'Criminosos não têm burocracia', diz Gonet na Cúpula de PGRs sobre avanço do crime organizado

Política
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O procurador-geral da República Paulo Gonet defendeu nesta segunda-feira, 21, a necessidade de maior agilidade na comunicação e troca de informações entre os Ministérios Públicos de diferentes países para um combate mais eficaz à criminalidade organizada, que ganhou contornos transnacionais. O chefe do Ministério Público Federal brasileiro destacou a necessidade de uma atuação em conjunto de todos os MPs para que "o combate ao mal seja bem sucedido".

"Embora tenhamos uma série de canais burocráticos para vencer no combate à criminalidade, os criminosos não têm isso. Eles entram em contato imediatamente. Para que a gente vença essa guerra nós precisamos ser mais ágeis", frisou o procurador-geral na primeira Cúpula dos Procuradores-Gerais - PG20 -, sediada no Rio de Janeiro.

Segundo Gonet, o grande propósito do congresso é "propiciar meios para essa maior agilidade nessa ação conjunta" entre MPs.

Gonet é o anfritião do evento que conta com a participação de representantes de 19 países e da União Europeia. Fazem parte do evento delegações dos Estados Unidos, Espanha, Índia, Austrália, Argentina, Nigéria, Singapura, Emirados Árabes, entre outros.

Na abertura do encontro, o procurador destacou que o maior propósito da reunião dos MPs é "criar condições para um bom relacionamento entre os órgãos de persecução penal, trocar informações e atuar em conjunto e de uma maneira mais eficiente no combate à criminalidade organizada".

"Há um consenso de que nenhum País pode mais sozinho combater a criminalidade mais perniciosa que existe que é o organizada", assinalou.

Ainda de acordo com Paulo Gonet, o diálogo entre os órgãos também contribui para o rastreio da lavagem do dinheiro do crime, permitindo que as organizações internacionais sejam sufocadas financeiramente.

Segundo ele, o "grande problema" da cooperação internacional é a confiança entre os Ministérios Públicos de diferentes países. Nessa linha, o procurador-geral considera que a vantagem do evento realizado nesta semana é "sedimentar laços de conhecimento e interação", assim como a "boa vontade para agir e combater malefícios".

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.

Um incêndio atingiu um hotel em Calcutá, na Índia, matando pelo menos 15 pessoas, informou a polícia local nesta quarta-feira, 30. "Várias pessoas foram resgatadas dos quartos e do telhado do hotel", disse o chefe de polícia de Calcutá, Manoj Verma.

O policial disse a repórteres que o fogo começou na noite de terça-feira no hotel Rituraj, no centro de Calcutá, e foi controlado após uma operação que envolveu seis caminhões dos bombeiros. Ainda não se sabe a causa do incêndio.

A agência Press Trust of India, que gravou imagens das chamas, relatou que "várias pessoas foram vistas tentando escapar pelas janelas do prédio". O jornal The Telegraph, de Calcutá, noticiou que pelo menos uma pessoa morreu ao pular do terraço tentando escapar.

O primeiro-ministro Narendra Modi publicou na rede X que estava "consternado" com a perda de vidas no incêndio.

Incêndios são comuns no país

Incêndios são comuns na Índia devido à falta de equipamentos de combate às chamas e desrespeito às normas de segurança. Ativistas dizem que empreiteiros muitas vezes ignoram medidas de segurança para economizar e acusam as autoridades municipais de negligência.

Em 2022, pelo menos 27 pessoas morreram quando um grande incêndio atingiu um prédio comercial de quatro andares em Nova Délhi. (Com agências internacionais).