Aprovação de Lula cai na cidade de SP às vésperas do 2º turno, diz pesquisa Atlas

Política
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A taxa de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda na cidade de São Paulo a seis dias do segundo turno das eleições municipais. No levantamento do instituto Atlas divulgado nesta segunda, 21, o índice de eleitores paulistanos que aprova a gestão do petista à frente do Executivo nacional chegou a 40%, dois pontos porcentuais a menos do que a última pesquisa, de 5 de outubro. O valor estava estabilizado em 42% há dois levantamentos.

Já seu índice de desaprovação apresentou alta de três pontos porcentuais, somando 57%. 3% dos eleitores não souberam responder. É a segunda pesquisa seguida do instituto Atlas que mostra um aumento na insatisfação com a gestão do atual presidente. A taxa não registra queda desde o final de agosto, quando passou de 51% para 50%.

O instituto Atlas entrevistou 2.000 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 15 e 21 de outubro. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02116/2024.

A avaliação positiva da gestão de Lula também caiu entre os eleitores paulistanos. No levantamento anterior, 31% considerava sua maneira de governar como ótima ou boa. No atual, são 26%. O índice de quem avalia seu governo como ruim ou péssimo subiu de 44% para 48%. O cenário é parecido entre os eleitores que consideram a gestão petista como regular: de 25%, no começo do mês, para 26%, agora.

Avaliação da gestão de Nunes à frente da capital paulista melhorou, mas mantém desaprovação acima de taxa de aprovação

Em contrapartida, Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, registrou melhora nos índices entre o eleitorado paulistano. Em 5 de outubro, o atual prefeito somava 27% de aprovação. Desta vez, o emedebista chegou a 42% - 15 pontos porcentuais de crescimento. Sua taxa de desaprovação passou de 64% para 50%, ainda maior que a aprovação, entre as duas pesquisas. Os que não souberam responder eram 9% e, agora, são 8%.

A avaliação "ótima ou boa" para a gestão de Nunes também registrou aumento. No início do mês, eram 12% que avaliavam seu governo desta maneira. Agora, são 24%. Eram 40% os que consideravam como "regular" a forma de governo do emedebista em 5 de outubro, ante 37% em 21 de outubro. Já os eleitores que disseram que é "ruim ou péssima" a gestão do prefeito são 39%; eram 48% na pesquisa anterior.

Tarcísio também melhora índices de governo entre eleitores paulistanos

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também testemunhou melhora em seus índices no levantamento atual do instituto Atlas. No início do mês, 46% dos eleitores paulistanos aprovavam seu desempenho, e outros 46% desaprovavam. Hoje, os valores estão em 55% e 40%, respectivamente. Os que não souberam responderem passaram de 8% para 5% entre os dois levantamentos.

Antes, os eleitores que consideram a gestão de Tarcísio como "ótima ou boa" eram 38%; o índice passou para 42% no levantamento desta segunda, 21. Os que declararam que acham "ruim ou péssima" a forma de governar do chefe do Executivo estadual somavam 34% no começo do mês, ante 32% atualmente. A avaliação "regular" também caiu dois pontos porcentuais entre as duas datas: de 28%, para 26%.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu palavras de incentivo e conselhos para os graduandos da Universidade do Alabama, na noite desta quinta-feira, 1º, em um exaltado discurso que ainda teve a imitação de uma levantadora de peso transgênero, acusações de que juízes interferem na agenda da Casa Branca e ataques ao ex-presidente Joe Biden.

A fala foi bem recebida pela plateia do Alabama, Estado em que Trump saiu vitorioso nas três vezes que concorreu à presidência. "Vocês são a primeira turma de formandos da era de ouro da América", disse o presidente aos estudantes, antes de ingressar em um típico comício eleitoral.

Trump voltou a afirmar que os Estados Unidos eram "explorados" antes de voltar ao poder e que os quatro anos do governo de Joe Biden "não foram bons para o nosso país". "Mas não deixem isso assustar vocês", afirmou, aos estudantes. "Foi uma aberração."

Ao criticar a participação de mulheres transgênero nos esportes, o presidente americano imitou uma levantadora de peso. Já quando se referiu aos magnatas da tecnologia, disse que todos o odiavam no primeiro mandato (2017-2021), mas o bajulam agora.

Trump disse mais uma vez, sem provas, que a eleição de 2020, que perdeu para Biden, foi "manipulada".

O presidente americano ainda exaltou a aplicação de tarifas de importação contra parceiros comerciais, o endurecimento da política migratória e outras medidas adotadas nos primeiros cem dias de governo. Trump também criticou a imprensa e deu conselhos de carreira para os formandos. "Nunca, jamais desista", afirmou.

Trump voltou a atacar juízes que barram iniciativas da Casa Branca. "Juízes estão interferindo, supostamente baseados no devido processo legal", disse. "Mas como você pode dar o devido processo legal a pessoas que entraram ilegalmente em nosso país?", questionou. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".