazer as férias serem incríveis’ podem gerar frustração. E lembra que dias simples também têm valor e são fundamentais para fortalecer a conexão familiar.

Nem todos os dias serão mágicos — e está tudo bem. Algumas temporadas serão mais caseiras, outras mais agitadas. O mais importante é que a criança se sinta acolhida e que exista conexão genuína entre os membros da família, mesmo nos dias de tédio. “Mais do que ocupar o tempo dos pequenos, os dias de descanso são uma oportunidade de viver a ocasião com presença e afeto. A qualidade do vínculo é que torna esse período realmente inesquecível”, explica a profissional.

Paula Furtado enfatiza a importância de reconhecer sinais de estresse em si e nos filhos para garantir férias saudáveis e promover instantes positivos e restauradores para todos. Em adultos, o estresse se revela por irritabilidade, impaciência, sensação de sobrecarga; em crianças, por choro sem motivo, regressão (voltar a falar como bebê, por exemplo), dificuldades para dormir e explosões emocionais. “Pintura, contação de histórias, jogos de tabuleiro, culinária, brincadeiras de faz de conta e jardinagem são atividades que envolvem criação e contato com o corpo e que reduz o estresse”, exemplifica Paula.

A crescente preocupação com a violência impede que as crianças desfrutem de brincadeiras ao ar livre, o que pode gerar estresse nos adultos. “Nesses casos, é importante buscar alternativas seguras, como clubes, casas de amigos, praças com boa estrutura ou brincadeiras internas com movimento. Também vale contar com redes de apoio, como avós, vizinhos confiáveis, colônias de férias e brinquedotecas. Não é vergonha pedir ajuda, é inteligência emocional”, orienta Paula.

Viagens em família, especialmente as mais longas, podem ser cansativas e gerar estresse tanto nos adultos quanto nos menores. Para tornar esses momentos mais tranquilos é importante se planejar: preparar distrações para o trajeto, levar brinquedos, programar paradas e conversar previamente com os pequenos sobre o que vai acontecer. O improviso é inevitável, mas um bom planejamento ajuda a minimizar contratempos e reduz os atritos durante o percurso.

"Ter um tempo para si mesmo é essencial. Cuidar de si é o primeiro passo para poder cuidar do outro. Um banho tranquilo, uma leitura leve, um café em silêncio são boas estratégias. Esses pequenos respiros renovam as forças e ajudam a prevenir o esgotamento emocional", aconselha a psicopedagoga.

Teatro do Incêndio, agora sob gestão da Colmeia Produções, volta em cartaz com o espetáculo São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista, no período de 2 a 31 de agosto de 2025. As sessões ocorrem aos sábados e domingos, às 20 horas.

 

São Paulo Surrealista - Corpo Antifascista é um ritual teatral dirigido por Marcelo Marcus Fonseca, que mergulha no surreal para retratar símbolos e fantasias de São Paulo. É uma ode à cidade e seus personagens, confrontando - em um jogo de imagens sobrepostas - as contradições e fantasias da metrópole.

 

A peça, que cumpriu temporadas com ingressos esgotados em 2012, 2013, 2014 e 2019, retornou atualizada em 31 de maio de 2025, debochando da atual onda de conservadorismo, tendo no movimento surrealista a inspiração política de provocar as estruturas pela imagem poética. Claudio Willer (1940 - 2023) - escritor e poeta, cujos vínculos literários são com a criação mais rebelde e transgressiva, como o surrealismo e geração beat - foi consultor da companhia para esse projeto. Willer será homenageado nessa versão 2025.

 

O espetáculo não conta necessariamente uma história. O que não significa que a peça não tenha uma dramaturgia sólida e uma linha narrativa. Para revelar a cidade real, nada é realista. Os textos são colagens emolduradas por imagens e figuras da metrópole, sejam elas reais ou distorcidas, tendo na música ao vivo um elemento essencial para traduzir sua pulsação.

 

Mário de Andrade, Roberto Piva, Pagu, nativos, cidadãos comuns, ninfas e animais recebem o surrealista André Breton, observado por Antonin Artaud (dramaturgo francês, surrealista), para um mergulho na capital paulista, percorrendo Os Nove Círculos do Inferno de Dante Alighieri.

 

“Esta montagem propõe também que o espectador perceba a cidade pelos olhos de André Breton, um dos criadores do surrealismo, em um jogo que ressalta pontos turísticos, monumentos, terreiros, restaurantes e bordeis paulistanos”, explica Marcelo Marcus Fonseca. O público precisa, invariavelmente, ir fantasiado ao teatro ou não será permitido seu ingresso. “Como em um carnaval estendido, o público deve chegar ao teatro com figurinos para compor a plateia como personagem. Vale tudo”, afirma o diretor Marcelo Marcus Fonseca, liberando os espectadores usarem a criatividade.

 

Em cena estão 25 artistas em uma celebração musical da cidade com alusões ao cinema de Pier Paolo Pasolini e Frederico Fellini e textos escritos durante o processo e com colaboração do elenco da primeira montagem, com base na escrita automática característica do Surrealismo. Todas as canções foram compostas por Marcelo Fonseca e Wanderley Martins especialmente para o espetáculo, algumas delas “em parceria” com Arthur Rimbaud e Charles Baudelaire.

 

O projeto

 

Esta temporada integra o projeto Aumentar É Aumentar-se, que dá início às comemorações dos 30 anos de trajetória que a Companhia Teatro do Incêndio completa em 2026, agora com toda a sua programação sob gestão da Colmeia Produções. Completam a programação: montagens de dois espetáculos inéditos - Dois Perdidos Numa Noite Suja, de Plínio Marcos, e Vocês Não Entenderam Nada, de Marcelo Marcus Fonseca, livremente inspirado em René de Obaldia (15/11 a 15/12); Incêndios da Memória - Rodas de Conversa e Vivências (2/8 a 6/9, sábados, às 15h) e show Com o Coração na Boca, de Cida Moreira e Rodrigo Vellozo;  ações de projeto permanente A Aurora É Coletiva - Iluminar (curso de iluminação para jovens maiores de 18 anos), Vivência Artística (para jovens maiores de 18 anos) e Residência Artística (para um grupo, coletivo ou coletividade desenvolver suas atividades artísticas e de pesquisa na sede do Teatro do Incêndio).