Especialista explica principais diferenças entre as lesões linfáticas e destaca dicas para melhoria de bem-estar de pacientes que lidam com estas doenças
O lipedema e o linfedema são duas condições médicas consideradas comuns, mas frequentemente mal compreendidas devido à semelhança de sintomas e à falta de atenção adequada.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, foram registradas 102 cirurgias relacionadas ao tratamento do lipedema de janeiro a abril de 2023. Em 2022, o mesmo ano em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o lipedema como uma doença, 245 procedimentos cirúrgicos foram realizados para tratar essa condição. No entanto, o lipedema ainda é subdiagnosticado, enquanto o linfedema afeta cerca de 5 milhões de mulheres em todo o mundo, de acordo com a OMS.
Segundo Carolina Mardegan, médica especialista em cirurgia vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), as regiões afetadas por essas condições podem ser as mesmas, prejudicando tanto a saúde mental quanto a autoestima do paciente. No entanto, os sintomas são distintos, requerendo ambos os acompanhamentos médicos e atenção.
Sintomas e diferenças: Como identificar?
"O linfedema tem o potencial de agravar a circulação sanguínea em regiões das pernas ou dos braços, resultando em perda parcial de mobilidade na área afetada. Por outro lado, o lipedema provoca uma sensação de peso adicional na região, tornando-a sensível ao toque, reduzindo a capacidade de realizar atividades físicas na área e, evidentemente, afetando a autoestima devido às implicações estéticas. Ambas condições merecem atenção e cuidados específicos, e, para tanto, é crucial reconhecer suas diferenças", esclarece Mardegan.
Outra diferença essencial a ser compreendida é que o lipedema é uma é uma condição crônica que afeta principalmente mulheres e se caracteriza por uma distribuição irregular de gordura nas pernas, quadris e braços. Já o linfedema, a médica explica que é caracterizado por um inchaço crônico que ocorre devido ao mau funcionamento do sistema linfático, impedindo a drenagem adequada do excesso de fluido de uma área específica do corpo.
Para melhorar o bem estar: Práticas que podem aliviar as dores em paralelo ao tratamento médico
A especialista também dá dicas que podem ser adotadas quando surgirem dores ou cansaço físico, "Para os pacientes já diagnosticados com uma das condições, é importante manter uma rotina de atividade física leve e regular, seja por meio de esportes, exercícios na academia ou fisioterapia. Além disso, considerar o uso de roupas de compressão e explorar sessões de drenagem linfática pode ser benéfico, tudo isso em coordenação com um profissional especializado ", diz.
No entanto, se essas opções não funcionarem ou já tiverem sido tentadas sem sucesso, a Dra. Mardegan alerta que a melhor abordagem é buscar um médico cardiovascular. Isso permitirá uma avaliação mais aprofundada da gravidade das condições e a consideração da necessidade de procedimentos cirúrgicos em casos mais graves.
Lipedema e linfedema: Condições parecidas, mas com sintomas e gravidades diferentes
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